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Maratona 4/4

Acordo com uma sensação estranha, como se tivesse alguém me olhando, é uma coisa estranha de se dizer, mas abro os olhos e estou de costas pra porta, do lado de cá não tem nada. Além da visão do TH nú, quer dizer, só de cueca.

Mas ao me virar em direção a porta, meu corpo gela e meu coração acelera, ao mesmo tempo que um grito escapa da minha boca.

ANDRÉIA: AAAHHHHH

TH: O que foi? - TH acorda quando eu grito, tirando uma arma de baixo do seu travesseiro.

Lucas, está sentado em uma cadeira da mesa, do lado da porta, e olha pra mim com um ódio que não tá escrito, ele chega a bufar de raiva, de branco ele tá rosa. Sua testa tem muitas linhas de expressão.

TH: O que porra tu ta fazendo aqui? - a voz do TH é de quem tá guardando a raiva.

LUCAS: Eu quem pergunto, o que você tá fazendo com a minha namorada? - A voz do Lucas sai rouca, mas de um jeito muito, MUITO ruim. A voz dele parece a voz de outra pessoa.

TH: Acho melhor tu vazar da goma da morena. - TH ainda está com a arma em punho

LUCAS: Morena.. era isso que você queria? Ser tratada como uma vadia da favela? Podia ter me dito Andréia..

O filho da puta me insulta na minha casa, a sorte dele é que eu tô tão nervosa, tremendo e suando, que não consigo nem falar..

TH: Respeita minha mulher. - TH vêm em minha defesa, falando entre dentes com uma fúria reprimida. Ele me chamou mesmo de minha mulher? - liga pra Babi morena.

Quando vou pegar o celular que deixei em cima do criado mudo antes de dormir, o celular não está no lugar mais e o Lucas sorri diabolicamente. Há quanto tempo esse psicopata tava aí me olhando??

ANDRÉIA: Acho que ele pegou - Falo baixinho.

LUCAS: VOCÊ É UMA VAGABUNDA ANDRÉIA, EU PODIA TE DAR O MUNDO, E VOCÊ ESCOLHEU ESSE BANDIDINHO DE MERDA!

O louco surtou e começou a gritar me chingando.

TH: EU JÁ MANDEI VOCÊ PARAR, SEU FILHA DA PUTA. - TH se levanta da cama só de cueca partindo pra cima do Lucas.

Começo a gritar desesperada, quando o TH dá um murro no maxilar do Lucas o fazendo cair no chão com a mão no lugar, olhando para o homem que lhe bateu com os olhos arregalados .

Mais um soco.
Outro soco.
Um chute.

TH monta em cima do Lucas e desfere vários socos no rosto do homem que está no chão tentando se proteger. Mas de alguma forma que eu não imaginava, o Lucas consegue derrubar o TH no chão e senta nele dando vários socos.

Gritos e urros de ódio e de dor são ouvidos deles dois, ouço o som da cabeça do TH ser batida no chão, mas deve não ter sido nada e mais, já que ele continua batendo no Lucas.

Apavorada eu me levanto, para tirar o Lucas de cima do TH, corro na direção dele e o puxo pelos ombros, com a intenção de derruba-lo, mas o que consigo é levar uma cotovelada no meio dos peitos, o que me faz bater as costas na quina da cama, e ir ao chão gemendo de dor.

Cadê a porra do ar? A cotovelada no meio dos peitos me fez ficar sem ar por alguns poucos segundos.

Lucas leva um murro nas costelas, o que faz ele cair no chão, e isso é exatamente do que TH precisava para se levantar, pegar a cadeira de madeira, que o Lucas tava sentado antes, e com toda força que tem, o TH a arremessa entre a cabeça e as costas do Lucas, fazendo ele desmaiar no mesmo instante.

Escolhida para fielOnde histórias criam vida. Descubra agora