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Patrícia e Silvana intercalaram seus olhares para o homem deitado na cama, sendo examinado por Adam e os enfermeiros que já tinham chegado à um tempo. À Vera que estava sentada na poltrona com as mãos em frente ao rosto, murmurando uma oração e sendo tocada no ombro por seu irmão.

Silvana levou Patrícia para fora do cômodo, a puxando pelas mãos, parando apenas quando estavam no corredor.

— Você acha que ele vai melhorar? — Patrícia a perguntou,  enquanto ela cruzou seus braços em frente ao peito, depois de ter dado uma olhada no quarto.

— O nosso avô?

— Mas é claro, Silvana.

—... bom — deu de ombros — Pela idade dele, por tudo o que ele já passou...

— Termina de dizer — cerrou os olhos.

— Talvez ele não tenha tanta chance, quanto esperamos.

— Ai, não. Não diz isso.

— Eu estou sendo apenas realista. E além do mais, foi você quem pediu!

Patrícia estalou a língua, acenando negativamente com a cabeça.

—... eu só espero que ele possa ficar bem logo.

Silvana assoprou as próprias unhas

— Caso aconteça o contrário, não será nada surpreendente. Já sabíamos desde o início.

E bem que poderia morrer logo, esse velho não presta para mais nada mesmo. Pensou.

Patrícia encolheu os ombros, olhando para os próprios pés. Mas levantou a cabeça quando passos soaram em sua frente, ao ver sua mãe tentou dar um sorriso de conforto.

— E como ele está, mamãe? Os enfermeiros já disseram alguma coisa?

— Não... eles não me disseram nada... Mas eu não duvido que apenas não estão querendo que eu não saiba, para que eu não me preocupe.

— E isso deve acontecer, titia — disse Silvana, pesando sua mão sobre o ombro de Vera —  A senhora não deve se preocupar, o Dominique está em boas mãos.

Vera deu um pequeno sorriso, concordando com o que sua sobrinha tinha dito.

— Minha cabeça está doendo.

— Talvez esteja na hora da senhora descansar um pouco.

— É verdade, mamãe — Patrícia conseguiu trazer Vera para seus braços — Eu te acompanho sem nenhum problema.

— Ai, eu não sei. E se...

— Tia — Silvana a interrompeu — Vá com a minha prima. Lhe será bem melhor ir descansar agora do que ficar aqui se preocupando, com dores de cabeça, e perdendo o tempo que deveria usar para descansar!

Vera a olhou por um momento. Inspirou o ar e assentiu mais uma vez. Silvana a viu sair junto com sua prima, mantendo um sorriso em seu rosto, e este permaneceu ao ver quem queria e sabia que precisava conversar.

— Adam.

Ele assentiu, deslizando suas mãos para o bolso da calça.

— E onde está a sua tia?

— Ela acabou de sair com Patrícia para o quarto. Ela não estava se sentindo muito bem... está com dor de cabeça.

— Ah, sim...

— Você queria falar com ela?

— Eu deveria, assim ela poderia se sentir bem mais tranquila.

— Se for sobre o meu avô, eu também quero saber, Adam.

Simplesmente, Você | Livro I Onde histórias criam vida. Descubra agora