A imperatriz que sempre foi.- Kim Taehyung

O que é amar?

"A dor de amar é mais pesada do que a dor do ódio."

          Sun-hee se afastou, andava sozinha e muitas vezes eu acordava de madrugada e não via ela ao meu lado.

Ela ansiava pelo julgamento, eu via isso se aflorar em seu âmago todas as manhãs, porém seus conselheiros pediram que ela esperasse a poeira baixar.
Era de manhã, a neblina ainda não baixará a essa hora, porém vejo a mulher no jardim.

— Vossa majestade eu peço-lhe que entre, está frio e pode refria-la.

— Não se preocupem, eu já entrarei.— diz olhando o sereno nas rosas enquanto seu olhar recaia sobre as gotículas de água nas pétalas.

— Devo também pedir que entre, querida.— digo colocando seu agasalho sobre ela.

Depois que casamos, decidimos mantém uma imagem carinhosa para que os outros vejam e não seja um tabu na sociedade o nosso relacionamento, pois ninguém sabia que fora arranjado.

— Tudo bem, mas antes devo ver as flores solares desabrocharem, são lindas pela manhã.

— Como desejar.— me sento ao seu lado, procurando a beleza que ela falará.

Eu vi o desabrochar, não era tão lindo quanto ela disse, porém vi que ela gostou mesmo que silenciosamente.

— Podemos ir?— questiono erguendo o braço a vendo não me encarar.— Nos de privacidade por favor.

As criadas de prontidão se curvam e nos deixam a sós.

— O julgamento é hoje, diga logo o que guardas para que não interfira no seu dever.— exijo vendo ela virada de costas para mim.

— Não tenho nada a dizer.— ela impõe ainda sem me olhar.

Não consigo evitar de segurar em seus ombros e torná-la a mim.

— Me diga, eu exijo saber por que me afasta e o por quê de não olhar em meus olhos.

— Deseja mesmo saber o que é?

— No momento mais do que tudo.

— Eu... estou perdida e quando me sinto assim só penso em você.— começa.

— Então... está apaixonada por mim?

— Estou.— responde honesta voltando não mirar seu olhar em meus olhos.

— Então por que está me afastando?

— Porque eu te odeio Taehyung, pelo menos, devo te odiar.— exaspera.— Eu odeio te amar, pois eu deveria te odiar! Mas merda, por você eu daria meu último suspiro de vida, te dedicaria minhas últimas palavras! Isso não está certo, você não morreu por mim, você não foi meu primeiro amor, mas... eu queria que tivesse sido, então meu aconchego agora é não ser recíproco ou seja, logo vai passar.

— Que pena, não tens mais apoio já que é recíproco, tanto o ódio quanto o amor.— me aproximo.— Devo te odiar por me afastar de Ágatha, minha ex-noiva, porém eu não consigo.

— Tinhas noiva?— questiona.

— Não foi só você que perdeu seu amor.— digo me sentando novamente.

— Peço que me conte, já sabes da minha história com Lucas, devo saber a sua também.

— Como desejar.— respiro fundo.— Agatha é a filha da lady de minha mãe, crescemos juntos e noivamos secretamente, jurei nunca abandoná-la e fugir junto a ela para outro reino, porém você propôs a minha família e eu não pude recusar. Quebrei a promessa duas vezes, prometi não partir e prometi nunca amar outra pessoa, mas aqui estamos nós e eu amo outra pessoa.