XIV

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Acordo com leves batidas na porta e digo para a pessoa entrar

A pessoa entra e vejo ser o Nick

Me questiono porquê não veio o Cristian mas não o pergunto nada

- Bom dia Any, como dormiu? - ele diz

- bem. - digo tendo pequenas lembranças da noite anterior

Olho pra ele e o noto fitando minhas coxas nuas

Ele percebe o meu olhar confuso e desvia o olhar

- aqui seus comprimidos - ele diz desviando o olhar rapidamente e me entregando os comprimidos

Eu pego e tomo eles

- você deve estar se perguntando onde está o Cristian né? - ele diz

- sim. Onde está ele? - eu pergunto

- está trabalhando no outro bloco hoje, mas voltará mais tarde. - diz ele

- trabalhando com o que exatamente? - questionei

- isso seriam informações à mais - ele dá um sorriso estranho

Isso me desencadeou uma lembrança da conversa deles sobre o Cristian precisar transar

Eu arqueio as sobrancelhas mas não digo nada

Um tempo depois ele sai do meu dormitório

Me levanto indo me arrumar, entro no banheiro e tomo um banho breve

Quando desliguei o chuveiro ouço alguns passos no quarto

- quem é? - questiono mas não ouço nenhuma resposta

- Cristian? - volto a questionar mas nada de alguém responder

Decido terminar de vestir para ir checar, visto uma camiseta com uma média

Coloco chinelos e saí do quarto. Hoje não estou com deposição de me arrumar muito não.

E ao chegar no quarto noto uma pessoa.

A garota do isqueiro

- cadê? - ela pergunta

- bom dia pra você também. Cadê oque? - eu indagou já sabendo oque ela veio pegar

- o meu isqueiro. Eu falei pra você devolver - ela diz parecendo sem paciência

- eu não sei do que você está falando - eu digo

Não posso dizer que simplesmente não tenho o isqueiro da coitada

- você tá de brincadeira? - ela me encara com um olhar mortal

- fica fria mana. Não precisa se estressar - eu digo com ironia, não vou levar desaforo hoje

- olha... Não quero problemas. Apenas me dê o isqueiro. - ela anda até mim de forma ameaçadora

- mas que porra de isqueiro você está falando? - eu faço de sonsa mais uma vez

Vai que ela pensa que sou mesmo maluca ao ponto de esquecer fácil assim

- você não é a Any? - ela diz a um passo de mim

- a própria. - digo. - mas não sei que isqueiro é esse que você tanto fala

Ela suspira fundo já parecendo irritada e antes de eu puder dizer mais alguma coisa a vejo serrar os punhos e quase me acertar um soco

— o isqueiro era a última lembrança do meu pai... Por favor, me dê ele de volta — ela diz e a noto chorando

A Mente De AnyOnde histórias criam vida. Descubra agora