Capítulo 17

760 67 12
                                    

Andrei Konstantin Smirnov

Mal me dei conta quando chegamos ao aeroporto de Paris, só pela aeromoça que veio me avisar. Passei toda a viagem vendo algumas coisas sobre um caso de um velho conhecido que está aqui em Paris e me pediu para cuidar de perto.

Quando fechei o notebook e olhei para frente vi Emma que trocara de vestido e usava um agora que a deixava ainda tão linda quanto antes. Seus cabelos ruivos recaíam sobre seu rosto e ela apoiada com o rosto na mão dormia, parecia cansada e ao olhar para garrafa de champanhe que tem um teor alcoólico considerável vazia pude ver que também estava bem alcoolizada.

Me levantei e diante dela comecei a lhe chamar, para avisar que chegamos.

-Emma, Emma. -lhe chamei, mas não acordava então balancei seu braço. -Emma, acorda chegamos. -falo e ela se vira para mim me olhando estranho e tenta se levantar, mas é impedida e pelo impulso que deu se chateia ao estar presa, chega a ser cômico, mas não riu.

Lhe ajudo a se soltar e ofereço a mão para que se levante, mas não pega e levanta em seguida dando dois passos, os quais erra e bambeando ia cair se eu não lhe segurasse.

Passo minha mão em volta de suas costas e a outra de suas pernas e lhe carrego mesmo com ela parecendo não gostar, mas está incapacitada de poder rejeitar. Então com Emma carregada em meus braços ando pelo corredor do avião até as escadas da saída onde sinto grande dificuldade em passar para não lhe machucar mas consigo.

Saio com a minha então esposa nos braços e mesmo sendo de madrugada parece haver grande movimento no aeroporto, por sorte o carro já nos esperava, pois é claro que eu não abriria mão de ter segurança aqui, afinal sei que Emma vai querer sair e precisa estar segura.

Um dos seguranças abre a porta do carro e então caminho com ela em meu colo, e assim que chego no automóvel e tento lhe colocar para poder entrar é quase impossível fazer com que se desgrude de mim e infelizmente tenho que dar um jeito mais demorado de entrar com ela em meus braços no carro.

A garota em meus braços assim que entrei e me ajeitei se aninhou ainda mais em meu colo e continuava a calmamente dormir, talvez eu não devia esquecer que não posso deixar que se canse muito e beba demais pois pelo visto lhe dá um "coma de sono".

O carro arrancou na pista de pouso e logo estávamos saindo do aeroporto, indo em direção a um hotel que nunca havia me hospedado antes, mas por indicação de Maitê reservei, pois disse que fica de frente para a Torre Eiffel, não que eu me importe, das últimas vezes que vim aqui nunca fiz questão disso.

...

Achei que tinha sido difícil entrar no carro com Emma, mas o dilema se fez na hora de sair, retirei seu saltos para que não lhe machucasse e tentei de várias formas fazer com que me soltasse, mas era inútil e eu não queria mais lhe acordar então mandei que o segurança saísse da frente e iria sair do carro assim mesmo.

Se essa cena acontecesse de dia seria a mais estúpida de todos os tempos, eu levei mais de cinco minutos para sair do carro e quando finalmente consegui bati forte com a cabeça no teto por fim, soltei firme o ar bufando, irritado e fui direto em direção a entrada do hotel, tendo a gentileza de abrirem todas as portas para literalmente não acorde a princesa.

Nem sequer consegui pegar a chave para entrar na hora de ir pro quarto e o segurança teve que ir comigo para levar o cartão-chave e juntamente o bagageiro que ia com as malas. No elevador eu já começava a me incomodar com Emma em meu colo, pois além de pesar tinha a sensação que estava roncando ou babando em mim.

Meu alívio veio quando entrei no quarto e por mais luxuoso e espaçoso que fosse eu não queria ver nada somente a cama onde deixei Emma e fui fechar a porta em seguida, sentindo meus braços dormentes.

O nosso quarto tinha janelas de vidro enormes que davam para a iluminada Torre e imaginei que fosse gostar daquilo assim que visse. Retirei minhas roupas e fui até a mala pegando uma calça moletom e uma camiseta para vestir depois de tomar banho, olhei ao redor e além de ser luxuoso e espaçoso o quarto tinha dois sofás que não seriam mais somente enfeites, pois eu dormiria em um deles, não quero trazer a Emma o desconforto de acordar na mesma cama que eu sem saber se queria.

[...]

Nunca consegui dormir tanto, então pouco mais de 09h00 eu já estava acordado então liguei para a recepção para que trouxessem o café da manhã no quarto e quando Emma acordasse caso demorasse e esfriasse eu pediria outro.

Estava comendo uma fatia de mamão quando ouvi passos, mesmo que descalços, vindo até a sacada onde estava tomando café.

-Bom dia.. -ouvi dizer e em seguida dar a volta passando em minha frente Emma se sentou do outro lado.

-Bom dia. -respondi falhando miseravelmente de não lhe olhar e ver como estava linda até ao acabar de acordar.

-É tão lindo. -disse olhando para frente e com os olhos brilhando ao observar a Torre Eiffel.

Não respondi nada, não tinha o que dizer, somente fiquei quieto e ela distraída olhando, mas senti meu celular vibrar e peguei confirmando uma reunião ao meio-dia aqui no restaurante do hotel com Laurentino.

-E então o que vamos fazer?! -questionou Emma e larguei o celular, lhe olhando enquanto ela passava geleia numa fatia de torrada.

-Pode fazer o que quiser, meu cartão permanece em sua mão e pode usar como bem entender. -respondo e ela me olha incrédula.

-Como assim achei que fosse me apresentar a cidade, ou algo assim, sei que não somos exatamente apaixonados um pelo outro mas.. -dizia largando a faca e a fatia de torrada sobre a mesa.

-Não vai se perder, terá os seguranças com você e poderá fazer o que quiser. -digo e ela me olha ainda desacreditada. -Tenho uma reunião com um cliente, não posso adiar. -completo e a mesma pareceu ainda mais se enfurecer.

-Então foi pra isso, você tinha negócios aqui, não foi um presente de aniversário ou uma fachada de lua de mel, era só pra poder vir trabalhar sem desculpas. -berra brava ao dizer as palavras com ódio, e sua insolência e tom de falar já me irrita.

-Fale baixo. -falo e ela me dá um olhar frio e odioso.

-Você é um maldito Andrei, maldito. Por que simplesmente não disse que viramos para aqui para você trabalhar de cara?! -disse brava e largando o café sobre a mesa saiu passando por mim outra vez enfurecida.

Não entendo o motivo de estar assim, foi simples e claro que iríamos fazer apenas uma formalidade e agora vem com essa, que garota insolente, não me vejo num futuro aguentando tanto tempo ela.

***

Andrei tava tipo com uns 5 pontos no início do cap, e perdeu uns 10 no fim

Andrei- Spin-off de Os Ceos da Maffia Onde histórias criam vida. Descubra agora