Emma Hovland
Estava desacreditada de que havia planejado uma viagem no meio disso tudo, mas assim que olhei para meu pai e confirmei que era verdade fiquei ligeiramente encantada, era a viagem que mais desejei em toda a minha vida.
-Se quiser sabe que já podem viajar né?! -meu pai disse com os olhos brilhando, era claro que queria me ver feliz, mas ainda processa a informação de vivermos longe um do outro.
-Podemos ir agora? -questiono com clara empolgação, pois além de poder ir para a cidade que sempre quis poderia sair desse ambiente que já não me agrada desde o início.
-Claro que pode ir, os noivos não precisam ficar necessariamente até todos irem embora, são anfitriões, mas acima de tudo recém-casados, todos compreenderão isso. -meu pai explica e olho para Andrei que parecia somente esperar minha resposta para que fossemos embora de uma vez.
E nisso eu realmente me decidi e logo estávamos nos despedindo dos nossos familiares, e olhar nos olhos de Maya já marejados agora era realmente uma realidade e uma grande dor.
-Prometo te ligar todos os dias. -digo me agachando com dificuldade diante dela.
-Promete mesmo Emmy? -diz e estira o dedinho para que eu pegue e juremos de dedinho, e assim o fiz.
...
Depois de tantas despedidas, agora estávamos indo em direção ao avião que de longe eu já via no aeródromo. Foi incrível como parecia realmente que o Andrei se importava, tanto que em segredo com meu pai mandou arrumar minhas malas e esse ainda que seja um aniversário que terei de passar longe de minha família será na cidade das luzes.
Logo havíamos embarcado no avião e sentada de frente a Andrei eu já podia sentir a inclinação mínima do avião pois estávamos levantando vôo. Passados alguns minutos a aeromoça veio até nós e serviu champanhe, que o Andrei rejeitou, mas aceitei meu estômago fervilhava de emoção por finalmente poder conhecer Paris.
Porém a viagem que duraria mais ou menos duas horas, me surtiu um incômodo com o enorme vestido, mesmo que a poltrona fosse confortável ele não ajudava muito e logo comecei a me mexer no lugar irritada. Andrei que se concentrava na visão da noite pela janela, me olhou incrédulo com a sobrancelha arqueada.
-Tudo bem? -questiona mesmo sabendo que não.
-Não. -respondo. -Esse vestido está me incomodando.
-Tem uma cabine com cama e uma mala sua está lá para o caso de precisar.. -diz num tom sugestivo.
-Obrigada. -digo e de maneira rápida desafivelo o cinto e me ergo do lugar. -É... Andrei poderia chamar a aeromoça para me ajudar a retirar o vestido? -digo sem jeito lhe olhando por cima do ombro e ele tira o cinto e se levanta.
-Faço isso, que espécie de recém-casados seríamos se chamasse alguém para fazer isso. -quando falou aquilo e veio em minha direção um nó se formou em minha garganta e eu quis engolir a seco, sem conseguir e com a pouca coragem que tive caminhei rumo a cabine.
Entramos no lugar e eu fiquei diante da mala e de Andrei sem saber o que fazer, sem graça quase ia sentar na cama.
-Vira. -ordenou firme e assim fiz em seguida ele fechou a porta atrás de nós. -Onde é o feiche? -questiona e tento indicar.
-Aquilo atrás na direção da cintura. -falo tentando levar a mão no lugar e ele no mesmo instante retira meus dedos e percorre a mão pelo lugar.
Andrei dá alguns puxões que me fazem bambear no chão, mas logo pareceu conseguir soltar a parte debaixo da saia e liberando fez com que todo aquele volume caísse ao chão, e o maior constrangimento da minha vida aconteceu, eu estava de calcinha somente pois o vestido não tinha forro.
-Essa parte de botões também? -diz indiferente e mesmo que eu quisesse negar, precisava também, então positivo balançando a cabeça.
Logo ele começou a desabotoar os botões e o toque gentil de seus dedos sobre minha pele cada vez descendo mais em minhas costas me causava um certo desconforto, pois não posso negar que é inevitável não querer tê-lo, pois é um homem incrivelmente atraente.
Segurei a parte da frente em meus seios até sentir que abriu o último botão, afinal se tirasse aquilo era somente a calcinha que me deixaria coberta diante dele.
-É uma tatuagem?! -senti tocar na base da minha coluna quase na minha calcinha.
-Sim. -eu lhe respondi com frase curta, pois me sentia intimidada com sua mão ali, mesmo que fosse somente em minhas costas, pois a tatuagem era pequena. -É uma.. -ia lhe dizer que se tratava de uma borboleta e que era pequena pois eu não devia ter meu corpo riscado, mas me interrompeu.
-Não precisa enrijecer o corpo, eu não vou te tocar. -disse e naquele instante percebi que eu estava assim desde que ficamos no mesmo ambiente assim tão próximos. -A menos que você queira. -completa e eu não faço ideia se aquilo era um cavalheirismo ou convite para algo.
Nada pude responder, pois logo em seguida se retirou do lugar batendo a porta, sem nem mesmo me esperar agradecer.
....
Procurei na mala e logo achei um vestido branco de cetim que era elegante e recairia com leveza sobre meu corpo, e logo o coloquei, permanecia com os saltos e soltei os cabelos ainda estava com a maquiagem bonita e então voltei para o lugar onde Andrei estava.
Meu corpo estava cansado e eu até queria dormir, mas estava empolgada com a viagem, tanto que saí sorrindo sentindo um frio na barriga, mas esse frio se acabou quando cheguei onde estava, Andrei, ele estava com um notebook sobre as pernas e ao lado uma taça de vinho nem notou minha presença ali, nem mesmo quando me sentei a sua frente e agradeci pela ajuda.
Eu sabia que não seria exatamente bonito, ou o conto de fadas que um dia eu sonhei quando criança, na verdade jamais chegaria aos pés, porém vejo que será a personificação do próprio inferno e não é só esse casamento, como o resto da minha vida ao lado desse homem.
×××
Agora levanta a mão quem queria estar no lugar da Emmy🤚
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Andrei- Spin-off de Os Ceos da Maffia
AksiyonAndrei Konstantin Smirnov é um homem muito reservado e que tem prazer em controlar ao seu redor, sempre foi muito decidido e as poucas vezes que se envolve com alguém não é algo de fato assumido a todos e sempre de duração determinada a fim de somen...