Escolhida para fiel

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1 mês depois ...

ANDRÉIA: ESSE BEBÊ DO CABEÇÃO VAI ME RASGAAAAARRRRR – Grito desesperada, pois é a sensação que eu estou tendo, de que esse moleque vai me rasgar..

Estou eu aqui na maternidade do morro, parindo o Tomás, mas pelo que parece ele não quer nascer, ou só tem o cabeção mesmo, que não ta passando de jeito nenhum na minha xana.

TH: CARALHO MÃE, MINHA MULHER TA SOFRENDO LA DENTRO. – Ouço o TH gritar lá fora, ele não entrou na sala de parto pois bem sabemos que ele desmaia por besteira, ninguém merece ele entrar e desmaiar quando visse o nosso filho nascendo.

Dr Mauro: Vamos Andréia, faça força, já estou vendo seu filho, faça mais força.

ANDRÉIA: Eu não consigo. – Falo derrotada. Babi minha amiga pega na minha mão.

BABI: Amiga é agora ou nunca, você precisa empurrar. Pode apertar a lateral da maca pra lhe ajudar.

Assim eu faço e começo a empurrar novamente, já faz muito tempo que estou nessa maternidade, preciso parir logo, e nunca mais eu tenho outro filho.

ANDRÉIA: AAAAAHHHHHHHHHHHHHHH – Desculpe, mas não tô conseguindo empurrar e fazer força sem gritar.

BABI: Isso amiga, muito bem. Você vai conseguir.

Dr Mauro: Isso Andréia! Tá quase lá. – Sinto uma dor terrível nas costas, como se todos os ossos estivessem separando um do outro.

ANDRÉIA: EU VOU MATAR O TH, ELE NUNCA MAIS CHEGA PERTO DA MINHA XOTAAAAAA – Grito pra ele ouvir, e toda a maternidade sorri e da gargalhadas.

Alguns segundos depois sinto um puxão, o médico puxou o Tomás, e então ouço um choro, e demora um pouco pra cair a ficha que é meu filho que tá chorando. Enfim meu filho nasceu!! Que felicidade, eu consegui! 

A sensação de alívio após o medico tirar o Tomás, é maravilhoso.

BABI: Nasceu amiigaa!! – Minha amiga me abraça e beija minha testa.

Dr Mauro: Parabéns Andréia, seu filho é lindo.

Ouço a porta abrindo de uma vez, quando olho é o TH quem entra, ele entra com convicção do que está fazendo, mas quando ele olha para as minhas pernas abertas que estão de frente pra porta, percebo que ele ficou pálido, seu corpo começa a amolecer, e o homem que se diz traficante, começa a desfalecer.

ANDRÉIA: Ele vai desmaiar!! – Falo pra alguém o ajudar quando ele cai no chão desmaiado. – Era por isso que eu não queria que ele entrasse comigo na sala de parto. Sabia que ele ia fazer vergonha.

Dr Mauro chama outro médico e enfermeiro para o ajudar, e eles o levam para outro quarto enquanto o Dr faz a limpeza em mim, e uma enfermeira leva meu filho para fazer a limpeza.

Após a limpeza, fiquei em uma sala de pós parto por alguns minutos, até que eu adormeci de tanto cansaço. Acordo sendo levada para um quarto, quando entro vejo o TH deitado na maca do hospital.

KKKKKKKKKKKKKKKKKK ele ainda quer pagar de traficante temido.

Algum tempinho depois trazem o Tomás para mamar, e o TH acorda todo murchinho, com vergonha, olho pra cara dele e caio na gargalhada.

TH: Porra morena, tu fica tirando com a minha cara. – Ele fala todo boladinho.

ANDRÉIA: Olha o papelão que tu passou Thiago, a essa hora o morro todo ta sabendo do que aconteceu.

TH: Vou agora resolver isso.

Ele levanta e sai do quarto, no mínimo foi ameaçar os médicos que tavam na hora do parto pra ninguém contar do vexame que ele deu. Fico rindo e dando mamar ao meu filho, que é a coisinha mais linda desse mundo, o sentimento é tão complexo e ao mesmo tempo simples.

Sinto como se fosse possível morrer por amor a ele, é muito esquisito e que somente quem é mãe consegue explicar.

TH entra no quarto todo por fora, e eu começo a rir dele.

TH: Dormiu com um palhaço Andréia?- Huummm ele ta bravinho.

ANDRÉIA: Não kkkkk só com você mesmo kkkkkkkkkkk

TH: Deixa eu pegar o Tomás no colo.

Quando o Tomás termina de mamar eu o coloco no braço do pai, que fica morrendo de medo de segurar o menino, dizendo que é molinho e que tem medo de derrubar.

ANDRÉIA: Se você derrubar o meu filho, eu lhe mato.

TH: Deus me livre, tu tem coragem mermo.. – Fala lembrando do que aconteceu há 1 mês atrás, quando atirei no Pardal.

Nesse momento, entra no quarto entra minha sogra, sombra e babi, junto com as crianças deles, Helena (mãe da Babi) e zangão, marido dela. Acho que só deixaram eles todos entrar juntos, por que quem vai negar algo ao dono do morro? Eu mesma não negaria.

Todos que estão aqui, agora são minha família, e eu tô muito feliz, como eu nunca estive desde a morte dos meus pais, agora entendo que tudo o que eu passei foi para hoje poder sentir esse acolhimento e amor que sinto hoje.

Depois que cada um sai do quarto, e fica só eu, TH e Tomás, sinto um sono, e como o meu filho tá dormindo eu decido também ir dormir. Quando fecho os olhos, ouço os passos do TH vindo pra perto de mim. Ele me dá um beijo na testa, e eu falo para ele:

ANDRÉIA: Te amo.

TH: Também te amo minha morena. Você e nosso moleque! - Ele sussurra ainda beijando minha testa.

Sinto paz, uma paz, uma alegria e uma tranquilidade, e também me sinto forte, como nunca me senti em toda a minha vida. Esse é só o começo da nossa história.

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Sinto cheiro do último capítulo por aí...