Eu quero me enterrar e só aparecer daqui a um ano ou doisCristian está me olhando desconfiado, esperando por uma resposta... Mas não tenho como me defender
— ah... — digo envergonhada
— deixa pra lá, vamos sair logo daqui — ele abre a porta do armário e nós saímos
O alívio que eu sinto por ele não me cobrar uma explicação! Ainda bem que ele decidiu ignorar
Andamos em passos apressados em direção ao seu quarto
— não seria mais certo eu voltar para o meu dormitório? — questiono
— eles podem acabar te vendo. Você não pode voltar pra seu dormitório de jeito nenhum — ele diz
Algo me diz que aquelas pessoas poderiam me machucar muito se me achassem, por isso Cristian está tão preocupado
Entramos em seu quarto e o vejo ir até seu guarda-roupas
— pode se sentar — ele diz de costas pra mim
Eu o faço.
Vou até a cama dele e me sento
Observo atentamente os movimentos de Cristian
Ele pega algumas peças de roupa do guarda-roupas
— vai querer tomar banho? — ele questiona
— não, obrigada — falo simples
Eu tenho uma mania de sentar e abraçar as pernas, então o faço
— pode ficar à vontade, vou tomar um banho rápido — ele diz e retira sua t-shirt
Eu não consegui desviar o olhar, vejo seu físico trabalhado e quase Babo
Meu olhar explora suas costas com os músculos definidos e caem numa tatuagem
Quem diria que ele teria uma tatuagemContinuo explorando seu corpo
Depois o vejo olhar pra mim de canto do olho e eu desvio o olhar sentindo meu rosto esquentar
Cristian ri baixinho e entra no banheiro
Eu solto um suspiro
"Será que vou dormir aqui hoje?"
Tomara que sim
Dá uns 11 minutos e o Cristian sai do banheiro com o cabelo molhado
Ele está secando o cabelo com uma toalha, bagunçando eles
Ele está usando uma calça moletom preta com uma regata, também na mesma cor
O cheiro de sabonete vem junto com ele
Seu corpo é tudo de bom, literalmente
O vejo andar até a cama e se sentar do meu lado
— você está com sono? — ele pergunta
— não. Não tomei meus remédios, e nem quero — falo — e você está?
— eu estou exausto, oque vc quer fazer agora? — ele se deita
Transar
— estou sem idéias — falo constrangida por meus próprios pensamentos
— por mim a gente poderia fazer um jogo. — ele sugere
— que jogo? — indaguei
— eu durmo e vc conta quantas horas vc leva para adormecer — ele faz graça se enrolando no lençol
— não teve piada nenhuma. O mais certo a se fazer é você me fazer companhia até eu ficar com sono também — falo simples
— quê? Nunca! — o vejo se aconchegar e fechar os olhos
— Cristian! E onde eu durmo? — falo emburrada
— aqui mesmo. Algum problema? — ele levanta a cabeça pra me encarar
Magina
— por mim tanto faz. — digo me deitando também
Cenas do que aconteceu naquele armário passam sobre minha cabeça ainda
Tento me cobrir com o lençol mas o Cristian se enrolou todinho
— Cristian, como vou me aquecer se você não quer partilhar o lençol? — falo tentando o empurrar
— se vira — e mais uma vez o abençoado me testa a paciência
— Cristian você é muito irritante — tento ainda pegar o lençol
O empurro com tudo mas ele não se move e me ignora
Subo encima do mesmo para passar do outro lado
Quando passo para o lado da parede e tento puxar o lençol, o vejo com um sorriso sacana
Que puta sorriso
Me desconcertou, mas tento mantes a postura
Continuo na luta, mas ele parece focado em não me deixar vencer
Eu volto a subir nele e finalmente consigo pegar o lençol
Puxo com tudo e me preparo para correr com o lençol
Mas ele segura minha cintura me impedindo de sair de cima de siMinha risada estava descontrolada e ele acabou gargalhando comigo
Volto a tentar sair mas ele me prendia
Olho pra baixo "caindo na real"
Eu estava encima do meu crush e ele está segurando minha cintura pra que eu não saia? Isso só pode ser um sonhooo
— devolve meu lençol — ele diz autoritário mas ainda rindo
— vem pegar kkk — falo na brincadeira erguendo o lençol
Mal tenho tempo de processar e o vejo inverter as nossas posições
E com muita facilidade, ele toma o lençol de minhas mãos
— feito — ele diz aproximando nossos rostos com um sorriso satisfeito
Meu rosto esquenta e ele nota nossa proximidade e por algum motivo não se afasta
— sabe oque eu quero agora? — ele sussurra
— oque? — eu pergunto no mesmo tom
— dormir. — ele diz se afastando e se ajoelhando na cama
— oque te impede? — digo ainda deitada sem o encarar
— minha outra vontade... — ele diz se deitando do meu lado de novo
— de? — viro o rosto encontrando seu olhar já fixo em mim
— de beijar você. — ele diz por fim olhando fixamente para os meus lábios
QUE?
— e oque te impede? — digo em estado de choque. Eu não esperava por isso
— Eu posso? — ele diz me olhando de forma intensa
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A Mente De Any
FanfictionAny, ou melhor Anaya Ernandes, de 17 anos é uma garota com problemas mentais e conturbações. Ela é internada em um Hospital psiquiátrico por sua mãe, áfim de "curar" a jovem. Mas aquele local tinha muito a esconder Após um tempo de tratamento, Any s...