E foi quando, de repente, um celular tocou.
Hitoshi tirou meu testículo da boca em um ploc molhado, meio que a contragosto a julgar pela ação levemente impaciente e o rolar de olhos que se sucedeu a isso, e logo sacou o celular do bolso, mas sua expressão emburrada pela interrupção tornou-se ainda pior ao olhar o nome no visor da tela.
— Quem é? — Perguntou Todoroki, não se importando de fato em ouvir a resposta, a voz abafada por estar com minha pele presa entre seus dentes. Enquanto eu encarava Hitoshi com os olhos arregalados, de repente me sentindo apreensivo e ansioso.
Aquela ligação me fez acordar para a realidade. Estávamos dentro de uma sala qualquer em meio a um festival escolar.
O que eu estava pensando?
Hitoshi estalou a língua no céu da boca e encerrou a chamada que sequer foi atendida.
— É o Kaminari. Deve estar todo nervosinho por causa da apresentação e tá querendo encher o saco. — E, sem dar importância alguma, ele voltou a guardar o aparelho no bolso – não sem antes provavelmente deixar no silencioso.
— Cê sabe como ele é. — Todoroki disse, rindo quando eu soltei um muxoxo pelo chupão forte que ele deixou antes de se afastar. — Ele gosta que a gente chegue pelo menos uma hora antes da apresentação começar pra organizar tudo direitinho, mesmo que a gente quase nunca chegue.
— Tsc, chato do caralho. — E foi só o que Shinsou disse antes de simplesmente voltar a se curvar sobre mim, ignorando meu pau duro e passando a só distribuir beijos, mordidas e chupões por toda a parte interna das minhas coxas. Apertei os lábios com força, tentando ignorar os pensamentos intrusos e só me permitindo sentir tudo aquilo como qualquer outro adolescente no meu lugar faria.
Não há motivos para me preocupar, certo? Certeza que não somos os únicos nesse colégio que estão tendo um momento íntimo por aí. Somos vários adolescentes com hormônios à flor da pele, afinal. Não duvido nem que estejam fazendo algo muito pior!
Mas o que pode ser pior do que uma pegação entre três?
Céus, me sinto tão sujo.
E me sinto mais sujo ainda por não saber se eu abomino ou adoro isso.
Minhas pernas não paravam de tremer sobre os ombros de Hitoshi. Ainda que eu estivesse a cabeça meio longe, meu corpo ainda respondia por mim. Suas mãos grandes – com dedos finos, tais como os de um pianista deve ser – apertavam minhas coxas sem muita delicadeza e, devagar, passaram a descer até a minha bunda. Primeiro, ele tocou ali quase com devoção, apenas acariciando e, então, apertou de um jeito tão rude que senti meu pau latejar. Ele fitou-me de soslaio, sorrindo de canto como se soubesse exatamente o que estava fazendo, segurando a pele – agora cheia de marcas – da minha coxa entre seus dentes.
Eu não conseguia parar de encará-lo, era simplesmente hipnotizante.
Porra, porra, porra.
Ele não podia só enfiar meu pau na boca logo e me fazer gozar de uma vez?!
Não sei se aguento toda essa adrenalina. E se alguém aparecer...?
Pare, Midoriya! Céus!
Aposto que Todoroki e Hitoshi já fizeram isso mil vezes, tanto que eles nem estão preocupados. Por que você insiste em complicar as coisas para si mesmo, Izuku? Quando finalmente algo bom está acontecendo na sua vida... não era isso o que queria? Viver como um adolescente normal, que curte e se diverte como todo mundo? Então pare de pensar demais, pelo menos uma vez nessa bosta de vida!
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A tal Heather
FanfictionVejo por aí muita gente que se apaixona perdidamente por pessoas que nunca nem viram na vida, muito menos trocaram entre si um simples bom dia. Eu, ao menos, tenho a sorte de gostar de alguém que não só vejo e converso diariamente, como também conhe...