Esqueca o passado

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Estávamos muito tensos mas já tínhamos conversado e nos organizado, agora não tínhamos mais o controle.

Apertamos as nossas mãos que estavam agarradas com força e então abrimos a porta.

— Bom dia senhores sou a assistente social Dasom. A senhora que aparentava ter uns 50 anos, um coque bem alinhado e óculos redondo estava com uma feição seria mas tentava ser simpática, mas foi inevitável seu olhar para nossas mãos unidas. Ela não pareceu gostar mas manteve o sorriso.

— Bom dia senhora Dasom, seja bem vinda ao nosso lar, entre. Falei sorrindo e Jimin estava tremulo. Enquanto ela entrava me aproximei do ouvido do Jimin para falar algo.

— Amor tente manter a calma estou aqui, sei que já errei muito mas eu juro que não vou mais vacilar, confia em mim. Dei um beijo em sua bochecha e ele sorriu.

Sentamos juntos ainda de mãos dadas e a assistente social se sentou ja pegando a pasta e alguns papeis.

— Primeiro quero fazer uma vistoria pela casa para verificar se Hayun está morando em um local com uma boa estrutura, preciso também de registros fotográficos para o relatório, tudo bem? Assentimos e ela tirou uma câmera da bolsa, levantamos e começamos a andar pela casa, ela tirou fotos da cozinha, e anotou algo em sua prancheta, depois a sala, corredor, quando entrou no nosso quarto ela nos olhou.

— Vocês dormem juntos? Afirmamos e ela anotou algo.

— E como Hayun lida com vocês dois dormindo juntos?

— Somos casados evidentemente que dormimos juntos e ela sabe e não se importa.

Ficou um silencio incomodo, mas ela continuo, conferiu os banheiros e entrou no quarto da Hayun.

— O quarto dela é bem bonito. Olhou dentro do closet, o banheiro, elogiou a banheira e o quarto espaçoso e luxuoso.

— Tudo que esta ao nosso alcance daremos a nossa filha. Falei e acariciei o punho do Ji quando senti sua pulsação acelerar e seu sorriso crescer.

— E aquilo e apropriado? Perguntou apontando para o canto e quando direcionei meus olhos vi Minerva em seu aquário.

— O nome dela é Minerva, nossa primeira filha, trouxemos ela pra casa quando nos apaixonamos. Eu treinei cada fala pra impressionar essa velha de coque e meu loirinho, estava me esforçando 200% pra derreter o coraçãozinho do meu amor que mesmo estando mais calmo ainda via magoa em seus olhos. A senhora só assentiu e saiu do quarto.

— Posso vistoriar o terreno, para verificar se tem algo que possa trazer riscos para a criança.

— Sim senhora, me acompanhe.

Caminhamos pelo pátio, ela fotografou, anotou, nos perguntou mais algumas coisas e depois voltamos para a sala onde conversamos sobre nossa família, sobre condição financeira.

— Li que o senhor Park trabalhava em bares noturnos, porém agora ele não esta mais trabalhando, ocorreu algo? Senti as unhas do Jimin cravar na minha mão e para não ser muito visível eu coloquei minha outra mão em cima que cobriu toda a mãozinha tremula do meu menino.

— O que acontece senhora Dasom é que meu marido é um pouco orgulhoso e não queria trabalhar comigo e ficar falado na empresa por ser marido do dono, então ele trabalhou em bares, mas depois de muito insistir ele viu que era melhor trabalhar comigo, hoje ele é meu assistente e também dono da empresa.

— Isso é ótimo, pois é bem difícil conseguir dar conta de trabalho noturno e filhos pequenos que precisam de disponibilidade. Afirmamos e ela sorriu como deu, ela parecia incomodada com nossa proximidade, conheço um homofóbico e estava na pior situação possível, estava diante de uma que teria o poder de nos tirar a guarda de Hayun.

12 meses de azarOnde histórias criam vida. Descubra agora