Bom demais

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"Quando tudo está ótimo para uns, a vida está péssima para outros."

— Sua mãe está grávida Haeyoon, não deveria estar feliz?

— Fique quieta Daehyun.— reclama limpando a espada em minhas mãos.

— Está com ciúmes? Acha que vai ser esquecida?— a menina filha do deus do ar continua.

— Não te interessa.

Era a realidade, já sou esquecida e agora com uma herdeira, minha mãe não iria querer me manter por perto ainda mais.

— Bom, como todos sabem hoje os deuses se juntarão a nós para a cerimônia de bençãos.— Hyejin comenta se juntando a Beomgyu.— Á pedido do deus da verdade, sua graça Jung Hoseok vocês irão participar, então usem as roupas tradicionais que enviamos para seus dormitórios e também os presentes que seus pais lhe deram.

— E se seus pais não lhe deram nada?— questiono fazendo os olhares viram-se para mim.

— Não será um problema, sua mãe pediu para que eu lhe entregasse isso.— ela caminha até mim retirando uma varinha de sua manga.— Ela pensa em você Hae.— ela sussurra em meu ouvido.


Hyejin tentou ser uma figura parental para mim, como uma irmã e Beomgyu fez o mesmo porém eu sentia inveja dela.
Ela teve mais atenção dos meus pais do que eu, mesmo que eu tenha vivido com eles quando mortais eles não fizeram por mim metade do que fazem por Hyejin.

— Vão! Se arrumem para a cerimônia!— Beomgyu apressa rindo.

Beomgyu não gostava muito dos meus pais, apenas aprendeu a respeitar, o ouvi dizer isso uma vez que espionei a conversa dele com Hyejin.
Soube naquele dia que meus pais já tentaram exterminar os semideuses, porém esqueceram a ideia após um plano que tiveram.
Mesmo assim me enjoa a ideia de que eles matariam o que eu sou.

Vou até meu salão, haviam esculturas do sol e lua quebrados por mim, as pilastras recheadas por marcas de minha espada e a foto de meus pais cortada na parede.
Vejo em minha cama os trajes dobrados perfeitamente e em cima um pequeno ornamento de cabeça, respiro fundo indo me despir.

— Deseja ajuda alteza?— a criada aparece repentinamente.

— Não e não me chame assim, não sou princesa de nada.— falo indo para a banheira.

— Não? Achei que fosse a princesa das terras vastas de eclipse.— a criada rebate um tanto divertida enquanto lavava meus cabelos.

— Não começa.— reclamo me limpando.

Assim que me arrumo sinto um frio absurdo no quarto, meu pai estava lá sentado lendo o roteiro da cerimônia.

— Lugar legal.— ele comenta deixando o papel na cama.

Me ajoelho para cumprimentá-lo porém ele me levanta logo de imediato.

— Jamais faça isso novamente é uma Hwang Kim, não deve saudar ninguém.— ele diz voltando a se sentar.— Imagino que deveria estar com raiva quando fez tudo isso.

— Eu estava.— admito me jogando na poltrona em sua frente.

— Sabe o motivo de termos nos abstido de sua vida certo?— ele questiona.

— Sei, mas nos momentos que minha mãe morria ela poderia voltar para me ver, eu sei que é possível.— digo.— Não sinto raiva de você pois sei o que aconteceu, mas ela...

A imperatriz que sempre foi.- Kim Taehyung Onde histórias criam vida. Descubra agora