Prólogo

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Andrei Konstantin Smirnov

Nunca imaginei ficar nessa posição, encurralado, como estou agora. Toda visita do Concelho nunca é boa, mas essa em especial é péssima, se querem conversar comigo é porque querem algo de mim.

Não faz muito tempo que aqueles malditos velhos que mais parecem imortais nos enchia a paciência quanto ao Simon, mas ele conseguiu sair literalmente dessa, não que tenha se desvinculado da máfia afinal isso é impossível ele é o Don, mas ao menos não é tão cobrado pelos parâmetros invasivos deles.

Terei de viajar para o outro lado da Rússia, tão somente para conversar com eles sobre o que chamaram de "o futuro do Capo", até onde sei está tudo indo muito bem na máfia, tirando somente o fato de Aghnete que nos vem trazendo dor de cabeça por seu silêncio em relação a nos atingir, mas de resto tudo está nos trâmites.

Arnold agora também com ajuda de Maitê avalia sobre carregamentos e nossas relações internacionais, Aidan cada vez faz o exército de nossos soldados se empenhar no melhor e o Abham cuida de toda tecnologia de ponta tanto para os transportes de carregamentos, quanto aprimoramento de nossas armas que são as mais cobiçadas no mercado negro.

Assim que cheguei a porta do enorme palácio, pois dizer que isso é uma mansão chega a ser ridículo. Além de cada um deles morar numa mansão dentro dessa vila privada deles, ainda têm um palácio para as reuniões, literalmente um desperdício.

-Senhor pode ir a sala de reuniões no terceiro andar. -um homem que abriu as enormes portas de madeira escuras assim que cheguei disse e me indicou um caminho que já sei, o do elevador.

Todo o palácio assim como a vila é nas cores escuras então, cada ambiente além de ter a iluminação retida é muito escuro e passa um ar de sombrio.

Assim que entrei na caixa de metal, onde o visual também não era diferente soltei firme o ar, pensando em como raciocinar de junto de um monte de velhos antiquados e provavelmente cheios de cocaína e álcool.

Logo as portas da enorme caixa de metal se abriram e para a minha total infelicidade, lá estavam eles, fiquei surpreso que no enorme salão não estavam também guardas.

-Bom dia senhores. -falei fazendo um sinal de reverência e respeito perante eles.

-Sente_se Andrei. -um deles disse gesticulando com a mão e assim o fiz indo para uma poltrona do lado esquerdo que ficava de costas a única fonte de luz natural que era uma janela.

-E então como vão as coisas na máfia? Pouco nos informam. -Rodolf questionou, sempre tão indagador e desconfiado.

-Ouvi dizer que algum tempo atrás encontraram com um filho ilegítimo de Bóris, seu irmão. -Kloviz continuou, vejo que ficarei louco aqui.

-Não sejam tão insuportáveis, vamos ao ponto já sabemos de tudo isso. -Stênio que é "novo" no Concelho disse.

Durante o momento em que caçamos e matamos Bóris, ele estava numa espécie de seita, ou melhor dizendo preparação para entrar no Concelho foi indicação de meu tio ainda em tempos de vida, pois o Concelho sempre foi formado por três. E ele dentro os três é o mais objetivo e julgo a dizer que o mais frio, com a sua idade e passar pelas coisas que dizem que é preciso para entrar no Concelho tende ser muito inescrupuloso.

-Sim nós encontramos e matamos um meio irmão nosso que tentou nos matar e sequestrou a mulher do Arnold, mas por hora tudo se mantém tranquilo na máfia. -falei e além de fazerem expressão de repúdio ao ouvirem da Alya riram com o final do que eu disse.

-Tranquilidade, paz são coisas impossíveis em uma máfia. Digamos que por hora tudo se mantém sem grandes mudanças. -disse Kloviz e não discordei.

-Fizeram bem em matar o maldito, uma desonra um filho bastardo. -disse Rodolf.

Para eles tudo bem que se tenha uma amante, mas o casamento é somente uma vez e se a amante por acaso procriar que aborte a criança, pois isso é sinal de desonra um ilegítimo com sangue nobre.

-Seu irmão casou com uma estrangeira que sequer é inserida em nosso mundo, agindo pela emoção sempre. -Rodolf soltou com um certo desdém.

-Não que precise ser a favor de vocês, mas a Alya veio de uma linhagem de assassino poloneses envolvidos desde as coisas mais simples as mãos banais do nosso mundo. -falei e me olharam espantados pelo visto disso não sabiam.

-Oh então não nos convidou porquê para o casamento?! -disse Stênio, representando a todos. -Iriamos com grande gosto, quando o herdeiro nascer o visitaremos, ou melhor mandaremos presentes. -eles são tão sujos que me enoja, a atitude deles mudou tão rápido quando se diz respeito a interesse deles.

-E então o que estou fazendo aqui? -falei rude e direto.

-Bom Andrei alguns anos já tem assumindo o controle da máfia, e isso te torna o capo regente por mais que tenha ajuda de seus irmãos esse cargo e responsabilidade é sua, e está mais de que na hora de que você vire símbolo real de respeito. Firme uma família, case-se. -disse e aquilo parecia ser uma grande piada.

-Estão falando sério? Que coisa antiquada. -questionei  me posicionando sem entender aquilo.

-Claro que é ainda que Arnold seja casado não tem o seu preparamento, na verdade nenhum de seus irmãos e bom eles agem muito mais pela emoção. -disse Rodolf ríspido.

-O casamento não tem que ser por amor, tem que ser por um acordo comum e de benevolência. -disse Kloviz.

-Em palavras simples, ou você casa ou o Simon terá de ser obrigado a voltar e assumir as coisas daqui, aqui. -deram ultimato. -Mas caso seja inteligente e case, seja rápido e sagaz encontre alguém de alto padrão de nosso meio. -concluiu Stênio por fim.

-Vocês são idiotas ou o que? Eu faço um bom trabalho aqui o Don confiou em mim para tal cargo e vocês sabem disso, isso são só estereótipos idiotas. -estourei ao ouvir aquele monte de asneiras antiquadas.

-Andrei Smirnov, tenha respeito. -esbravejou se levantando Kloviz. -Somos o concelho e isso são regras do concelho, todos os líderes devem ter a estabilidade de um matrimônio, ainda que tenham suas aventuras, só dêem o nome de exemplo, seu insolente. -trovejou ainda mais irritado que antes e realmente eu não deveria ter falo com eles assim, são velhos e antiquados, mas são o Concelho de autoridade da máfia.

-Perdoem_me pelo meu posicionamento, só não acho cabíveis tais questões agora. -coloquei num tom menos rude.

-Elas são necessárias, o que vão falar os concelhos das outras máfias ao saberem que o Don vive longe de sua nação e o Capo regente vive como um leviano. -malditas palavras a minha vontade era de matar um a um deles.

-Você terá um mês para achar a mulher ideal que deve ser de boa família e do nosso meio principalmente para evitar inconveniente como o de seu irmão e olha que a garota era de uma família de assassinos. -Rodolf disse sendo tão frio quanto pontual.

-Não ligue para essa bobagem de amor, bons líderes mantém isso de sentimento retido. -Stênio proclamou bem direto.

Não que eu me importe exatamente com a questão do amor, num momento da vida eu realmente pensei muito nisso, mas agora não faz muita diferença, talvez eu não seja exatamente para isso.

-Está bem, assim será. -proferi firme.

-Mas se no tempo dado não estiver com a garota nas reais condições, nós mesmos cuidaremos disso. -Stênio advertiu.

-Que seja. -dei de ombros e me levantei abotoando o botão de meu terno e eles também ficaram de pé. -Com licença. -completei e saí do lugar lhes dando as costas.

Realmente não seria um trabalho fácil, muito menos uma coisa que eu queira, mas dei minha palavra e assim será.

×××

Que comece a diversão 😏

Disse que precisava de uma semana para me recompor, mas estou de volta😌🤞

Andrei- Spin-off de Os Ceos da Maffia Onde histórias criam vida. Descubra agora