XXIII

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Acabo de me sentar na fogueira. Tem pouca gente ainda

Outros vão chegando aos poucos

A fogueira me aquecia e eu estava me sentindo confortável com aquele ambiente

— vamos ficar a madrugada toda aqui. Tudo bem pra você? — Alex pergunta me fazendo encara-lo

— sem problemas — sorri

Estou precisando curtir um pouco. Estar longe das coisas que me relembram meu passado

Vejo um cara se sentar com uma guitarra

— vamos ouvir uma música? Oque vocês querem? — ele pergunta encarando todos esperançoso

Todos falavam as músicas que queriam de forma desorganizada

O cara da guitarra não estava percebendo nada

— um de cada vez! — alguém grita

— cadê a Emma? — Alex pergunta perto do meu ouvido. Confesso q me arrepiei


— não a vi... — respondi num tom baixo também

— eu vou procurar ela. Depois volto. Guarda lugares pra gente — ele sai sem nem esperar uma resposta

Suspiro

Ele gosta mesmo daquela pirralha

Coloco alguns acessórios do meu lado para ocupar lugar pra eles

Me Encolhi de um lado vendo tudo a minha volta

Agora estavam escolhendo a música por votação, conseguindo assim chegar a um consenso.

— estamos todos de acordo? — um pergunta

— acabei não ouvindo. Oque escolheram mesmo? — perguntei


—ah, escolhemos— antes de ele terminar de falar ouvimos um grito alto


Todos olham em direção ao grito e vemos Alex correndo com a Emma apoiada nele, era possível ver sangue em seu vestido

— que merda? — pergunto pra mim mesma

— SE ESCONDAM ! — foi a única coisa que o Alex conseguiu dizer antes do tiroteio começar

Sons de disparos altos eram ouvidos e todos estavam correndo apavorados

Eu não estava conseguindo perceber, como o lugar que estava tão pacífico a segundos atrás se tornou num completo pesadelo

Eu estava praticamente congelada ali, sem saber oque fazer

Ver todo aquele caus me desbloqueava um medo enorme que não me deixava nem me mexer

Meu coração estava a mil e eu ouvia gritos aterrorizados por todo lado

Senti alguém me puxar me tirando do transe

— VEM! — uma garota me puxou correndo

Ela era mais alta que eu e com cabelos presos em duas tranças enraizadas

Corremos até a parte de trás do estabelecimento lá estava pouco iluminado. Nos escondemos entre os arbustos

— porquê você estava parada cara? Não viu o perigo bem na sua frente? — ela sussurrou, era possível ver que ela estava apavorada, mas era forte de maneira indescritível

Eu não consegui responder, lágrimas apenas desciam pelo meu rosto

— precisamos apenas ficar aqui até meu irmão nos achar — a garota diz parecendo confiante que seu irmão viria a salvar — sou a Briana. Mas pode me chamar de Bria


A Mente De AnyOnde histórias criam vida. Descubra agora