Na manhã seguinte teríamos de matar o cérebro dos que foram mordidos, queimar os errantes e enterrar os nossos... Bom, os outros iriam fazer isso. Meu pai não quis que eu estivesse por perto enquanto eles faziam isso, eu também não quis questioná-lo pelo simples fato de também não querer participar disso, preferi ficar um pouco longe com Carol, Sophia e Carl.
Eu e as crianças estávamos indo nos juntar a Carol agora no lago, sugeri ficarmos por lá enquanto tudo aquilo acontecia.
-Crianças. – Chamei a atenção deles antes de chegarmos perto de Carol, que já estava sentada a beira do lago. -Por que não vão brincar um pouco na água? O dia está quente.
Sophia: -Podemos mesmo? – Questionou se animando um pouco.
-Claro! Só não vão muito longe e nem muito fundo. Fiquem por perto e em nossa visão. – Os dois assentiram e correram para a água.
Me aproximei de Carol.
-Hey, Carol. – Sentei ao seu lado. Ela estava chorando, provavelmente por causa da morte do desgraçado do Ed.
Carol: -Hey. – Sorriu pequeno e tentou disfarçar que estava chorando. -Onde estão as crianças? – Apontei para onde os meninos estavam brincando.
-Ela não parece triste pelo o que aconteceu. – Comentei vendo que Sophia estava toda sorridente jogando água em Carl.
Carol: -Por que estaria? – Olhei para ela. -Foi o fim do nosso sofrimento.
-E o fim sempre vem acompanhado de um recomeço, não? – Ela mirou as próprias mãos, estava girando a aliança do dedo. -Parece que você está sentindo o contrário dela...
Carol: -Sim e não. Eu estou feliz por isso ter acabado e estou triste porque precisávamos do Ed, eu e Sophia. – Franzi o cenho com isso. -Ele nos protegia. Só chegamos até aqui por causa dele. Ele nos manteve vivas e... Eu não sei se conseguiremos seguir sem ele... – Recomeçou a chorar.
-Olha, eu sei que não é da minha conta, mas preciso dizer que você está errada. Passamos cinco semanas juntos e nessas cinco semanas não houve um dia sequer que não tenha ouvido o que aquele desgraçado fazia com você, não houve um dia que não quis ter interrompido aquilo e enchido ele de porrada. Mas não fiz nada porque ninguém deixou e porque sabia que depois ele descontaria em você ou em Sophia para compensar o quão covarde ele era. – Segurei as mãos nervosas dela entre as minhas. -Ele pode ter mantido vocês vivas até o momento que nos encontrou, daquele dia até hoje somos nós que mantivemos vocês vivas e continuará assim. Você e Sophia vão aprender a ser fortes e vão lutar pela sobrevivência porque os errantes não são a pior coisa que vocês vão enfrentar e sabe por quê? – Ela me olhou como se perguntasse o "porquê". -Porque o pior que podiam enfrentar vocês já o fizeram... Agora só têm que seguir em frente e superar.
Ela baixou a cabeça e voltou a me olhar com um pequeno sorriso no rosto.
Carol: -Obrigada. – Sorri para ela. -Acha que já o enterraram?
-Não sei. Eles ainda estavam matando os cérebros quando sai de lá com as crianças. – Acho que entendi porque ela quis saber disso... -Você não precisa fazer isso, Carol.
Carol: -Eu preciso fazer. – Continuou firme. -É meu marido. – Fiquei alguns instantes olhando para ela.
-Dale. – Ele estava um pouco mais à frente.
Dale: -Sim?
-Pode olhar as crianças por um instante?
Dale: -Claro.
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Daryl's Girl
FanfictionImagine que você é uma adolescente normal, com uma vida normal, com amigos incríveis e maluquinhos. Conhecida pela vida tranquila e por ser uma filha exemplar, com um gosto bem peculiar por armas e luta corporal. Imaginou? Certo... Agora imagine que...