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CECÍLIA FOURNIER 📸

📌 Marselha, França
2018
6 anos atrás

Entrei na sala de meu chefe e observei todos presente vendo rostos reconhecidos, mas logo duas meninas me chamaram a atenção e elas estavam sentadas juntas.

Conversavam animadas mas assim que viraram ficaram quietas, o que me deixou extremamente desconfortável por esse gesto delas. Uma era uma menina loira de cabelos lisos e olhos azuis, enquanto a segunda era uma negra de cabelos pretos e também lisos.

Provavelmente era garotas mimadinhas.

— Fournier... - Pietro se aproximou me abraçando e eu abri um sorriso retribuindo. — Chegou em boa hora.

— Fico feliz, pai. - separei o abraço.

— Sente-se, querida. - apontou para um lugar vazio ao lado das meninas que me encaravam de cima a baixo.

Mordi meu lábio concordando e andando até o local logo me sentando. Me remexi na cadeira prestando minha total atenção ao meu chefe que estava na frente de um telão.

— Muito bem, meninas. - iniciou. — as convoquei aqui para a nossa próxima missão. - sorriu. — Bem, como vocês três possuem basicamente a mesma idade, que é ideal para o desenvolvimento da missão, resolvi juntá-las.

— Certo... - sussurrei e fiquei brincando com os meus dedos.

— Muito bem. - ele olhou para a tela.

Pietro começou a explicar a nossa missão e nossos alvos. Basicamente, iríamos nos infiltrar em uma escola para achar um traficante de órgãos que estavam trabalhando no local.

Aparentemente, era uma missão bem fácil que eu iria facilmente concluir sozinha, mas ainda tinha somente dezesseis anos e essa era minha quinta missão.

Após toda a explicação, o mais velho entregou envelopes com os dados e eu abri me levantando.

— Terão seis meses, já fizemos a identidades falsas e logo minha secretária dará os materiais necessários. - ele se virou. — Estão liberadas.

Concordei me levantando enquanto as meninas seguiram até nosso chefe, assim que saí da sala, pude escutar algo.

— Pai, tem certeza que precisamos da Cecília? - uma das meninas falaram.

— Podemos fazer em dupla. - a outra falou.

— Cecília é uma agente muito habilidosa e tenho certeza que irão gostar dela. - nosso pai falou.

— Não acho que ela faça nosso tipo, sabe? - ouvi a voz e mordi meus lábio suspirando.

Resolvi começar a andar até meu quarto para não ouvir mais nada, já que era bem frequente que as pessoas falassem mal de mim pelas costas ou até mesmo na minha frente.

A verdade é que eu sempre fui rejeitada por muitas pessoas aqui.

Eu sou excluída pelos meus próprios colegas espiões. Eles me veem como uma mimada e favorita do chefe por ele sempre deixar claro que eu era uma das pessoas mais habilidosas da agência.

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