Mantes-la-Jolie

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O aroma forte do café se misturava no ambiente com o cheiro do shampoo do hotel. Todas aquelas sensações ficariam marcadas na memória sempre que os dias naquele hotel fossem lembrados.

Aliás, muitas memórias.

- Johnny Depp e seu café matinal. – Ele sente os braços femininos rodarem seu peito enquanto toma café da manhã sentado na mesa do quarto.

Diana puxa um pedaço de croissant da mesa e leva até os lábios dele.

O ator olha pra trás encontrando os olhos castanhos da mexicana lhe implorando para morder o pãozinho francês.

Para fazer seu gosto, ele morde o croissant e logo ouve a comemoração dela. Diana beija a bochecha do mais velho em um ato de carinho e cuidado.

Ela estava especialmente carinhosa naquela manhã. Ambos sabiam o porquê.

- Quer sair um pouco? Passear por Paris? – Ele pergunta sentindo mais um beijo em sua bochecha.

- Hmm... acho que não. Podemos sair de noite? Adoraria passear a noite!

- Sim, como você quiser. – Diana sorri para ele achando graça do seu jeito de mima-la. – O que quer fazer agora então? Antes de sairmos pra... consulta.

- Tenho planos pra gente. – Ela diz se afastando e andando de costas até chegar na cama do casal. – Aqui.

- Oh! – Johnny faz sua melhor expressão de surpresa, mas fica confuso ao vê-la ligar a TV pelo controle remoto. – Okay, seja mais específica.

Diana busca pelo canal que tanto queria e abre um sorriso enorme ao encontrar o programa francês antigo no ar. As imagens em preto e branco e a presença das duas atrizes fazem Johnny se lembrar do programa que a mexicana havia adorado, mesmo sem entender nada.

- Traduz pra mim? – Ela pede sorrindo com os dentes a mostra.

O que ele negaria a Diana? Nem ele mesmo sabia.

Até próximo das 13h, os dois passam as horas deitados na cama assistindo ao programa francês. Diana apoiada nos inúmeros travesseiros, enquanto Depp deitava com as costas em seu tronco. Ela tinha os dois braços envolvendo o ator, assim como sua perna direita que encobria a perna dele também.

Era uma posição confortável para os dois, principalmente para Depp que se sentia acolhido e especial toda vez que Diana ria e ele sentia suas costas balançarem com o riso, assim como com o carinho que ela fazia em seu peito e em seus braços.

- Não acredito que não vou mais assistir Camille e Florine! – Diana resmunga triste com o fim da maratona de episódios.

- Você gostou mesmo, né? – Ele pergunta se virando de frente para ela e deitando em sua barriga.

- Eu amei!

- Esse programa deve ser dos anos 60. Engraçado você ter gostado tanto. – Ele diz sorrindo sentindo os dedos femininos passarem por seu rosto.

- Nossa, faz tanto tempo! Será que as atrizes estão vivas ainda?

Johnny alcança seu celular e entrega para Diana. Ela procura pela internet informações sobre as trizes e descobre que seus nomes de verdade são os mesmos que os das personagens.

- Ah não! Camille já faleceu! Em 2014. Poxa... mas Florine está viva ainda.

- Podemos procurar na internet depois se tem episódios disponíveis. Você pode assistir... na sua casa.

Aquela frase havia saído um pouco estranha pra ele. Pensar que em pouco tempo, a casa de Diana não seria a mesma que a dele era desconfortável.

- Hmm, okay. – Ela responde mesmo sabendo que em L.A não tinha tempo para assistir nada. – Tem algo no seu rosto. Deixa eu ver.

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