— Eu e Mick vamos de voo comercial. — Sorrio, jogando-me na cama do quarto da minha mãe.
— Vocês vão o quê?! — Pergunta ela, saindo do banheiro e olhando de mim para Mick, que se encontrava sentado ao meu lado.
— Até iríamos de jato, só que Gina está usando ele, e trazê-lo de Nova Iorque para cá demoraria demais. Não chegaríamos a tempo, por isso Nana e eu vamos de voo comercial. — Sorrimos cúmplices diante da preocupação de nossa mãe.
— Eu vou ligar pra irmã de vocês pra tirar essa ideia maluca das suas cabeças. — Ela caminha até o criado-mudo ao lado da cama, pega o telefone fixo e disca o número de Gina.
— Mãe? Você tem celular pra que se fica usando telefone fixo? — Pergunta nossa irmã mais velha assim que atende.
Rimos e, em troca, recebemos um olhar de advertência da nossa mãe.
— Querida, você pode tirar a ideia maluca de ir de voo comercial de Mônaco para o Bahrein da cabeça dos seus irmãos, por favor? — Quase implora minha mãe, enquanto coloca a chamada no viva-voz.
— Será que vocês têm ideia de quem são? Podem ser reconhecidos, perseguidos, sequestrados e outras coisas mais! — Diz Gina, e fazemos uma careta com cada catástrofe que ela menciona, mas continuamos só escutando.
— São em média nove horas e quarenta minutos de voo de Mônaco para o Bahrein, contando com escalas. — Pontua, e vemos minha mãe arregalar os olhos.
Nem parece que ela também vivia dentro de um avião para acompanhar papai nas corridas dele, enfrentando muito mais tempo dentro de um avião do que nove horinhas. Reviro os olhos, enquanto Mick bufa.
— Isso é muito perigoso e arriscado. — Seu tom de voz muda para algo mais divertido. — Mas não podem deixar de se aventurar só por serem quem são!
Mick e eu trocamos olhares, agora sentados na cama e mais atentos às palavras de Gina, enquanto nossa mãe sentava na poltrona perto da janela com um olhar derrotado.
— Tomem cuidado e façam o favor de se disfarçarem pelo menos um pouquinho, além de ligarem pra gente e mandarem fotos pra mamãe em cada escala. — Pausa, e mamãe nos olha com preocupação e carinho. — Não queremos que a velha tenha um ataque do coração, né?
Brinca, e rimos da indignação da matriarca.
— Gina Maria! — Ralha mamãe, e nossa irmã trata de se despedir rapidamente e desligar, evitando uma bronca, enquanto ríamos.
— Eu acho bom que vocês não desobedeçam o que sua irmã disse sobre as fotos e as ligações. — Alerta nossa mãe, enquanto eu me sento em seu colo e Mick ao meu lado no braço da poltrona.
— Pode deixar, mamãe, não queremos te deixar preocupada. — Digo, beijando sua bochecha.
— E nem com uma parada cardíaca. — Acrescenta Mick, rindo ao mencionar o que Gina disse, e mamãe arregala os olhos.
— Lilyanna e Mick Schumacher, sumam da minha vista agora! — Ameaça, e corremos porta afora gargalhando.
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Eles sempre voltam
RomanceCorri entre mecânicos e engenheiros, algo que nunca imaginei fazer, mas meu único objetivo era encontrá-lo no meio daquela multidão. Foi fácil reconhecê-lo no grupo de funcionários, mesmo que estivesse sorrindo para uma das estrategistas que já havi...