Capítulo 16

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Estava finalizando alguns trabalhos, quando sinto meu telefone vibrar.

―O que foi? – pergunto irritado ao ouvir a voz de um dos meus soldados

―A garota, senhor. – diz angustiado

―O que aconteceu com Antonella? – pergunto me arrumando pronto para agir

―Foi levada para o hospital... – ouço a palavra hospital e já não escuto mais nada. Desfaço a ligação e ligo para meu homem de confiança

―Onde ela está? – pergunto enraivecido

―Foi levada para a Santa Casa. – responde e já estou em meu carro

―E porque ela precisou de hospital. Se deixei ordens expressas para a protegerem. – ralho enquanto subo a rampa do estacionamento

―Desculpe, chefe. Mas a menina estava numa lanchonete com a amiga e de repente uns homens armados invadiram o local. Estávamos avançando para o local, quando a polícia chegou. Um dos bandidos deu uma coronhada em sua cabeça e ela desmaiou. – conta sobre o acontecido

―Descubram quem é esse desgraçado e o eliminem. Ninguém machuca minha mulher e sai impune. – ordeno

―Considere feito. – responde e desligo

Dirijo o mais rápido que posso em direção a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Recebo uma mensagem do celular de Antonella, me informando onde está. Entro pela porta de emergência e vejo a amiga de Antonella sentada com cara assustada.

―Federico. – diz ao me reconhecer ―Que bom que veio.

―O que aconteceu? – pergunto já sabendo ―Recebi uma mensagem de Antonella. Onde ela está?

―Fui eu quem enviei a mensagem. – diz mostrando-me o telefone ―A Nella está lá dentro e não querem me dizer como ela está. – diz chorosa

―Mas o quê? Por que ela está aqui? – pergunto para confirmar a história que meu homem contou

―Estávamos numa lanchonete e de repente uns homens armados entraram anunciando um assalto. Eles pediram nossos telefones, relógios. Pediram também a bolsa da Nella e quando ela estava pegando, a polícia chegou e o bandido puxou a bolsa e bateu em sua cabeça com o revolver. Fiquei tão nervosa ao vê-la desmaiada e acho que bandido também porque deixou nossos telefones e levou somente a bolsa. Fomos trazidas para cá e agora não querem me dizer como ela está. – diz

―Espere um minuto. Vou ver se consigo ter alguma notícia. – digo e me dirijo a recepção. Uso meu charme e meu poder de persuasão para convencer a recepcionista me deixar falar com o médico. Vejo a entrar e algum tempo depois, um homem de jaleco branco vem em minha direção.

―Você que é o marido da paciente? – indaga

―Sim. – minto ―Como ela está?

―Ela sofreu uma concussão devido a pancada e um pequeno traumatismo que constatamos pela ressonância. – diz e sinto meu corpo gelar ―Optamos por deixá-la sedada para que se recupere mais rápido.

―Posso vê-la? – pergunto como se uma negativa fosse me impedir de entrar

―Claro. Por favor me siga. – fala e o sigo em direção ao local onde Antonella está. O médico afasta uma cortina e encontro-a deitada sobre uma maca com uma bolsa de soro ligada ao seu braço. Noto pequenos arranhões em seu rosto e braço. Juro que se pegar o responsável por isso, o desmembrarei em mil pedaços.

―Deixarei que você fique por alguns minutos. Devido a medidas de segurança, não estamos permitindo acompanhantes que não estão previstos na lei. – diz

A herdeira perdida da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora