Simplesmente, Você | Livro I

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Adam não demorou muito para chegar ao local marcado junto com seguranças, e alguns dos que faziam parte da organização. O prefeito junto com sua secretária, já o esperava pacientemente. Ele já era velho, baixo e de cabelos tão brancos quanto seu sorriso largo para seu rosto redondo. Ele foi o primeiro a cumprimentar Adam.

— Que bom rever você novamente, Adam.

— Digo mesmo, Sr.Prefeito.

Os dois estavam bem organizados dentro de suas roupas sociais. Adam poderia transparecer um homem de responsabilidade com seu terno, mas seu sorriso com certeza protagonizava a quebra dessa expectativa.

— Toda a equipe já chegou?

— Já trouxeram a mesa, e os materiais que serão usados na distribuição dos alimentos.

— Entendi — assentiu — A imprensa não virá, não é mesmo?

— Eu não espero a chegada deles tão cedo, mesmo que isso seja algo quase impossível já que sou o prefeito da cidade e você um homem muito importante. — mas ele realmente queria que fotógrafos chegassem, mesmo que o pedido de Adam fosse que agissem secretamente e sem holofotes.

— Eu espero que possamos fazer o nosso máximo!

— E iremos.

Com a chegada dos que faltavam, Adam seguiu o caminho para onde seria servido todo alimento preparado. Ele vislumbrou o mesmo cenário que Deus o tinha mostrado na oração feita por ele, poucos dias antes, e que foi a real motivadora para que tudo aquilo estivesse acontecendo.

— Pensando muito? — perguntou-lhe uma voz familiar. Ele acenou positivamente ao reconhecer e ver de quem se tratava.

— Apenas o suficiente, e torcendo para que tudo dê certo.

— Já está dando certo, Adam — a fala de Vera, e sua presença tão positiva, veio como uma força que ele não tinha premeditado em receber antes — Creio que Deus abençoará em tudo. Estamos fazendo algo que é da vontade Dele.

— Sim...

— Bom. Já comeu alguma coisa? Não esqueça que iremos discursar hoje ainda.

— Ah, não. Ainda não.

— Venha, eu te levo aonde poderemos encontrar comida.

E ela o fez, levando-o à frente do caminhão o qual, em sua carga, tinha lenços grandes e todos os tipos de materiais necessários para uma boa higiene. Uma mesa redonda com lanches e refrigerante, os esperavam pacientemente.

Depois de ter pegado o cachorro-quente e refrigerante, ele se distanciou para um dos cantos, sua mente não pensou em mais nada do que nas palavras que poderia dizer naquela noite. Seu coração falhou um pouco com o possível medo de falar alguma besteira, de dizer algo desagradável para as pessoas que estariam presentes.

O local aonde iria discursar era um local com paredes de tijolos vermelhos, e chão de cimento. Foi para lá, que Adam se moveu depois de ter descartado o material usado, no lixo. Uma mulher pequena o chamou, em meio ao seu caminho.

— Sim?

— Nós iremos terminar de organizar os microfones e o tapete, onde vocês irão ficar. E eu acabei de fazer um discurso para que você possa falar.

— E quanto as pessoas, quando elas irão chegar?

— Os das nossa equipe se encarregará de anunciar, e até mesmo buscar para que venham — anunciou —  Quando estivermos prontos, iremos lhe chamar — ela o entregou a folha branca, a qual estava com o discurso — É bom que treine. Com licença...