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Após o jantar, Dener e Noah conversaram mais, se conheceram melhor e interagiram bem melhor do que horas mais cedo. A janta havia sido espaguete com almôndegas e esse era o prato favorito de Noah, revelado por ele mesmo naquele instante, e Dener sorriu, feliz por saber algo a mais de seu garoto.
Dener levou Noah até o banheiro, o moreno tomou um caprichado banho e por ainda não ter coisas próprias recebeu algumas peças de roupas de Dener, que era o dobro do seu tamanho mas serviriam muito bem. Ele se deitou na cama ao lado do mais velho, relaxou corporalmente e mentalmente e caiu no sono.
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O dia amanheceu, Noah não se tocou que não estava mais na sua casa antiga e estranhou não estar sentindo o cheiro do perfume amadeirado e nem o baixo aroma de naftalina. O cobertor era diferente e a cama bem mais confortável que de costume. Ao abrir os seus olhos, ele visualizou novamente o quarto, que era superior ao seu antigo e bem mais confortável. Ele respirou fundo e se lembrou do dia anterior, porém não se assustou com a mudança repentina. Dener não estava mais ao seu lado pois havia espaço total ao lado do pequeno, ele se espreguiçou e coçou os olhos.
- Bom dia, doce. — Dener entrava receptivo no quarto. — Dormiu bem?
- Sim... — Noah respondeu sonolento.
- Hoje iremos a sua consulta. Vamos ver se você tem o que achamos que tem.. Vamos fazer um teste, mostrarei algumas peças de roupa para você e você escolherá e irá dizer em alta voz para mim.
- Ok..
- Para irmos, você quer usar qual desses conjuntos? — Dener mostrou uma roupa laranja que era uma blusa e um short laranja estampados de leão e na outra mão um body de aviões coloridos e uma jardineira curta. — Escolha e diga bem alto.
- Aviãozinho, aviãozinho! — Noah disse infantil. — Opa..
- Ok.. Agora repita algumas palavras para mim. Agora.
- Agola..
- Papai.
- Pa-pa.. — Noah gaguejou. — Papa..
- Hum... Brinquedo.
- Binquedo!
Noah não estava entendendo, por que ele errava palavras básicas como aquelas, será que o diagnóstico marcaria o que Dener suspeitava? Ele descobriria quando fosse até a consulta.
- Ok, é o bastante. Vou arrumar você, ok? Não precisa ter medo ou vergonha, apenas relaxe que estou aqui para cuidar de você. — Dener estende a mão e o menor pega.
Williams o arrumou com o body e a jardineira, colocando um sapato da Adidas preto com listras brancas. Dener ainda não tinha coisas suficientes então levou o garoto apenas com a pelúcia e a chupeta que ele já tinha.
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Dener dirigiu até o hospital, local meio diferente para uma consulta não médica. O amigo psicólogo de Dener atuava naquele prédio onde o hospital estava instalado. O amigo do moreno, que era formado e especialista no caso os esperavam. A consulta estava marcada para as 10h da manhã e estava próximo do horário, Dener acelerou o passo e logo chegaram ao hospital.
- Chegamos. Pronto? — Dener perguntou estacionando o carro.
- Pronto... Ah.. Daddy?
- Diga.
- Posso ir no colo?
- Claro! — Dener sai do carro dando uma volta e tirando o menino do carro o colocando no colo.
Entro no prédio passando pela ala médica indo para a ala de psicologia. Lá haviam alguns caregivers com baby's no colo, já que meu amigo era bem conhecido no ramo. Me sento na cadeira e aguardo ser atendido.- Olá Dener! — Meu amigo me avistava. — Hora da sua consulta, vamos?
- Certo. — O sigo até o consultório.
Entrei no consultório e me sentei frente a mesa do médico com Noah no colo, meu amigo se sentou e brevemente começamos a consulta.
- O que te trás aqui Dener? Faz tempo que não temos uma consulta deste porte. — John disse sincero. — Quem é este aí?
- Esse é o Noah, meu bebê. Trouxe ele para uma consulta pois suspeito que ele seja infantilista, preciso de uma série de testes para que se confirme isso. Ele passou por muitos altos e baixos desde então.
- Hum.. Ok, vamos fazer o teste das palavras e logo em seguida mais alguns. Coloque ele ali na maca sentado que começaremos logo. — Dada a ordem, Dener obedeceu e aguardou ao lado do menor.
- Oi Noah, sou o tio John e hoje vamos fazer alguns testes. Direi algumas palavras e você irá repetir em seguida, ok? — O menor confirmou com a cabeça. — Mamadeira.
- Dedeila.
- Chupeta.
- Pepeta.
- Cachorro.
- Ca.. au au!
John olhou diretamente para Dener com uma feição séria, a situação estava bem óbvia, porém, seriam feitos mais testes com Noah.
- Ele pode estar regresso agora, Dener. Fala como um bebê e está agindo como um. Olhe, ele se diverte balançando as mãos.
- Deve ser algum trauma de quando ele era menor, não é? Nunca conversamos sobre isso.
- Não sei, mas ele está amarelo, se alimentou bem esses dias? – John pergunta enquanto analisa o menino.
- Provavelmente não. – Dener responde e John o olha sério. – O pai... biológico dele, gastava tudo com álcool.
- Entendo. – John diz decepcionado. – Bom, vou aplicar algumas vitaminas injetáveis nele. Ele está muito amarelinho. – John fala erguendo uma agulha na mão.
- Ah.. Ah! Agulha! — Noah disse se desesperando. — Papai agulha não!
- Isso já tem o diagnóstico, Dener. Ele é sim. Os traumas do passado seguindo para os dias atuais o fizeram desenvolver isso. Como era a relação dele com os pais?
- Com a mãe eu não sei, mas o pai o rejeitava e ele passava a maior parte do tempo se cuidando sozinho para curar o vazio do pai.
- Deprimente. Segure ele, irei aplicar. – John manda e Dener obedece. Noah arregala os olhos e começa a berrar quando a agulha é posta em si.
- Prontinho.. – John acaricia o menor no rosto após colocar o curativo no bracinho.
- Ainda tem mais alguma coisa que preciso saber? – Dener pergunta.
- Ajuste a alimentação dele e não o deixe sem comer. Está muito abatido para a idade.
- Ok, obrigado John. — Dener pega o menino que estava cessando o choro no colo.
- Qualquer coisa pode trazê-lo aqui. Estarei a disposição.
- Perfeito. Vamos Noah. — Ambos saem do escritório. — É garotão, tem muito pela frente com você ainda.
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Cheshire
Fiksi PenggemarO mafioso Dener Williams tem suas concepções de vida mudadas após adquirir posse de um garoto recém órfão.