O início do fim
Nessa parte do livro, quero trazer mais uma experiência que eu vivi com Deus.
A experiência quando conheci a minha ex-esposa.Essa experiência tá lá no meu livro: "O CÉU DOS DEMÔNIOS e o inferno dos anjos."
Que tem aqui no Wattped.Vamos lá pra história:
Faltava um minuto para as oito horas da noite. Eu estava na sala do pastor da igreja, da qual eu fazia parte.Eu estava responsável nesse dia, pela liturgia do culto, até o pastor chegar pra pregar.
De repente, entra na sala um jovem, que eu já conhecia e, por sinal, gostava muito dele. Porque era um rapaz muito espiritual.
Ele me diz: “Vem logo! Vem logo! A minha irmã tá aqui na igreja e tá passando muito mal. Ora por ela, por favor!”
Eu digo: “Chama outra pessoa, falta um minuto pra começar o culto. E estou responsável pela liturgia."
“Tem que ser você!" Respondeu ele, todo angustiado e preocupado.Dou uma olhada pela fresta da porta. E vejo uma moça, passando muito mal, com toda a sua família ao redor, orando por ela.
Decido ir fazer uma breve oração por ela.
Quando chego perto da jovem, eu sinto que ela não está só passando mal. Ela está com demônio!Nisso, já eram oito horas, e o culto precisava começar.
Eu fico de frente para a jovem, que está tremendo muito. E analisando hoje, eu acho que ela estava surtada.Pra ser bem sincero, eu não estava nem um pouco preocupado com aquela jovem. Eu estava preocupado porque que tinha que abrir o culto.
Naquele dia, o culto não podia atrasar o início. Porque era um culto de aniversário do pastor da igreja.
Então, de forma bem prática, eu digo para aquela jovem: “Toda passividade é demoníaca!”Pergunto para uma senhora, que estava acompanhando a menina: “Qual o nome dela?” A senhora me diz o nome...
Eu me volto para a jovem, digo o nome dela e, dando um tapa de leve no seu rosto, digo: “Toda passividade é demoníaca!”
Ela volta a si! Ela fica consciente!
Essa era a ideia, porque a minha preocupação não era com a jovem. Era dar início ao culto.Como a moça voltou à consciência temporariamente, eu disse pra ela:
“Toda passividade é demoníaca! Fica firme no culto! E, se você precisar, a gente pode conversar depois.”
Ela me diz, um pouco aérea ainda: “Tudo bem!”Volto para o púlpito e dou início ao culto.
Enquanto rolava o louvor, fiquei de olho na jovem. E percebia que ela estava começando a passar mal de novo.Depois do segundo louvor, tinha uma oração que se fazia, antes de ir para o terceiro louvor.
Aproveitei que precisava fazer essa oração com a igreja, e direcionei uma parte da oração para a moça, porque ela estava começando a ficar em surto de novo.
Deu certo a oração; ela ficou melhor.O pastor chegou e deu continuidade à liturgia do culto.
Um diácono me chama e diz:
“Temos que ir ao mercado comprar refrigerante, para a festa do pastor.”
Eu fui com ele.Quando voltamos do mercado, tinha muitas mulheres da intercessão, de uma outra igreja, que já conheciam aquela jovem. Ficaram sabendo que ela não estava bem e foram pra minha igreja, só pra orar por aquela jovem. Um gesto muito bonito dessas irmãs da intercessão.
Um dia depois, aconteceu uma vigília na minha igreja. E quem me aparece na igreja e aparentemente muito bem? A jovem.
Eu estou com aquele amigo, que sempre dormia comigo na igreja.
Ele me diz: “Ela é bonita!”
Eu respondo: “Eu não achei, não! Mas tem uma bunda bonitinha! A gente ri, e volta a atenção para a vigília”.Dois dias depois, me aparece novamente a moça, no final do culto de domingo à noite; eu acho que eram umas dez horas da noite.
Eu estava na frente do púlpito, como sempre eu fazia nos finais dos cultos, se, por acaso, alguma pessoa quisesse oração.
A jovem diz pra mim: “A pastora da igreja me disse pra eu vir no final do culto, que ela me atenderia”.
Eu penso comigo: “Impossível atender!”
O pastor e a pastora não tinham costume de aconselhar ninguém depois dos cultos de domingo, porque eles ficavam muito cansados. Eram três cultos no domingo."Mas, já sabendo da resposta, que seria “não," eu digo para a garota: “Vou lá perguntar para a pastora, se ela pode te atender agora."
A pastora me responde: “Di! Você sabe que eu não atendo ninguém, depois do fim do culto de domingo!”Eu volto para a moça, e digo: “A pastora está muito ocupada agora, não vai conseguir te atender. Se você quiser, eu posso conversar com você."
Ela diz: “Eu quero! Vou levar a minha amiga de carro pra casa dela e já volto.”
Eu respondo: “Tudo bem! Vou estar te esperando."Ela volta meia hora depois. Eu pergunto: “Como eu posso te ajudar?”
Ela me conta a sua história toda. Mas, enfatizo duas razões pelas quais ela queria ser curada e liberta.Ela me diz: “Eu sou bipolar e lésbica. Quero ser muito curada e liberta nessas duas questões."
Eu digo para a jovem: “Eu tô sentindo vontade de orar por você! Vamos lá para o cenáculo da igreja."
Entramos no cenáculo e começamos a orar. A presença de Deus se derramou naquele lugar. Foi incrível! A presença de Deus estava palpável.
Eu digo para ela: “O Espírito Santo me disse para adotar você espiritualmente. Você topa?!”
Ela me diz, chorando: “É o que eu mais quero! Eu não aguento mais sofrer!”Então eu disse pra ela: “Eu trabalho na igreja a semana toda. Então, amanhã, às nove horas da manhã, a gente começa o nosso processo de cura interior e libertação. Você vai ser adotada por mim! Nós vamos ficar o dia inteiro juntos! E Deus vai te curar e te libertar!”
Assim foi o início do fim!Mas...
A gente se casou.
A gente brigou.
A gente viajou.
A vida mudou.
A gente transou.
O amor acabou.
O demônio venceu.
O casamento terminou.No seu coração, eu não cabia mais...
No seu coração, cabia outro coração...
A nossa história acabou...O fim da nossa história foi a maior dor da minha vida!
Não só porque nós não éramos mais namorados.
Foi muita dor o fim da nossa história.Mas eu ajudei a nossa história acabar, com a minha indiferença e falta de carinho.
E tem que ser muito mulher, pra bancar um homem com depressão, por cinco anos.
Acho que isso também contribuiu para o fim da nossa história.Mas a maior dor. E continua sendo a minha maior dor até hoje...
Foi o fim da nossa história!
Foi o fim da nossa aliança!
Foi um fim da nossa amizade!
Eu perdi a minha melhor amiga!Como eu sempre dizia nesse livro:
Deus tem conosco uma história romântica.
Mas o mundo espiritual não é romântico!Mas...
Hoje, vivo a melhor fase da minha amizade com o Espírito Santo.
Ele é o “cara!"Hoje, todos os dias, oro por seis horas.
Hoje, todos os dias, faço um jejum de vinte horas.
Hoje me tornei celibatário, para me dedicar ao meu melhor amigo, o Espírito Santo.Hoje só vivo pra ter comunhão com Deus.
Hoje só vivo para orar!Mas... Nunca se esqueça:
O mundo espiritual não é romântico.
Mas Deus tem comigo uma história romântica!
Assim foi o início do fim!
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VICIADO EM ORAÇÃO
SpiritualitéVICIADO EM ORAÇÃO Vivi dos meus trinta e cinco anos, até os quarenta e dois anos em depressão profunda. Não saia de casa pra nada! Na verdade, saia apenas pra levar e buscar de carro, a minha esposa no trabalho. A minha esposa na época, foi um ser h...