Epígrafe

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Quatro meses. Esse fora o tempo necessário para que o alfa Kim Namjoon voltasse da guerra travada que tivera com Japão e Tailândia. Os reis das duas províncias rivais saíram derrotados, mas conseguiram deixar um Kim Namjoon traumatizado com tudo o que vira. O melhor amigo de infância do Kim havia morrido em sua frente, e as lembranças marcantes dos sangues escorrendo no campo de batalha fazia Namjoon refletir se aquelas lutas eram justas. Pois enquanto soldados morriam no campo de batalha, os anciões que provocaram a guerra, continuavam em seus confortos colocando mais lenha na fogueira. Eram jovens que poderiam ser amigos, mas não chegariam a tal caminho, pois os destinos estavam traçados a serem inimigos. Kim Namjoon estava de fato preparado para assumir a posição de seu pai? Estava preparado para governar um povo com sabedoria? Ele se perguntava constantemente essas coisas desde que fora coroado rei.

Dois dias depois de sua coroação, ele e seu pai seguiram para o campo de batalha com os soldados da capital, e das outras duas províncias supremas ligadas a corte: Daegu e Busan. Com ele estava o Alfa governador de Busan Jeon Jungkook, e o Alfa ministro da defesa de Daegu, Min Yoongi. Os três se conheciam a cinco anos, quando treinaram juntos na guarda real de Seul. O melhor amigo do rei Kim Namjoon e chefe da guarda real, Lee Song-U era experiente e muito dedicado. Conhecia o rei desde que estudavam na escola real na infância. Depois de vencerem a Tailândia e deixarem o rei Pitak Boripan quase sem vida, houve um ataque brutal por parte dos soldados japoneses liderados pelo rei Wang Tanaka, Lee Song-U não sobreviveu, mesmo lutando bravamente ao lado do seu rei e melhor amigo. Mesmo assim, com pouco mais de mil homens restante, Kim Namjoon descobriu que seu pai, com a qual havia se desencontrado quatro horas antes, morrera numa emboscada.

__ Você vai ficar bem, não é?__ Min Yoongi perguntou para seu rei.__ Se quiser, a gente pode ficar um tempo com você.

__ Melhor não.__ Kim Namjoon estava encolhido num canto do quatro da hotelaria a caminho de Seul.__ Devem ter muitas coisas pendentes para resolverem em Busan e Daegu, é melhor partirem.

__ Você não esta em condições de ficar sozinho agora.__ Jeon Jungkook disse olhando o amigo.

__ Vou ficar bem, vocês precisam ir.__ O Jeon e o Min sabiam que seu rei não iria ficar bem.__ Me enviem relatórios a cada quinze dias. Jeon, você como governador de Daegu terá mais trabalho, e Min, basta passar o relatório para o governador Jung Hoseok.

__ Sim senhor.__ O Min se curvou perante seu rei.

__ Majestade.__ O Jung também se curvou em respeito.__ Fique bem.

O ministro da defesa e o governador de Daegu foram embora para seus respectivos estados, enquanto Namjoon passara mais dois dias aquela hotelaria tentando recuperar forças para encarar seu povo. Como ele iria olhar para a cara de sua mãe, e para seu povo diante daquela situação? Ele não sabia.


Depois de muito pensar, chorar e querer sumir de todas as responsabilidades imperiais, Kim Namjoon enfim seguiu para Seul. Todo seu povo o esperava nas ruas da cidade, pois o mensageiro havia infirmado que o rei e sua comitiva de guerreiros estavam chegando. Kim Namjoon adentrou a cidade e cumprimentava seu povo que acenava para ele. Mas os súditos notaram e deram falta do senhor Kim Nam-Soon, pai de Namjoon. Onde estava o monarca? Era a pergunta que todos se faziam.

Longe dali estava Kim Seokjin, terminando de ajudar seu pai, um agricultor muito humilde e bondoso, a guardar as mercadorias para levar para a cidade. Seokjin apesar de ser um lavrador humilde, vivia feliz  pois do suor do seu rosto, ele e seu irmão caçula, Kim Taehyung viviam uma boa vida com seu pai. Nada lhes faltava.

__ Deixa que eu carrego, pai.__ Taehyung pegou o saco de arroz.

__ Pai.__ O ômega mais velho chamou a atenção do Kim Soonji.__ Suas costas não melhoram por causa da sua teimosia. Deixe que eu e o Tae faremos isso.

IMPERIAL REIGNOnde histórias criam vida. Descubra agora