Circunstâncias

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A música de hoje é All I Ask - Adele. (No momento recomendado).

Preparadxs? Até eu que escrevi não estou... Tô até sem palavras pra esse capítulo, então nem vou falar mais nada.

Boa leitura!
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POV Simone Tebet

Em meio a uma visão embaçada, pude notar que o relógio marcava exatamente 1h50 da manhã. Havia perdido as contas de quantos copos de bebida tinha ingerido, tampouco fazia questão de saber. A música melancólica acompanhava meu semblante, a noite, antes fria, já não me afetava mais graças ao álcool presente em meu organismo. Fisicamente deplorável, sim, para combinar com minha mente e meu coração. No celular, 8 chamadas não atendidas de Soraya e 5 de Eduardo.

— Senhora, me desculpe, mas estamos fechando. — O atendente do bar falou cordialmente.

— Mas já? — Disse.

— Sim, senhora, já passou do nosso horário. Posso chamar um táxi para a senhora?

— Uhum... — Encostei a cabeça na bancada do bar e observei o homem teclar em seu celular.

— O táxi está esperando lá fora, precisa de ajuda? — O homem disse após alguns minutos.

— Não, obrigada! — Disse me levantando e tombando para o lado, quase caindo. Voltei a me equilibrar e fui em direção à saída do bar, logo entrando no carro.

Ao chegar em casa, com certa dificuldade subi as escadas e reparei que Eduardo não estava, provavelmente tinha ido dormir fora. Ótimo, evitava ter que lidar com perguntas. Fui até o banheiro e tomei um banho demorado, sentindo a euforia do álcool dar lugar para as lágrimas que rolavam em meu rosto. Minha cabeça parecia que ia explodir, então apenas saí do banho e me joguei na cama, penando por algumas horas, até cair no sono quando os primeiros raios de sol já se faziam presentes.

POV Soraya Thronicke

Há muito tempo não sentia algo tão ruim como essa sensação que estava em mim agora. Simone não apareceu ontem, mesmo dizendo que iria até o apartamento, também não atendeu nenhuma das minhas ligações e tampouco apareceu hoje na faculdade. Estava cogitando ir até sua casa, mas não queria ser invasiva a esse ponto, então decidi que esperaria um pouco mais.

— Você tá bem? — Ana perguntou, tocando meu ombro.

— Tô sim, só um pouco de dor de cabeça. — Menti.

— Ah, melhoras, viu? — Deu um beijo em minha testa e foi sentar para assistir a aula.

Durante o dia todo não consegui me concentrar em nada, estava no estágio e com a cabeça longe. Checava o celular a cada 5 minutos na tentativa de encontrar uma mensagem dela, mas até então nada. Era perceptível que já não se tratava apenas de paixão, era algo muito maior o que estava sentido.

[...]

Já no apartamento, estava terminando de me arrumar para ir até a casa da Simone, eram quase 48h sem qualquer notícia e os sintomas físicos de preocupação não me davam trégua. Exatamente quando toquei na maçaneta da porta para sair, ouvi meu celular notificar dentro da bolsa, rapidamente o peguei.

19:48 Simone: "Posso ir aí daqui a pouco?"

19:49 Você: "MDS, sim! Tava preocupada :("

20:13 Simone: "Indo"

Sorri com a mensagem e com a sensação de alívio, ao menos ela parecia estar bem.

POV Simone Tebet

Se mesmo no desespero portas se abrem, só me restava uma única saída. Estava nesse momento dirigindo até o apartamento para ver Soraya. As últimas 24 horas foram essenciais para pensar, pesar tudo que estava acontecendo e tomar uma decisão.

Maktub | SimorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora