Emma Hovland
O meu coração doía tanto, eu só queria lhe ouvir mesmo que fosse pra me xingar ou não sei o que, mas a ausência de sua voz me doía. Andrei entrou no quarto e não me olhou no olho, e eu me senti mal por isso, pois toda sua verdade se caracteriza nesse ato, só que o seu olhar estava cheio de ódio e nesse momento eu não queria o ver assim pois por mais que eu saiba que não faria nada comigo eu tenho medo do quão obscuro de sua alma pode ir.
Estávamos agora no carro e as únicas palavras que o ouvi dizer foram "estou indo, você vem?" E como eu só lhe esperava desde que saiu naquela hora apenas vim atrás ao lhe ver descer a escada.
Ia vendo as enormes árvores no caminho, e o movimento dos carros que era quase inexistente neste lugar, quando Andrei parecia mexer no celular e diferente das outras vezes não colocou no auto-falante, o pôs no ouvido.
-O avião está pronto? -questiona a alguém do outro lado da linha e apenas lhe olho, incrédula estamos indo pra Rússia e nem sequer me despedi de meu pai direito. -Em menos de uma hora chego aí, esteja pronto. -diz após ouvir a resposta do outro lado da linha e desliga.
-Andrei, estamos indo para casa? Para a Rússia, porque não me disse antes teria me despedido do meu pai direito. -falo e ele apenas ignora, como fez todo o caminho, sem nem me olhar.
Seguiu dirigindo, como se nada houvesse ouvido.
-Andrei se você não parar o carro, eu vou abrir a porta em movimento. -aviso, mas pelo visto não acreditou. Retiro o cinto de meu corpo e vou até maçaneta da porta e quando ia abrir o mesmo segurou meu pulso e encostando o carro com tudo freou. -Desce do carro. -exijo e como soltou meu pulso saio e encosto na porta do carro esperando que saísse e parecia resistir, mas logo ouvi a batida da porta se fechando e a passos calmos vir ao meu lado.
Ele parou ao meu lado e se encostou no capô do carro, o que me fez afastar do mesmo e virar para ficar de frente a ele.
-Andrei eu não queria beijar ele. -começo dizendo.
-Eu sei. -diz curto e frio sem me olhar, mas coloco a mão no seu queixo e ergo para que me olhe nos olhos.
-Se sabe por que está me evitando Andrei? -questiono sem compreender.
-Por que o viu, por que estava lá afinal então? -questiona sem me responder e agora quem quer desviar o olhar e não responder sou eu.
-Ulisses sabia que eu estava aqui, os jornais costumam ser bem rápidos e sabe que os aniversários de meu pai passamos aqui, chegou exigindo falar comigo e quando fui tentar o expulsar disse que sabia de toda verdade sobre você e aquilo me desesperou, até que disse que sabia que você supostamente teria me comprado e por isso me casei com você, supôs que era um magnata envolvido com o crime e eu era só mais um prêmio para você, o Ulisses estava chapado e como não sabia nada sobre a máfia apenas lhe dei as costas e foi nesse momento que ele me puxou e tentei o empurrar mas falhei com meus braços presos ao meio. -falo e puxo firme o ar, mas ainda sem lhe olhar nos olhos. -Então você chegou e eu preferia que tivesse me olhado, mas você não me olhou e vi o ódio com o qual olhava para o Ulisses eu não sabia o que fazer, mas também não sabia o que poderia acontecer se eu não entrasse no meio. -completo por fim e o ouço puxar firme o ar.
-Emma eu não sou somente o homem que viu nos últimos meses desde que nos casamos, eu não sou só aquela mágoa que vê nos meus olhos, eu sou muito pior do que aquilo que viu hoje. -começa dizendo e outra vez não nos olhamos para falar. -Eu não poderia suportar te perder Emma, e ao ver aquele abutre com as mãos em você a minha cabeça não parou de pensar em nenhum instante desde então se esse ato não era porque você queria confirmar o que acha que sente por mim, ou talvez ter certeza que não sentia e aquilo me consumiu de ódio, porque eu Emma não sou só o homem que te leva flores todos os dias de manhã, ou o que faz amor com você jurando amor, nem aquele que quer viver com vocês todos os clichês que você sonhou. -parecia se rasgar por dentro ao dizer essas coisas. -Eu sou esse maldito monstro que você viu mais cedo o mesmo monstro que a mais de vinte anos atrás pegou uma arma e apontou na cabeça de um inocente e o matou, por medo do que aconteceria a minha mãe, eu sou cruel, impiedoso, vingativo e acima de tudo eu vou sempre fazer o que tiver de ser feito mesmo que isso destrua totalmente a minha alma, se é que ainda tenho uma. -dizia com clara dor no seu coração, como se seu peito rasgasse e não quisesse que eu estivesse lá para ver. -Então Emma saiba que se não tivesse entrado na minha frente, eu iria te destruir pois iria descumprir a promessa que fiz de nunca fazer mal a alguém em sua frente. -disse e com a pausa longa supus que tivesse a acabado de dizer tudo que lhe estava fuzilando por dentro.
-Eu amo você Andrei, eu amo cada parte sua até as que não conheço ainda e por mais que me dê medo, eu vou aprender a amar porque a minha alma e a sua estão conectadas, eu te amo para sempre Andrei e quero estar ao seu lado a cada vez que tiver que se controlar ou tiver de perder o controle, porque eu escolhi te amar e pra sempre vou te amar. Porque aquela criança de oito anos tinha medo pela mãe, mas ele foi forte pelo irmão e é para todos, mas eu quero que saiba que pode contar comigo para o que for, não escolho só as partes bonitas eu escolho você, todos os dias. -confesso por fim e o vejo deslizar devagar sobre o carro até que estava sobre o chão.
Sua dor e aflição eram notórias e por mais que a situação de hoje tenha sido ruim, ela serviu para que a nossa cumplicidade se fortalecesse ainda mais. Deslizei também devagar e peguei seu rosto entre minhas mãos e selei nossos lábios devagar.
-Você me perdoa? -questiono vendo seus olhos agora nos meus.
-Princesa você que tem que me perdoar, não fez nada. -diz e me puxa para si fazendo com que me sente em seu colo.
-Eu não tenho que te perdoar por nada, você que precisa se perdoar e perdoar aquele menino que está aí dentro. -digo apontando pro seu peito do lado esquerdo em direção ao coração.
-Eu te amo tanto Emma. -diz com o olhar que eu tanto me fascino sobre mim.
-Eu não vivo mais sem você Andrei, então seja qual for a face ruim mostra ela para mim primeiro. -digo ainda segurando seu rosto entre minhas mãos. Eu podia ver seu olho brilhar, sua voz rouca, mas ainda assim nenhuma lágrima saía de seu olhos diferente de mim, e talvez isso se dê por conta de seus traumas.
-Minha pequena.. -sussurra perto de meus lábios.
-Meu amor. -sussurro de volta e tomo seus lábios num beijo casto o qual corresponde e me aperta forte em seus braços. -Não fica mais tanto tempo sem me beijar, acho que chega fiquei doente. -brinco e ele dá um meio sorriso beijando a minha boca novamente.
Eu amo tanto esse homem, que prefiro morrer a ficar num mundo no qual não esteja ao seu lado.
××××
Ele se abriu Brasil, e doeu tanto, tanto, tantoooo vê meu Konstantin assim🥹
![](https://img.wattpad.com/cover/356990444-288-k97715.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Andrei- Spin-off de Os Ceos da Maffia
AçãoAndrei Konstantin Smirnov é um homem muito reservado e que tem prazer em controlar ao seu redor, sempre foi muito decidido e as poucas vezes que se envolve com alguém não é algo de fato assumido a todos e sempre de duração determinada a fim de somen...