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        Capítulo 7

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        Capítulo 7

Xiao Zhan

Durante nossa infância, minha irmã e eu nunca ficávamos um sem o outro. Fomos criados em hectares de terra numa casa maior do que precisava ser. Papai nunca se importou em ter uma casa daquele tamanho, mas mamãe sentia que eles mereciam. Se Deus tinha colocado dinheiro em suas mãos, e eles faziam o suficiente para a comunidade, então podiam muito bem nadar nas bênçãos do Senhor.

Mamãe estava certa em relação a uma coisa — papai merecia. Ele trabalhou arduamente para chegar à sua posição e dava o maior valor a isso. Ele acreditava na igreja mais do que qualquer pessoa que eu já tenha conhecido e, para cada hectare de terra que ele possuía, retribuía mais para a comunidade.
Minha irmã e eu tínhamos que representar um certo papel como filhos do pastor. Nossa mãe sempre ensinou a mim e a Xuanlu que deveríamos agir de determinada maneira em nossa vida. Os ômegas Xiao deveriam saber se comportar, conversar e ser bonitos. Não apenas em termos de beleza exterior, mas de beleza espiritual também.

Na maior parte do tempo, nós levávamos esse papel muito a sério. As pessoas consideravam nossa família um exemplo a ser seguido, o que significava que precisávamos criar um mundo que valia a pena servir como exemplo. Éramos abençoados, o que significava que tínhamos que ser as bênçãos para outras pessoas.
Isso significava sermos sempre perfeitos em público. Não havia espaço para defeitos. Então, sempre que cometíamos um deslize... sempre que o mundo nos dava um golpe e cambaleávamos, minha irmã e eu contávamos com o apoio um do outro.

Bati na porta da casa de Lu e, no instante em que ela a abriu, seus olhos ficaram marejados.

— Ai, meu Deus, Zhan! O que houve?! O que aconteceu?! — perguntou ela, mas não esperou minha resposta antes de me dar um abraço apertado.
Comecei a chorar incontrolavelmente aos soluços no ombro da minha irmã mais nova, enquanto ela acariciava minhas costas.

— Posso ficar aqui com você e Yuchen? — pedi entre os soluços, sem conseguir dizer mais nada, mas aquilo pareceu ser o suficiente para ela.
— Sempre, Zhan — sussurrou ela. — Sempre e para sempre.

Contei tudo para Lu e Yuchen. As palavras saíam pela minha boca e, para ser sincero, muitas delas eram bastante difíceis de acreditar. Tudo aquilo parecia um pesadelo do qual eu simplesmente não conseguia acordar.
Estávamos sentados no sofá da sala, e Yuchen não parava de encher nossas taças de vinho. Meu cunhado era um alfa tão gentil. Nunca o tinha ouvido levantar o tom de voz e nunca o vi sendo mau com ninguém.

Até quando Lu e eu escorregávamos para o lado da fofoca, Yuchen nunca falava mal de ninguém. Seu principal objetivo era aproveitar a vida, tomando conta da sua amada. E, cara, como ele amava minha irmã. Havia momentos em que eu o pegava olhando para Lu quando ela estava distraída, e isso me emocionava.

— Sinto muito, Zhan — disse Yuchen, franzindo um pouco a testa.
— Não consigo acreditar que ele fez isso com você. Não acredito que os dois tenham feito isso. Eu só... não consigo acreditar. — Ele parecia surpreso. He Peng era um dos seus amigos mais próximos, e ele só ficava repetindo que não conseguia acreditar que uma coisa daquelas podia ter acontecido.
Nem eu.
Ficamos conversando por um tempo e, quando a campainha tocou, Xuanlu se levantou para atender.

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