Apenas um pedido

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Vocês não tem noção do quão gay está esse capítulo de hoje. Só digo isso!

As músicas de hoje são Seu Astral e Aí Era, de Jorge e Mateus. (Link da playlist no Spotify no meu perfil no Twitter @_gabtt_).

Boa leitura e até o próximo capítulo!
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Conforme o tempo foi se passando, minha relação com Simone estava cada vez mais firme, mais leve e mais concreta também, apesar de não termos rotulado o que tínhamos, sabíamos bem que tínhamos uma a outra, isso bastava.

Com o recesso parlamentar de fim de ano, Simone e eu decidimos passar a virada do ano na Bahia, um estado vibrante e alegre, que combinava perfeitamente com nosso estado de espírito e especialmente com o sorriso da mulher que estava na minha frente. Era o nosso primeiro reveillon juntas e eu estava ansiosa para viver cada instante.

— Topa esse último banho de mar de 2019? — Simone perguntou.

— Com você, eu topo tudo! — Respondi e ela me puxou pelo braço, eu estava deitada na cama do chalé em que estávamos hospedadas há dois dias.

Simone já estava de maiô, então levantei para ir me trocar rapidamente. Vesti um biquíni verde escuro e coloquei um short.

— Já passou protetor, bebê? — Perguntei a Simone, que estava de costas, quando ela se virou, seu rosto falou por si. Simone estava completamente branca, mais do que já era, o protetor mal espalhado deixava seu rosto com uma expressão infantil, então comecei a gargalhar.

— Já passei... O que foi, Soraya? Por que você tá rindo de mim? O que há de errado? — Simone esbugalhou os olhos e olhou para baixo, pensando que talvez pudesse ter algo de errado com seu corpo.

— Não há nada errado, pelo contrário, é tudo extremamente certo quando se trata de você... Você é perfeita, Simone! — Me aproximei e lhe dei um selinho, me afastando para então espalhar o protetor no seu rosto. — Você parece um bebê com o rosto todo melado.

— Você me faz ficar com vergonha... — Simone respondeu e suas bochechas coraram.

— Eu sei, faço de propósito, porque é a coisa mais bonitinha do mundo. Vamos? — Disse e Simone assentiu, então saímos do chalé em direção à praia, que ficava bem na frente de onde estávamos hospedadas.

— Quer tomar uma água de côco? — Simone perguntou.

— Uhum! — Respondi.

— Espera aí, vou ali comprar pra a gente. — Simone disse e saiu. Me sentei na areia, numa área mais sombreada da praia.

Quando olhei em direção ao quiosque onde Simone estava, algumas mulheres estavam tietando ela e pedindo fotos. Revirei os olhos, a vontade era de ir até lá e dizer poucas e boas, mas, obviamente, não podia fazer isso.

— Aqui, amor! — Simone disse sentando-se ao meu lado e me oferecendo o côco.

— Ué, por que você não entregou pra aquelas mulheres? — Falei sem sequer olhar pro lado. E daí se eu estava sendo infantil? Depois eu podia culpar meu signo.

— Soraya? — Simone disse e então começou a rir.

— Isso mesmo, Simone, fica rindo aí, fica rindo! — Falei e Simone riu ainda mais alto.

— Amor, eu nem sei quem são aquelas mulheres, elas só pediram uma foto e pronto. — Simone tentava explicar séria, mas já estava chorando de rir.

Maktub | SimorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora