Ao concluir a música "Clima de Rodeio" faço os agradecimentos de sempre ao público e a minha equipe, deixando o palco, durante o caminho, me sinto levemente tonta, apresso meus passos, tentando chegar rapidamente até meu camarim.
Me junto ao meu pai, vendo ele conversar sobre algo com a Bruna, que eu não conseguia prestar atenção, por estar sentindo tudo longe, uma vertigem me atinge e preciso me segurar ao meu pai para não cair.
— filha, 'tá bem? — meu pai pergunta com preocupação na voz, tocando meu braço.
— você 'tá pálida, Ana Flávia. — Bruna diz tirando um paninho do bolso, tirando meu chapéu, abanando meu rosto.
— vamos descer logo, aí 'cê bebe uma água.
Com o apoio deles, descemos as escadas com cuidado, indo direto para o meu camarim, me sento no sofá, encostando-me sobre o estofado confortável, fechando meus olhos, sentindo aquela mesma tontura junto a um embrulho no estômago.
Bruna e meu pai me abanavam, eu sentia minhas maos suadas, uma ânsia de vômito fora do comum me invadia, não entendia que sensação horrível era essa, mas a cada semana que se passava ia piorando.
— 'tá melhor, Ana?
— acho que es... — não consigo terminar a frase, me levanto com pressa, indo em direção ao banheiro e vomitando toda a janta, quase que minhas tripas vão junto.
As lágrimas ja escorriam pelo meu rosto, a dor de cabeça começava a me atingir e um filete de suor escorre pelo meu rosto, fecho a tampa do vaso e aperto o botão da descarga, sentando no chão, me sentindo cansada e mal, muito mal.
Bruna cruza a porta do banheiro, se abaixando a minha frente e tocando meu rosto, passando a mão em meu rosto, afastando meus cabelos.
— o que 'tá acontecendo?
— eu não sei... — sussurro com a voz trêmula, sentindo a ânsia de vômito voltar, abro a tampa do vaso novamente, colocando tudo que comi hoje 'pra fora.
Apoio minhas duas mãos na lateral da privada, sentindo a Bruna segurar meu cabelo em um rabo de cavalo, minha garganta ardia, eu não controlava as lágrimas que desciam dos meus olhos, tudo doía agora e eu só queria tirar essa sensação ruim.
Ao sentir que não havia mais nada, fecho o vaso e dou descarga novamente, a Bruna me entregou um guardanapo, limpei minha boca, sentando no chão e encostando minha cabeça em seu peito, chorando sem parar.
Não aguentava mais sentir tudo isso, esses episódios sempre acontecem durante a madrugada e o Gustavo me ajuda, porém, hoje ele tem show. Faz mais de uma semana que estou assim, só não estou tendo tempo de fazer exames.
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𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗺𝗮𝘁𝗲𝗿𝗻𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲, 𝒎𝒊𝒐𝒕𝒆𝒍𝒂
Fanfiction∥🍼∵ᣤ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚍𝚊 𝚖𝚊𝚝𝚎𝚛𝚗𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎 "𝐎𝐍𝐃𝐄 Ana Castela e Gustavo Mioto, renomados cantores com carreiras consolidadas, enfrentam as emoções da paternidade enquanto aguardam a chegada de sua primeira filha. Em meio aos holofotes da fama...