Capítulo 8 - O meu lugar

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Notas da autora:

Oi, gente! Peço desculpas pela demora para atualizar, é que eu foco muito mais as postagens no Spirit Fanfics e esqueço de atualizar aqui. Eu sempre falo sobre isso nas notas finais dos capítulos, mas acho que alguns de vocês acabam não vendo: essa fanfic está BEM mais avançada lá no Spirit do que aqui, lá já está com 13 capítulos e eu estou quase terminando o cap 14! Então, caso queira saber o que acontece nos próximos capítulos, não esqueça de ir dar uma olhada lá! O link para a minha conta do Spirit tá na bio do meu perfil <3

Sem mais delongas, boa leitura! <3

Ah, e feliz 3 de dezembro!





Não estava com cabeça para assistir as últimas aulas, então simplesmente fui até a enfermaria, menti que tava passando mal e fui liberado facilmente. Mandei uma mensagem no grupo do time cancelando o treino e foi isso. Alguns reclamaram, falaram que não devíamos dar mole com o campeonato quase aí, mas outros entenderam a situação – praticamente a escola inteira tava presente na cena do refeitório – e só aceitaram.

Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz, depois de tacar os tênis pro ar, foi botar a jaqueta pra lavar.

Através da superfície de vidro na porta da máquina, fiquei encarando aquele pedaço de pano sendo jogado de um lado pro outro, a água o embrulhando e o barulhinho do motor sendo, de alguma forma, estranhamente reconfortante.

Suspirei e saquei o celular do bolso, encarando o chat de Deku e relendo as mensagens dos últimos dias, só porque talvez eu quisesse muito estar falando com ele, mas eu sentia que não devia forçar nada, então o que me restava eram as mensagens já escritas e lidas.

Meu celular estava sendo bombardeado de mensagens. Mensagens do grupo do pessoal da sala, do pessoal do time e até mensagens privadas de pessoas que eu nem sabia como tinham meu número – essas últimas eu bloqueei o número e, sobre os grupos, só arquivei.

Todos falando sobre a mesma coisa, que vocês sabem bem o que é.

Olhei pro chat da Uraraka, mas não cheguei a abrir.

Ela não tinha mandado mensagem alguma, o que eu achava ótimo. Bizarro seria se ela ainda quisesse falar alguma coisa depois do que aconteceu.

Mordi o lábio inferior com força.

Pensei se, talvez, minha reação não tenha sido exagerada demais.

Afinal, é uma jaqueta. Só uma jaqueta.

Não sei. Não sei o que deu em mim. Nem sei como pude tirar conclusões tão rápidas em questão de segundos, eu fui totalmente impulsivo e agi exatamente igual como a todos naquele colégio. Foi como se, indiretamente, eu tivesse dado a eles permissão para que transformassem Uraraka em uma chacota e saber disso me incomodava profundamente, porque eu definitivamente não queria que ela sofresse bullying ou qualquer coisa do tipo e, principalmente, não queria ser o causador disso, independente se ela merece ou não – e não, ela não merece, ninguém merece passar por isso.

E era louco, porque, por mais que eu soubesse que eu tinha feito algo errado, eu não sentia como se tivesse feito. Lá no fundo, eu não me sentia mal de verdade.

É como se, racionalmente, eu sei que eu agi como um babaca.

Mas eu não me importo o suficiente para fazer algo sobre isso.

Porque eu automaticamente me lembro. Me lembro da última conversa em que tivemos, em que ela diz em alto e bom som que o Izuku é a única coisa que a atrapalha de me ter só pra ela.

A tal HeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora