Capítulo 13

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Tive que me apressar para acompanhar as longas pernas do duque. Olhando para trás e percebendo que eu lutava para seguir com minha pouca resistência, ele gradualmente diminuiu a velocidade para acompanhar meu ritmo.

"Por que chamou?"

"Você já ouviu falar da estimada lady de Rayes?" O duque perguntou, caminhando por um longo corredor banhado pela luz do sol.

Provavelmente eu era a pessoa que mais conhecia a princesa dos Rayes, melhor que todo mundo. Eu sabia que ela estava com uma doença terminal e sabia a causa... embora não tivesse certeza se havia cura.

Mas, claro, respondi que não.

“Minha esposa sabia que filhas eram raras em nossa família, mas ela sempre quis uma filha.” O duque começou. "Quando tivemos nosso terceiro filho e ela descobriu que era uma menina, ela ficou muito feliz. Ela fez inúmeros planos, dizendo que poderíamos comprar vestidos, fazer piqueniques juntos..."

"..."

“A criança nasceu segura, mas minha esposa faleceu alguns meses depois. E no terceiro aniversário de sua morte, o último presente que ela deixou para trás, nossa filha, desapareceu.”

As palavras que li antes não combinavam com sua expressão magoada. Um simples 'triste' não conseguiria transmitir suas verdadeiras emoções. Ele parecia sereno, mas passou doze anos com o coração partido. Embora eu já conhecesse a história, ela me atingiu como um golpe na cabeça. Suas emoções eram tão profundas que eram difíceis de medir – essa foi a primeira razão. A segunda razão foi que, pela primeira vez em muito tempo, pensei na família que havia deixado para trás em outro mundo.

Caminhei ao lado dele em silêncio. O duque parou em frente a uma sala e abriu a porta. O quarto era o quarto da princesa de Rayes, onde ela havia sido sequestrada há doze anos. O quarto estava impecável e, em vez de parecer um quarto para um bebê de três anos, estava decorado mais como um quarto para uma menina de quinze anos usar naquele momento.

“Todos disseram que eu era maluco, redecorando o quarto todos os anos, mesmo sem ela voltar. Mas não sabemos quando ou se ela voltará, e se ela voltar de repente e encontrar este quarto coberto de cortinas brancas, essa criança poderia ficar desapontada."

"...por que você está me contando isso?" Meu coração disparou. O calor formigou em meu peito, uma sensação que eu ansiava sem saber desde o momento em que perdi minha família.

~

"Você sabe que a mãe te ama, certo? Me desculpe por ter repreendido você mais cedo."

"Oh meu Deus, olhe para você. Está chateada? Está tudo bem, sério. Vou fazer para você sua comida favorita para o jantar esta noite; que tal? Nossa ~ acabei de te ver sorrir ~"

"Você não quer dar um passeio com o papai? Se você for comigo, eu te compro  sorvete."

"Qual é o sentido de dar um passeio e tomar sorvete? Não, vamos apenas comer o macarrão que eu fiz. E vamos todos passear juntos. As estrelas estão realmente lindas hoje!"

~

Os cabelos prateados do duque, semelhantes aos meus, esvoaçavam ao vento que entrava pela janela aberta.

"Se estiver tudo bem para você, eu gostaria de fazer de você a lady de Rayes. Se a criança que vi pela última vez aos três anos de idade tivesse crescido, ela gostaria muito de você."

Os rostos que às vezes me vinham à mente e que tentei muito esquecer desde que caí neste mundo, mas ainda assim falhei, se sombrepôs ao rosto do duque.

Por favor, deixe a vilã doente em paz (Dropada).Onde histórias criam vida. Descubra agora