Caos e (re)começos

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Volteiii! Vamos ao 2° capítulo com mais brigas, provocações, um babado fortíssimo e uma proposta polêmica. 👀

Amo os comentários de vocês e, como já disse, sempre aberta às sugestões. Meu perfil no Twitter é @_gabtt_.

Aproveitem!
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POV Soraya Thronice

Estava exausta. Tinha passado a grande parte das últimas 48h lendo e escrevendo o resumo que a professora havia pedido. O pior é que eu sabia que não era pelo atraso, mas sim pela forma com que eu a confrontei. Apesar disso, eu não costumava deitar para ninguém e se a professora achava que ela seria a primeira a conseguir essa proeza, estava enganada.

Para completar, César passou os dois últimos dias insinuando que eu estava "fingindo" estudar para não lhe dar atenção, pois segundo ele, as primeiras semanas de aula eram insignificantes. Minha vontade era de esfregar o livro em sua cara, aí ele saberia se era fingimento ou não.

[...]

Neste momento, estava na sala de aula esperando o capeta em forma de gente entrar. Todos os alunos, até os mais irresponsáveis, chegaram antes das 7h, com medo de que a cena da aula anterior se repetisse com eles próprios. No entanto, o que estava errado ali era que a criadora do tempo, aquela que planejou o primeiro relógio, ainda não havia chegado.

Vinte minutos se passaram, até que a porta foi aberta e Simone entrou. Cômico, não? A rainha da pontualidade perdeu a hora no segundo dia de aula e eu, definitivamente, não deixaria barato.

— Cheguei tarde demais e a aula já acabou? — Fiz referência a frase que a professora havia falado na aula anterior, disse em direção a minha amiga, mas alto o suficiente para que Simone ouvisse.

— Alguém nem entregou o primeiro resumo e já está pedindo pelo próximo? — Simone falou enquanto organizava seus materiais.

— A diferença entre nós é que eu cumpro com minha responsabilidade, no prazo e sem hipocrisia. — Disse, indo em sua direção com as 5 páginas de resumo.

— Muito bem, senhorita Thronicke, estou orgulhosa. — Simone disse, sarcástica. — A propósito, se finalizou o resumo e está com tempo livre para fazer piadinhas, poderia gastá-lo melhor me ajudando com alguns trabalhos após a aula, não acha?

— Só pode ser brincadeira... — Falei incrédula.

— Acho que já deu pra notar que eu falo sério. — Simone disse, por fim.

Aquela mulher era louca, e eu mais ainda por confrontá-la daquela forma, mas o que eu podia fazer? Era mais forte que eu.

[...]

A aula seguiu bem, Simone era insuportável, mas não tinha como negar que a mulher era majestosa ensinando. Apesar de parecer nova, ela carregava uma grande bagagem de experiências, o que fazia com que fosse uma das professoras mais respeitadas da universidade.

— E aí, pronta? — Ela disse após todos os alunos saírem da sala.

— Por livre e espontânea pressão. — Disse e sorri falso.

Fomos em direção à sua sala, ainda não sabia em quê eu poderia ser útil a Simone, mas a depender da minha boa vontade, em nada.

— Senhorita Thronicke, não sou de me gabar por isso, mas não é de seu desconhecimento que os alunos me respeitam, o que, obviamente, não é o seu caso. — Iniciou o que parecia um discurso político. — Você entra na minha sala de aula, me desafia perante à todos, não apenas uma vez e acha isso certo?

Maktub | SimorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora