conspiracy

#16

FERRAN TORRES 📸

Terminei de amarrar minhas chuteiras mas permaneci sentado no banco do vestiário do Centro de Treinamento. Estava meio vazio por alguns jogadores já terem ido para o campo.

— Ei, Tutu... - Pablo apareceu vindo me cumprimentar. — Como está hoje? Está tudo bem?

— Uhum... - falei somente.

— Amém. - se sentou ao meu lado.

Olhei para o meus dedos quieto e logo levei meu olhar para meu pulso onde havia um prendedor de cabelo que era de Cecília. Ela amava andar com seus cabelos presos.

— É ela? - ele perguntou de repente.

— É... - sussurrei.

— Ah, mas foi bem sacanagem da parte dela ter sumido do nada. - ele suspirou.

Para Pablo e os outros, eu havia combinado com Pedro que falaríamos que Cecília apenas havia sumido e foi embora de volta para a França ser ter me avisado.

— Deixa ela... - dou ombros.

— Enfim, eu entendo como se sente, Ferran. Tá todo murcho, pau no frio e tals, mas não deixe que essa situação te derrube completamente. - sorriu para mim. — Garoto, você é um gostoso jogando bola, babo demais vendo o tubarão em campo. - riu e eu acompanhei. — Você é um jogador incrível e não pode deixar que o fim de um relacionamento afete sua performance no campo.

— Parece que tudo perdeu o sentido, Pablo. Eu não consigo mais me concentrar nos treinos, minha mente está sempre na Cecília. - o olhei.

Ele me olhou com um biquinho parecendo pensar um alguma solução.

— Irmão, você precisa encontrar uma maneira de superar isso. - falou somente. — O futebol sempre foi uma parte importante da sua vida, e tenho certeza de que ainda pode te trazer alegria e satisfação.

— Mas é difícil se motivar quando tudo parece tão vazio agora. - olhei para frente.

— Eu entendo, colega, mas lembre-se de todas as conquistas que você teve no futebol. - se levantou ficando em pé na minha frente. — Você é talentoso e já provou isso. Não deixe que um momento difícil te faça esquecer de todo o seu potencial. - levantou minha cabeça. — Levanta essa bunda e vem treinar.

[...]

Recebi a bola de Lewandowski e logo chutei para gol o errando, bufei passando a mão na testa ouvindo o som do apito de Xavi.

— De novo. - o treinador falou.

Concordei com a cabeça já acostumado e novamente, fiz a mesma repetição com o atacante polonês e mesmo assim, continuei errando.

— Vamos, tutu! - Pedro falou me observando ao lado de Pablo e Vitor Roque.

— Chuta essa bola pro gol, gostoso! - Raphael me incentivou.

Respirei fundo já exausto dessa repetição, encarei Ter Stegen que bebia sua água descansando um pouco. Logo, se posicionou e eu olhei Robert que estava com as mãos na cintura me olhando.