O meu quarto último suspiro

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"Eu vi isso mais vezes do que qualquer um possa um dia ver."

A parte engraçada de morrer não é finalmente se livrar de seus pesares, longe disso. A parte mais engraçada é ver que viverá novamente tudo aquilo que lhe pesou.
Me pego as vezes analisando a minha vida como humana, eu tinha tudo e reclamava de tudo, para mim agora era falta de uma carteira de trabalho mas analisando bem eu não sabia o que queria.
Me lembro de ser depressiva, chorar pelos cantos, mas agora vejo isso com diversão.

Falta cinco dias para o nascimento de minha filha, então coloquei o plano em prática.

— Não sei o nome ainda.— respondo para minha mãe enquanto analiso Taehyung na minha frente.

— Pensamos em Moon-Jiwoo, pois tem Lua e Haeyoon já tem o Sol.— Taehyung diz em meu lugar.— Você está bem? Parece cansada.

— Estou pensando em Haeyoon.— respondo vendo meu pai me encarar.

— Vai mesmo trazê-la para cá?— questiona.

— Sim, só preciso lhe dar a total imortalidade.— respondo.— É incomum, acredito que nunca tenha sido feito.

— Não, já foi feito uma vez.— minha mãe comenta.— Um guerreiro filho do meu pai com uma mortal, meu pai o eternizou e até alguns milênios atrás ele era deus dos mortais, porém foi morto como a maioria dos deuses antes de nós da batalha dos imortais.

           A olho surpresa, a batalha havia acontecido antes de eu nascer na verdade muito antes e poucos deuses sobraram, a maioria está presa ainda em um looping de libertação.

— Bom, eu tenho que ir.— me levanto vendo meus pais se levantarem e se curvarem.

           O corredor estava repleto de preparações para a cerimônia se apresentação do bebê, eram flores para todos os lados o que irritava o meu nariz ironicamente me levando ao meu jardim, para que eu pudesse atualizar minhas memórias.

— Está andando rápido demais e está grávida.— Taehyung comenta andando atrás de mim.

— Estou grávida, não doente.— respondo virando um corredor e dando de cara com minhas damas de companhia.— Bom dia senhoritas, meu senhor de companhia já está aqui, obrigada.

— Vossa majestade, não pode andar tanto a senhora sabe como a gravidez divina é desgastante e...

— Está tudo bem, o imperador está caminhando comigo.— sorrio fraco.— Por favor, enquanto isso arrumem meus trajes para a saída que irei fazer.

           Elas aceitam e posso voltar a andar.

— Não sente nenhuma dor?— ele questiona.

— Faz um milênio que não sinto dores.— respondo entrando no jardim.— Por que está tão preocupado? Hoseok colocou na sua cabeça que eu posso ficar doente?

— Ele não insinuou, ele me mostrou seus exames.— Taehyung responde derramando seu sangue em suas flores.— Você está fraca, o bebê está sugando sua energia sabe como isso funciona, por que se nega a aceitar?

— Não estou doente Taehyung, pare de insistir nisso.— digo.— Se não quisesse que um bebê me extorquisse, então não me engravidasse.

— Eu sei que tem medo de adoecer novamente, mas deve se manter cuidadosa.

— Não fui eu quem morri.— respiro fundo me sentando no banco.— Tudo bem, nível pós-câimbra.

— Então dói?

A imperatriz que sempre foi.- Kim Taehyung Onde histórias criam vida. Descubra agora