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A partir de agora a história dá um salto para o Natal na casa do Sombra e da Babi, que começou no livro Cria da Rocinha.

Boa leitura:

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Estamos em plena véspera de Natal, preparando o  jantar, na casada Babi e do sombra. Está eu a Babi e a mae dela, estamos organizando ou pelo menos tentando organizar o jantar. Minha vontade é gritar, jogar tudo pra cima, literalmente, e depois assar umas carnes pra comer.

Os homens estão na boca só de vida boa, só vão chegar mas tarde, por que pra folgar amanhã eles precisam trabalhar hoje. Mas eles são os chefes, não precisavam ir, mas eles queriam uma desculpa para fugir de ajudar.

Eu estou calada fazendo o que me foi mandado fazer, e meu coração está tão apertado e angustiado. Eu e o TH continuamos ficando, e vem sendo muito bom, mas esse mês ainda não menstruei, e estou muito nervosa, e se eu estiver grávida? Eu tô fodida.

Tomo remédio e não por que isso aconteceu, e se o Thiago não quiser? E se ele me dispensar junto com essa criança? Own meu Deus, me ajuda.

BABI: O que foi Andréia? - A Babi me pergunta me arrancando dos pensamentos.

Penso em mentir, mas eu preciso contar pra alguém antes que eu enlouqueça.

ANDRÉIA: Eu acho que tô grávida... - Falo de uma vez deixando a Babi e sua mãe de cara no chão.

BABI: Porque você acha isso? -

ANDRÉIA: Sei que só tem 6 meses que eu e o Thiago estamos ficando pEu tomo remédio e tudo, mas minha menstruação esse mês no veio.

BABI: Você sabe o nome dele? - De tudo o que eu disse mais importante, a Babi só deu atenção a isso?

HELENA: Foi só isso que você conseguiu ouvir Bárbara? - Helena chama a atenção de Babi me fazendo sorrir.

BABI: Me desculpe! Foi o espanto do momento rsrs

ANDRÉIA: Tudo bem Babi, eu entendo. - Falo com ar de riso - TH não é um vulgo tão difícil de se descobrir. - imaginei que o nome era esse desde a primeira vez que o vi.

HELENA: Então, você já fez algum teste, ou algo do tipo? - Perguntou dona Helena.

ANDRÉIA: Ainda não tive coragem, e se ele não quiser? E se eu não for uma boa mãe?

HELENA: Só vai saber se disser a ele, e se ele não quiser esse bebê, é um problema dele. Você terá a nós.

BABI: É verdade, se quiser, eu vou rapidinho na farmácia e compro um teste pra você. - Ela se propõe a me ajudar.

ANDRÉIA: Eu agradeço muito Babi. E Helena também, por me aconselhar! Eu não tenho mãe, nem família e nem ninguém que possa me dar um conselho e um ombro amigo.

Babi sai de casa e eu continuo fazendo o que estava a fazer. Até que Helena fala comigo.

HELENA: Você não precisa se cobrar tanto, se realmente estiver grávida, o TH vai ter que assumir, querendo ou não.

ANDRÉIA: Eu sei! - Esse é o meu medo, o não querer...

HELENA: Estamos aqui por vocês. - Ela me olha de uma forma que muito me lembrou o olhar de minha mãe.

ANDRÉIA: Obrigada. Eu não tenho família mais, e encontrar uma família em vocês, é gratificante.

HELENA: Não tem que agradecer. - Ela vem até o meu lado e me abraça. Me sinto acolhida.

Ouvimos o portão abrir e fechar, a Babi entra na casa esbaforida.

BABI: Vai Andreia, cuida em fazer os testes. - Fala jogando a sacola há da farmácia em cima da mesa.

ANDRÉIA: Estou tão nervosa que nem queria fazer.

BABI: Vai logo, que eu tô curiosa se está mesmo ou não.

Saio em disparada para o banheiro para fazer os testes, e eu fico pensando em tantas coisas negativas, queria não pensar nessas coisas.

Me sento no sanitário e pego os testes vendo que é praticamente a mesma coisa fazer xixi no potinho e colocar os testes dentro. Faço do jeito que manda a embalagem, e os coloco acima da pia.

Saio para não ficar ansiosa enquanto espero. E volto a ajudar, todas nós ficamos caladas.

BABI: Andréia, já deu o tempo vai olhar o resultado anda. - A Babi fala alarmada depois de um tempinho.

Corro para o banheiro para enfim, vê o resultado dos testes feitos. Assim que pego os testes, a cor do meu rosto muda, posso sentir, eu fico pálida por um momento achei até que fosse desmaiar, sinto meu corpo ficar frio e dormente.

HELENA: Andréia? Você tá bem? Quer uma água? - Ela me pergunta eufórica.

Fico sem responder por um tempo, assimilando tudo, levando a mão até a minha boca, peço mentalmente a Deus que me ajude e me dê sabedoria daqui pra frente.

BABI: Garota, e então, o que foi que deu ai?? – Babi pergunta nervosa, parece que é ela quem está grávida de novo.

ANDRÉIA: Deu... deu, deu positivo Bárbara.

No momento em que falo isso Babi e a mãe me abraçam forte e gritam eufóricas, porém, eu não parecia feliz com o resultado, a porcaria do medo dele me mandar abortar ou até mesmo me mandar embora da vida dele me deixa paralisada.

BABI: Você sabe que ainda tem a gente ao seu lado, não sabe?!

Ela e a mãe trocam olhares e apenas concordei com a cabeça, então se aproximam mais uma vez de mim Helena com sua mão posta acima do ombro de Babi, tipo dando apoio ao que a filha disse. É nesses momentos em que mais sinto falta da minha mãe.

HELENA: Exatamente. E, não acho que ele seria assim tão miserável a ponto de recusar você, apenas por estar esperando um filho dele.

BABI: Isso mesmo Andréia, essa criança é fruto do amor de vocês. Irá contar para ele, não é?!

Fico nervosa, mas tenho que ser forte e segura pelo meu bebê, assim como minha mãe era. Sendo assim, enxugo as lágrimas que escorriam do meu rosto e dou um meio sorriso, no canto de meus lábios, para mostrar que serei a Andréia forte e decidida que elas conhecem.

ANDRÉIA: Vocês têm razão, se ele não nos quiser, problema dele. Irei ficar triste, mas esse filho será uma verdadeira felicidade em minha vida.

Agora nós três comemorávamos sorrindo e extremamente felizes, agora nossa família aumentaria, só quero ver a reação de TH. Bom, tomara que ele reaja muito bem, pelo nosso bem, e pelo bem desse bebê.

- Quebra de tempo: horas mais tarde...

Algum tempo havia de passado e já era noite, eu e as meninas esperávamos os meninos chegarem, já arrumadas. Trouxemos nossas coisas e nos arrumamos juntas, a Babi me ajudou a ficar mais tranquila e relaxada. Super me incentivou a contar sobre a gravidez pro Thiago. Estou aflita, mas se ele não aceitar esse bebê não tem problema, eu o crio com todo o amor que tenho.

Ouço o barulho do portão, e todas ficamos nervosas. Principalmente eu, que estou com as mãos suando e tremendo.

BABI: Vai dar certo! – Cochicha, e faço legal com as duas mãos.

TH, Bernardo e o zangão chegam, e ficam espantados com o quanto estamos bonitas.

TH: Sei que sou maravilhoso, mas não precisavam esperar por mim na sala. – Ele não perde a oportunidade de se vangloriar.

ANDRÉIA: Vamos TH, você não sabe nem escolher a roupa que usa. – Chamo logo ele para ir embora, antes que ele perceba os rostos nervosos e apreensivos.

TH: Bora minha dama. - Ele estende a mão para mim, que aceito me levantando e dando uma piscadela pra Babi e indo com ele. O nervosismo que eu estou sentindo não pode ser descrito em palavras, minha garganta está seca e eu sinto vontade de fugir e me esconder. Mas onde eu poderia me esconder dele?

Escolhida para fielOnde histórias criam vida. Descubra agora