Maktub | Simoraya

A Viagem - Parte III

Ô viagem boa pra render, hein? Muitos pensamentos pensantes sobre a Simone desse capítulo, sério 🗣.

As músicas de hoje são Deixa Acontecer - Grupo Revelação e Fulminante - Mumuzinho. Sim, vamos de pagode.

As músicas estão na playlist no Spotify, link no meu Twitter: @_gabtt_.

Boa leitura!
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POV Simone Tebet

Estar ao lado de Soraya era como mergulhar em um mundo encantado, onde cada momento ganhava tons mais vibrantes e significados mais profundos. Estar com Soraya transcendia a rotina, transformando a vida em uma obra de arte em constante construção. Em sua presença, o tempo parecia desacelerar, permitindo que cada momento fosse saboreado como um delicado vinho, cada olhar trocado era um diálogo silencioso repleto de promessas. Estar com Soraya era desvendar um universo de ternura, onde o simples ato de segurar sua mão se tornava uma jornada extraordinária.

Depois de assistirmos o nascer do sol, decidimos que era uma boa ideia dormir um pouco, estávamos exaustas e ainda tinha um dia inteiro pela frente. No entanto, o relógio já marcava mais de 12h e eu precisava acordá-la para comer alguma coisa.

— Soraya... Amor, acorda! — Disse enquanto fazia um cafuné no seu cabelo.

— Bom dia, amor! Acordou faz tempo? — Sua voz rouca devido ao recém despertar enviou um arrepio ao meu corpo.

— Bom dia, linda! Acordei faz pouco tempo, tava aqui gastando os minutos apreciando sua beleza. — Disse e dei um beijo em seu ombro. — Mas a gente tem que levantar e ir comer alguma coisa.

— Hmmm, tem mesmo? — Soraya disse e me agarrou, começando a me encher de beijos.

— Desse jeito você me convence até a votar no Bolsonaro... Mentira, convence não. — Disse e Soraya gargalhou.

— Nem me fala desse traste em pleno meu aniversário. — Ela disse.

— Como é? — Questionei surpresa por vê-la falando assim do presidente.

— Eu não te contei isso, nem contei pra ninguém, na verdade. Mas eu fui enganada, Simone, tudo uma farsa, sabe? Eu sei que ninguém é santo, mas eu achei que fosse pelo menos um pouco diferente da velha política de sempre. Recebi uma ligação desse lixo e do filho dele me ameaçando pra que eu retirasse meu nome da CPI da Lava Toga, acredita? — Soraya disse e eu arqueei as sobrancelhas, surpresa. — Mas se ele pensa que eu tenho medo dele, ah, ele tá muito enganado. E digo mais, ele que não cutuque onça com vara curta!

— Soraya? — Disse antes de dar uma gargalhada alta, que fez até lágrimas saírem dos meus olhos. — Perdão! Mas agora falando sério, não acredito que esse crápula teve coragem de fazer isso com você... Espero que agora você possa acordar de uma vez por todas.

— Já acordei, Simone. Não quero mais acordo com ele, nem com essa turma. Felizmente acordei antes que coisa pior acontecesse... Enfim, vamos nos arrumar pra almoçar? — Ela falou e eu assenti.

[...]

— Meu Deus, que comida gostosa! — Falei enquanto almoçavamos no restaurante do hotel. Algumas pessoas estavam ali e pareciam nos reconhecer, mesmo com nós duas usando óculos escuro e eu com boné, parecendo uma foragida, mas, felizmente, nenhuma delas se aproximou de nós.

— Sim, muito boa! O que vamos fazer hoje? — Soraya perguntou.

— Você que manda, aniversariante! — Respondi.

— Hmm, podemos tomar banho de mar e a noite podemos ir ao centro da cidade dar uma volta, né? — Ela sugeriu.

— Tem certeza? A noite deve ser agitado por lá, não vai ser problema nos verem juntas aqui? E sobre o banho de mar, eu topo. — Disse.