XIX

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Estamos no quarto

— vejo que você já simpatizou com alguns — Cristian diz

— sim... Mas só me dei bem com o Alexandre. — digo

— porquê? — Cristian questiona de costas pra mim, ele estava abrindo uma mochila preta

— os outros são muito desrespeitosos — confesso encarando os meus pés

— você tem razão... Alexandre é o único que realmente me ouve. — Cristian parecia inquieto

— ele me disse que tem muito respeito e admiração por você... — falo chegando próximo de Cristian

— ah é? Ele é um bom rapaz — ele fala meio distante — achei!

Ele parece ter encontrado oque estava procurando na mochila

— achou oquê? — pergunto curiosa tentando ver, mas ele se vira na minha direção e esconde o objecto em suas costas

— é surpresa! — ele sorri de canto

— de novo com isso? Eu vou ter um infarto — faço drama

— eu irei mostrar pra você.. Mas será a ultima coisa — ele diz enigmático

— como assim última coisa? Tem mais coisas?  — pergunto

— eu te disse que trouxe lembranças —  ele fala

— ah sim!

— fecha os olhos... — eu fecho

Ele parece se distanciar, demora uns segundinhos

— pode abrir — quando ele termina de falar eu abro os olhos

Tinha um monte de coisas jogadas na mesinha do quarto

Tinha umas guloseimas, petiscos, doces, pipocas, batatinhas e outras besteiras

— isso é... Tudo oque eu mais queriaaa! — eu falo sorrindo igual uma criança

Vejo ele analisar bem meus rosto e um sorriso se formar em seus lábios

Os seus olhos se fecham um pouco toda vez que ele ri ou sorri

É muito bonitinho

— comprei tudo enquanto estava em missão. Achei que seria legal compartilhar com você. Tem doces que são originalmente fabricados apenas no lugar onde fui.

— e onde foi isso?? — pergunto curiosa

— Brasil! — ele fala — é um país lindo, você iria adorar

Eu realmente sempre sonhei conhecer Brasil

— ahh! Como eu iria amar! — falo me dirigindo a mesinha pra pegar um doce

— não não não… você não pode comer agora. — ele fala me impedindo de pegar

— porquê? — eu questiono com o cenho franzido

— vai ser uma noite de filmes... Eu vou arrumar tudo, e quando for a hora, iremos comer. — ele diz

— tá! Mas faz rápido, estou ansiosa pra provar essa tal de "paçoca" e esse bolo com brigadeiro — falo

— você vai adorar... Mas por enquanto vai ter de esperar lá fora

(...)

Já deram duas horas, agora estou indo pro quarto novamente

Bato a porta e ouço ele vir

Ele abre

— na hora certa! — ele diz

A Mente De AnyOnde histórias criam vida. Descubra agora