conspiracy

#1

CECÍLIA FOURNIER  📸

Eu estava sentada em um canto escuro de um bar muito famoso na cidade, observando atentamente o homem que estava no centro das atenções. Ferran Torres, o famoso jogador de futebol do Barcelona, era o alvo de minha próxima missão. Eu sabia que precisava me aproximar dele, ganhar sua confiança e, finalmente, cumprir meu trabalho.

Matá-lo.

Sim, eu precisava matar Ferran Torres.

Sou uma assassina de aluguel muito habilidosa e inteligente. O jogador era meu alvo devido a possíveis esquemas de corrupção gravíssimos que não eram nada beneficentes para meu chefe, o grande Sr. Breton. Um empresário muito rico que para a mídia era apenas um homem que trabalhava em investimentos, mas por trás era chefe de uma liga de assassinos altamente treinados.

Fui escolhida a dedo para esta missão.

Enquanto observava Ferran, notei que ele estava rodeado por amigos e algumas mulheres com vestidos minúsculos, todos querendo um pouco de sua atenção. Ele parecia estar se divertindo, rindo e conversando animadamente. Era difícil acreditar que alguém tão jovem e talentoso pudesse ser alvo de uma encomenda de assassinato.

📌 Marselha, França 2023
Uma semana atrás

Apertei o gatilho de minha arma com toda força logo começando a disparar no alvos que faziam parte do treinamento. Pontaria era o meu forte.

Sempre ganhei as melhores pontuações em tiro ao alvo e não só isso, mas como força e estratégia. Eu era simplesmente a melhor da equipe.

Vocês devem pensar: a sua família sabe disso?

A resposta é: claro que não.

Perdi meus pais em acidente em uma estrada aos meus nove anos. Um motorista de ônibus bebâdo bateu em nosso carro o fazendo capotar fazendo meus pais morrerem na hora, eu sobrevivi por muito pouco.

Minha família é dividida em uma parte no Brasil e outra na França, eu sou da parte europeia. Então após o acidente, fui morar com a minha avó pois era a única família que me restava no país e eu não sabia português. Acabou que depois de dois anos a mais velha faleceu de AVC.

Acabei ficando sozinha no país aos meus dez anos de idade até que um casal apareceu e me salvou.

Pietro e Camille Breton.

Os donos da organização de assassinos.

Eles me recrutaram e logo iniciaram o treinamento, viram que eu havia muito potencial.  Mais tarde mais algumas meninas apareceram e viramos grandes amigas.

— Fournier. - ouvi meu nome ser chamado e parei de atirar. Olhei na direção encontrando Marcel, o hacker da equipe.

— Fala. - andei até o suporte e recarreguei a arma, travei o gatilho e a deixei em seu gancho.

— O pai quer falar com você. - parou ao meu lado.

Sim, nos referíamos ao nosso chefe como pai.

— Voltei há dois dias de uma missão na Inglaterra, quero um descanso. - o olhei.

— É o preço de ser a melhor. - deu ombros.