Errei, fui moleque

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Olhou rapidamente para trás e encostou a porta.

Naquele momento, Jeongguk não tinha a preocupação de pensar a fundo em sua situação com outra pessoa. Se dez minutos atrás alguém lhe dissesse que iria desejar trocar saliva com Taehyung naquela intensidade, iria rir com toda a sua força. Tudo muda tão rápido…

Jeongguk tinha os batimentos cardíacos dominados pela incerteza de conquistar uma nova pessoa. Já não passava por isso há anos, e dessa vez, nem se preparou para nada. Geralmente saía para um date ou já tinha em mente uma série de etapas programadas para ter o que queria — quando solteiro. — Portanto, tudo estava sem nenhum planejamento. Era se lançar e ver no que dava. Então ele apenas se aproximou o suficiente, levou uma das mãos até a cintura de Taehyung e teve uma boa resposta: o Kim tirou do seu ombro a toalha de banho, jogou-a sobre um dos colchonetes.

Taehyung passou os braços por cima dos ombros de Jeongguk e puxou-o até ganhar um outro beijinho dele, apesar de todas as borboletas no estômago. Foi curto, apenas mais um estalar dos lábios dos dois, mas abriu um mínimo sorriso nos lábios de ambos. 

Jeongguk abriu minimamente os olhos. Acompanhou Taehyung pressionando os dentes nos lábios, fincando e contendo um sorriso. Consequentemente, deu vontade de selar bem no cantinho dos lábios dele, onde abria o mínimo sorriso ansioso. Chegou bem pertinho novamente e beijou-o, sem sequer enxergar as sobrancelhas do outro franzir diante ao toque dos lábios.

Daquele cantinho da boca, Jeongguk achou o caminho. 

Tudo tão intuitivo lhe tornou manço da cabeça aos pés. Beijar de língua foi a coisa mais gostosa que lhe aconteceu em dias tão difíceis. Melhor do que imaginou, Taehyung superou suas expectativas em um beijo lento e molhado. Queria tanto tê-lo, deixar de esconder que seus cuidados não eram só os de um comandante. Afetivamente, estava criando um certo vínculo por Taehyung. Não era só um bom beijo e o desejo, era um combo de coisas.

Foram alternando as direções que inclinaram as cabeças durante o beijo, entre estalos que amolecia seus corpos, aquela noite se mostrava especial. 

Por um momento, uma mão de Taehyung — aquele que tinha seus braços jogados por cima dos ombros do Jeon — caminhou para a orelha de Jeongguk durante o beijo e fez um leve carinho com a ponta dos dedos. O comandante se arrepiou por inteiro. Foi da terra aos céus em um só segundo. Subiu em múltiplos sentidos. Ficou perceptível em um murmúrio gostoso que aquilo foi um pecado contra seus estímulos, e se o Jeon houvesse alguma dúvida sobre o beijo ser maravilhoso, Taehyung acabava de finalizar ela bem ali. Foi exatamente ali que consolidou ter dado um beijo sem margem alguma para dúvidas — não que Jeongguk tivesse.

Taehyung aproveitou para respirar depois daquele grand finale. Afastou a boca, porque o outro sempre parecia querer mais e mais. Pegava e não largava mais.

Jeongguk ainda foi mordiscar o lábio inferior de Taehyung, esticando sem doer, provocante. E pra quê? Pois lá estavam eles… Novamente atracados um na boca do outro por causa daquilo. Depois que encaixava o beijo, Jeongguk também fazia o outro pisar nas nuvens, ficar bobinho, arriado. Não havia absolutamente nada unilateral, eles se pegavam, mutuamente, e por deliciosos minutos afincos. Abraçavam os corpos um do outro e estava sendo incrível, uma fuga de todo o estresse. Trabalhavam muito, e ninguém tinha noção da diferença que faz receber um carinho naquele ambiente onde tudo se tornava frio, profissional e distante.

Jeongguk foi quebrando o beijo com selares, pouco a pouco. Taehyung também o soltou, afrouxou os braços e tirou-os de cima dos ombros do outro. Nem conseguiu sustentar o contato visual depois de ter se mostrado tão bom de beijo. Jeongguk riu anasalado… Viveu de tudo em um só dia e agora seguiria sua vida, como deveria de ser. 

Ultramar [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora