conspiracy

#6

FERRAN TORRES 📸

Entrei na sala de meu empresário e sorri de leve olhando mais velho sentado em sua cadeira enquanto tomava uma taça de vinho.

— Ferran! - Nuno Silva, meu empresário português, sorriu ao me ver.

— Como está? - me aproximei o cumprimentando e me sentei na cadeira de frente para o homem.

— Muito bem. - colocou sua taça sobre a mesa. — O seu hat-trick no último jogo foi sensacional, estou orgulhoso de você. - cruzou os braços.

— Obrigado. - cocei a nuca. — Ultimamente ando meio inspirado. - dei ombros sorrindo bobo.

— Está com alguém? - sorriu de lado e eu fiquei quieto. — O garoto está amando...

Mordi meu lábio lembrando de Cecília e olhei para o lado envergonhado.

Eu não consigo tirar ela da minha cabeça. Cada pensamento meu é preenchido com a imagem da garota ruiva e o brilho dos seus olhos. Ela é simplesmente incrível, e eu me sinto abençoado por tê-la encontrado.

Quando estou com Cecília, o tempo parece parar. Seu sorriso ilumina meu dia e seu toque faz meu coração acelerar. Eu me perco nos detalhes do seu cabelo ruivo, que parece dançar ao vento, e me encanto com a forma como ela é única e especial.

Eu me pego imaginando um futuro ao seu lado, compartilhando momentos de felicidade e construindo memórias juntos. Mas eu sei que isso seria possível, já que daqui um mês e pouco, ela voltaria para a França.

Ela desperta em mim um sentimento tão intenso e profundo, que às vezes é difícil de explicar. Eu me sinto completo quando estou com ela.

Eu faria qualquer coisa para que ela ficasse aqui comigo. Nunca pensei que alguém poderia me encantar assim em tão pouco tempo.

Cecília era como uma sereia.

Ela é um espetáculo, uma das meninas mais lindas que já conheci em toda a minha existência e seus olhos verdes e misteriosos me hipnotizavam.

— Quem é a sortuda?

— Cecília Fournier, uma fotógrafa. - suspirei relaxando na cadeira.

— Nome bonito. - olhou em volta. — Mas enfim, tenho algo importante para te dizer. - me observou ficando sério.

— O que? - cruzei meus braços.

— Lembra do nosso acordo? - arqueou a sobrancelha e eu estremeci levemente.

O acordo de Valência.

Quando eu era apenas um garoto que jogava no Valência e queria crescer para dar dinheiro para minha família, acabei fazendo a pior decisão da minha vida.

Corrupção.

Nuno, meu fiel empresário, fez um acordo com um dos diretores do Manchester City que envolveu mais de cinquenta milhões de euros, que sinceramente, eu não sabia da onde vieram.

A verdade é que nem tão eu iria crescer na Espanha e eu queria ajudar minha família, então por desespero, acabei se submetendo a isso.