Capítulo II - Uma Amizade Que Vai Durar

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Após ele perguntar meu nome, eu senti meu rosto esquentar Normalmente as pessoas nunca querem falar comigo, e também, ele era muito bonito.

— Prazer, eu sou o Sal, mas pode me chamar de Sally Face.

— Sally Face? — Ele me olhou em dúvida.

— É o apelido que as pessoas me chamavam na minha antiga escola, mas adotei para ver se eles paravam de me zuar e não deu certo. — Eu falei, explicando.

— Caralho, eu sinto muito por isso, você parece ser tão simpático. Não sei porque zoam você.

— É porque eles dizem que sou uma aberração, por causa do meu rosto, mas eu já tô acostumado.

— Ei! Eu tenho certeza de que ele é lindo por baixo dessa máscara, não se sinta mal por pessoas que não sabem o que dizem e não ligam para os sentimentos dos outros.

— Valeu, cara. Bom, mudando de assunto, você é de onde?

— Ah, eu sou daquele prédio alí, moro com minha mãe mas ela já tá pra se mudar. — O moreno disse, apontando o dedo para o prédio.

Jura?! Eu também moro lá! Acabei de me mudar.

Nossa, que foda!

Eu moro sozinho. Morava com meu pai mas cansei dele me me ameaçando, xingando etc..

Caraca.. Sinto muito por você, você deve ter sofrido muito na vida, mas pelo que eu conheço de você, já sei que não mereceu. — Ele falou, preocupado Aí, já que moramos no mesmo apartamento e você mora sozinho, cê pode passar em casa hoje, podemos ser amigos?

Aquelas palavras mexeram comigo, eu nunca tinha tido um amigo. Não um que eu mesmo não tivesse pedido a amizade, não um amigo verdadeiro. Ninguém fazia questão.

— Óbvio, ia ser incrível! Pode me passar seu número? Pra... ficar mais fácil de conversar. — Falei, envergonhado.

Claro carinha. Aqui. — Ele falou, pegando o celular para passar o número.

Q.D.T
19:42 PM

Larry's point of view

Já estava em casa. Me joguei na cama e me lembrei que fiz um novo amigo, eu amo fazer amigos.. Porém, aquele garoto de cabelos azuis.. Ele me trouxe uma sensação diferente, ele era diferente. De todos os amigos que eu fiz, nunca senti aquela sensação, era boa, uma sensação de confiança, conforto.

Me lembrei que o azulado passaria na minha casa hoje, ele chegaria as 20:00, mas eu não estava nem aí para a situação que estava a casa. Minha mãe tinha saído, mas ela iria se mudar na próxima semama, então a casa estava uma bagunça mesmo.

Q.D.T
20:03 PM

Escutei batidas na porta e me levantei da cama para abrir. Era o Sal, ele acenou, e eu acabei corando um pouco.

— Oi Sal, seja bem vindo, a casa é sua, fica à-vontade. Minha mãe não tá hoje.

— Obrigado, Larry. — Ele sorriu, por baixo da máscara.

  𝙰𝚐𝚛𝚒𝚍𝚘𝚌𝚎 ! | Sarry (Sal x Larry)Onde histórias criam vida. Descubra agora