Capítulo 2

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- Eu não tenho dúvida de que a senhora será a melhor avó do mundo. Muito obrigada por me apoiar, mãe. Eu te amo muito. A senhora é a minha fortaleza. Mas não crie expectativas, pode ser uma virose.

- Ô minha filha, a mamãe sempre vai te apoiar, meu amor. Nunca te deixei e não é agora que vou te deixar. Mamãe também te ama muito, meu amor. Sei bem que isso pode ser uma virose. Agora, vamos voltar para a estrada e ver se você se acalma, mocinha. (falou, dando um beijo na mão da filha.)

Voltamos para a estrada e consegui tirar um cochilo, mas logo fui acordada pela minha mãe me chamando. Gastamos mais ou menos umas 2 horinhas para chegarmos ao hospital; por termos parado, atrasou um pouquinho. Entramos no hospital e logo preenchi minha ficha. Demorou uns 20 minutos e meu nome apareceu no telão, indicando a sala do médico.

**MAIARA CARLA HENRIQUE PEREIRA
Sala 21
Doutor Marcos Busquet**

Minha mãe e eu nos apressamos e fomos em direção à sala do médico. Chegando lá, batemos na porta e logo escutamos um "Pode entrar".

- Boa tarde, doutor!

- Boa tarde. O que você está sentindo? Conte-me os detalhes e veremos o que a senhorita tem.

Expliquei para o médico tudo o que sentia, falei dos enjoos frequentes, e ele me pediu para fazer um exame de sangue. Claro que eu não gostei nada disso, pois tenho muito medo de agulhas. A minha sorte é que minha mãe estava comigo e segurou minha mão. Sim, tenho 23 anos, e mesmo assim, tenho medo de agulha. Pode me chamar de medrosa ou de criança; eu nem ligo. Quando era menor, sempre desmaiava quando iam tirar meu sangue. Saí dos meus pensamentos com minha mãe falando:

- Rindo sozinha, sua maluquinha?

- Ah, mamãe, estava lembrando de quando eu desmaiava só de ver a agulha para tirar meu sangue.

- Sempre medrosa, né, Maiara?

- Maiara Carla Henrique Pereira, o médico espera por você na sala dele com o resultado do exame.

Meu coração começou a bater muito forte, minhas mãos começaram a suar, e meus olhos tremeram. Minha mãe percebeu meu nervosismo e me abraçou, dizendo que independente do resultado, ela estaria ao meu lado. Fomos para a sala do médico e logo entramos.

- Está tudo bem, senhorita. Você está um pouco pálida.

- Estou sim, doutor. Somente nervosa com o resultado.

- Fique calma. A senhorita não pode se deixar ficar nervosa. Parabéns, mamãe, você está grávida. E parabéns, vovó.

"Grávida, grávida", essa palavra não saía da minha cabeça. De repente, tudo o que comi de manhã foi arremessado para fora em um jato, e lágrimas rolaram pelos meus olhos. Não sabia o que estava sentindo, não conseguia expressar nada, nenhum sentimento. Foi aí que apaguei. Não vi mais nada.

Acordei depois de um tempo na sala de repouso com uma agulha no meu braço, administrando remédio para mim.

- Minha filha, você acordou! Fiquei tão preocupada com você.

- Mãe, o que aconteceu? Quero ir embora...

- Você passou muito mal quando descobriu que estava grávida. Vou ser vovó, minha filha. Estou tão feliz. Será que é um menininho ou uma princesinha?

Um sorriso escapou pelos meus lábios ao ver a animação da minha mãe, mas também escaparam algumas lágrimas, lembrando-me de como esse bebê foi concebido.

- Não chore, meu amor. O bebê sente. Sua irmã vai ficar louca quando souber. Já sabe como ela é, vai mimar você demais.

Assenti, sorrindo.

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A doce menina do vilarejo (Mailila)Onde histórias criam vida. Descubra agora