Cheshire

𝐆𝐎𝐍𝐄 (Throwback Chapter)

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[A]: Anos antes de Dener descobrir da existência de Noah, o moreno tinha um baby chamado Luke, que era um castanho de pele clara, olhos castanhos claros igual ao seu cabelo e de altura mediana, chegando aos 1,75. Luke não era um baby fácil de se lidar, pois seu headspace era um tanto quanto diferente. O baby chorava sem motivo algum, era muito birrento e diversas vezes gritava atoa e quebrava itens por pura manha.

Ainda que Dener oferecesse todo o suporte, tinha dias que o garoto estava impossível. Em um dia qualquer, Dener estava na cozinha de sua casa petiscando alguns snacks quando ouviu um forte barulho vindo da sala, e ao visualizar, era Luke esparramado no chão, que não hesitou desperdiçar nenhum segundo para chorar.

Dener o carregou no colo, o ninou e fez carinho na área irritada em seguida o levando para a cozinha onde tirou da geladeira uma bolsa de gelo pequena e colocou no galo que estava se formando na testa do menino. Luke gritou de dor, e Dener o acalmou o carregando no colo e dando alguns beijos sinceros nele. Dener tinha sim um carinho enorme pelo menino por mais bagunceiro que ele fosse.

- Vamos sair, ir ao parque dar uma caminhada. Seu dia está agitado demais e você precisa relaxar.

- Daddy leva o Luke, leva?

- Levo sim, amor. Vamos até o carro.

No caminho o baby ficou mais calmo que o normal, se acomodou no colo de Dener e ficou até brincando com a costura da blusa do mais velho.

- Fique aqui na cadeirinha, vai te manter seguro enquanto pego algumas coisas que ficaram dentro de casa. — Dener avisou enquanto ajustava o cinto de segurança no menino e se afastava deixando as duas portas abertas para a passagem de ar.

Luke ficou sozinho por alguns instantes, sua mente infantil meio instável o fazia ver coisas que não existiam.. Vultos e algumas sombras eram vistas pelos olhos do castanho que constantemente chorava e gritava por medo, e como ele tinha acabado de fazer um show, naquele momento não havia sido diferente.

Luke começou a gritar e chorar desesperadamente, era como ver algo apavorante a sua frente mas no caso dele não existia o que ele via. Um diagnóstico do amigo de Dener que era médico era que Luke poderia ser esquizofrênico, e o infantilismo era afetado pelos itens mentais não existentes na cabeça do garoto, então os vultos, sombras e sons que ele via e escutava não eram reais.

- Sai daqui! — Luke gritou. — Papai!

Dener reapareceu em 1 segundo, deixando as coisas em um canto reservado e o desfivelando o menino inteiro o carregando no colo o vendo suar frio e chorar.

- Luke, o que aconteceu?

- A mulher... A mulher veio.. Me pegar!

- Que mulher, Luke? Só estamos eu e você aqui.

- Ela tentou me pegar, eu vi eu vi!

- Vamos logo sair, ficar aqui dentro está te enlouquecendo.

Dener o fivelou novamente na cadeira, guardou as coisas e dirigiu rapidamente para o parque.

🛝

No parque da cidade, as coisas corriam bem, as crianças brincavam e os pais observavam enquanto conversavam e se atualizavam de notícias recentes.
Luke avistou um rapaz vendendo algodão doce em uma das áreas do lugar, e insistentemente pediu um para Dener, da cor azul, que era a que o menino mais adorava.

- Você quer mesmo o algodão doce, amor?

- Quero, daddy, quero!

- Vou comprar pra você, espere quietinho neste banco aqui e não converse com estranhos.