II

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Ao entrar ao meu quarto decido explora-lo.

Vi que tem um armário de roupas grande e a cama é de solteiro

No armário tem roupas, mas só brancas e cinzas

Tem um banheiro do lado esquerdo, entro nele pra explorar também

Era todo branco e não muito espaçoso, me olho ao espelho e fico me encarando, eu estava deplorável, cabelo bagunçado, olheiras muito visíveis e um baind aid na testa

— oh Any... Olha onde vc chegou..

Retiro meus longos cabelos negros do rosto e vejo que meu rosto está meio rosado

Como eu sou pálida, pareço até um cadáver ambulante

Amarro meu cabelo em uma trança e lavo meu rosto na pia

—  eu sinto como se eu não pertencesse aqui... — retiro minha t-shirt vendo que também estou de sutiã.— quem raios me vestiu?

Olho pros meus braços enfaixados e pigarreio de raiva.

Volto a vestir e escovo os dentes para ir dormir

Quando estava indo pro quarto vejo um ser sentado na minha cama

Era o Cristian

— oque vc faz aqui?

— vim dar seu remédio...— seus olhos verdes me encaravam sério.

— ok.

Ele se colocou em pé e veio até mim

— pra que serve este remédio?— questiono

— ansiedade, a primeira noite das pessoas aqui costuma a ser "difícil", elas relatam ouvir coisas então o melhor é previnir para que não aconteça contigo.

— ok— fico quieta — posso confiar em vc?

Ele me olha com as sobrancelhas arqueadas,meio confuso

— ãn?

— posso ou não? — questiono mais uma vez tomando o remédio

— pode.— diz sério e volta a me receber o copo que tinha a àgua do remédio.

— posso perguntar algo?— falo mais uma vez fazendo que seu olhar fosse direcionado à mim.

— urrhum— murmurou guardando meu remédio em uma bolsa

— quem foi que me vestiu? Eu vim aqui com outra roupa e acordei com uma diferente... Quem foi?

Ele me olha brevemente e volta sua atenção para oque fazia

— deve ter sido aqueles que ficam no outro bloco .— diz sério

—mulheres... Certo?—cerro os olhos

— hmm....— ele cerra os olhos também e fica em silêncio

Eu me sento na cama encarando o cara de cabelos castanhos

— certo?— volto a refazer a pergunta

— não Any. Aqui não trabalha nenhuma mulher...

QUE PORRA?

— vc está brincando comigo... Certo?

— por que eu brincaria? As mulheres que se alistaram para trabalhar desistiram em conjunto. Mas eles já estão acostumados com isso... Se é que isso pode te reconfortar

— não reconfortou. Homens tocaram em mim sem minha autorização Cristian.— digo revoltada

Me deito na cama com as mãos no rosto

A Mente De AnyOnde histórias criam vida. Descubra agora