- Será que você pode dirigir mais rápido?
Não fazia nem 5 minutos que Johnny e Diana tinham entrado no carro e a garota já começava a apressar o ator. Desespero era presente na sua voz assim como na agilidade em fechar a cafeteria e entrar no carro.
- Estou no limite permitido. – Johnny explica olhando para a rua. – Pode me dizer o que aconteceu?
Diana não responde à pergunta e aperta com força o celular em mãos.
Minutos mais tarde, a ansiedade aumenta no corpo de Diana ao ver que estavam se aproximando de Skid Row.
- Você não vai entrar no bairro. – Ela quebra o silêncio. – É melhor não.
- Vou te deixar sozinha nesse estado de desespero?
- Johnny, preste muita atenção. – Ela se vira de frente pro ator que continua dirigindo. – Você vai me deixar aqui e vai embora. Não vai sair do carro em hipótese alguma.
A voz de Diana saía firme e pausada como se estivesse dando ordens a uma criança.
- Entendeu? – Ela pergunta e o ator morde os lábios pensando na hipótese. – Johnny? Entendeu?
- Sim.
- Okay, pare na outra esquina. – Ela indica a área para ele estacionar. Logo a frente ela podia enxergar um grupo de homens no meio da rua.
Ela sabia bem quem eram eles.
A chuva havia parado e as luzes amarelas dos poucos postes que haviam ali refletiam no chão molhado. Eles já se encontravam no bairro de Diana, mas apenas na entrada. Daquele ponto para frente seria um problema entrar um carro desconhecido como o de Johnny.
Se Paul soubesse que Depp estava ali, ele lhe daria uma bronca de dois dias.
- Não desça desse carro! – Ela repete mais uma vez quando Johnny estaciona. – Dê meia volta e vá embora.
O ator parecia chocado e assustado com a situação. Ele assentiu para a mexicana, mas não mexeu o carro assim que ela desceu. Permaneceu mais uns instantes para caso a garota precise de ajuda.
Que tipo de ajuda?
Ele não sabia, mas ao mesmo tempo que descer do carro seria um problema, ele também não queria deixa-la sozinha ou desamparada.
Diana dá passos largos e apressados até chegar no grupo de homens no meio da rua. Assim que ela se aproxima, alguns começam a comentar sua presença e a chamar atenção dos outros.
- Boa noite, princesa. – A voz de Victor se faz presente, carregada de sarcasmo.
- O que você fez? – Diana pergunta se aproximando dele e olhando ao redor procurando por uma pessoa. – Onde está Miguel?
De dentro do carro, Johnny observa Diana conversando com o homem, ainda no meio da rua. Em menos de um minuto, o homem aponta para uma das casas e Diana se dirige para lá.
O ator fica na dúvida no que fazer. Sua mão direita está sob o botão da ignição do carro, pronto para ligar e sair dali, mas sua mão esquerda batuca em sua perna como se esperasse ansiosamente para o retorno da mexicana.
Ele percebe algumas das pessoas que estavam ali, na maioria homens, observarem seu carro de longe. Mas é claro. Ele era um estranho ali. Era normal ficarem em alerta com a presença de um desconhecido.
E isso deixava Johnny mais ansioso.
- Vamos, Diana... vamos... – Ele implorava por qualquer sinal da garota.
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In return
RomanceUm encontro ao acaso em um hotel em Paris. Uma noite conturbada e uma manhã de surpresas. A vida não era doce com Diana e por isso era difícil acreditar que coisas boas poderiam vir sem nada em troca. Em menos de sete dias, essa percepção mudaria. E...