Ir embora

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Só continuo postando quando vocês interagirem.

Por mais impressionada que eu estivesse com o comportamento de Natasha, eu ainda estava em uma festa e não sabia como me sentia em relação a isso. Não era o melhor ambiente para mim, não mesmo, mesmo sendo a primeira festa que eu estava indo. Não era meu lugar.

Eu sentia que não me encaixava. E realmente não encaixava.

Natasha não parecia nada com o que Kate me falava... ela foi gentil, da forma dela, e passou o tempo todo comigo. Se ofereceu para pegar água para mim e até rejeitou ficar com os próprios amigos para não me deixar sozinha.

Claro que eu odiei a ideia de estar cercada por adolescentes que só sabiam beber, gritar, rir e se beijar. Se eu fosse uma pessoa normal, com pouco menos de senso, talvez eu sentisse que aquilo era normal e até conseguiria participar dessas coisas.

E também tinha Kate! 

Fugi dela umas três vezes e sim, eu tinha meus motivos. Não podia deixar Kate me ver perto de Natasha e não tinha paciência de ficar em frente a Kate e qualquer garoto que ela tivesse puxado pelo braço e falar que não estava afim de "beijar".

Eu amo a Kate de coração, mas essa ideia que ela tem de compartilharmos as mesmas experiências no mesmo momento não é algo que eu ame nela.

- Maxi? - escuto a voz de Natasha de novo naquela noite e sinto falta do começo da semana em que nem nos conhecíamos direito.

Contextualizando, em certo momento dessa festa, que não parecia acabar nunca, Natasha foi arrastada por uma garoto alto loiro e musculoso para jogar um tal de beer pong que eu só entendi depois o que era.

Obviamente eu fiquei sozinha e acabei esbarrando em várias pessoas, e chegou num ponto que eu não aguentava mais e fui atrás de água. Tinha ido até a cozinha e conheci um cara que se ofereceu para buscar água para mim.

Acho que eu estava tão cansada por serem quase duas manhã que simplesmente aceitei e esperei que ele me entregasse o copo. Mas quando tomei senti um gosto horrível, péssimo mesmo. Comecei a me sentir tonta e quando vi que o cara estava sorrindo porque devia estar muito bêbado, me toquei de que ele me trouxe cerveja... 

Só consegui empurrar ele e sai correndo entre o mar de pessoas naquela casa e cabei subindo as escadas e indo parar em um quarto exageradamente grande.

- Maxi, achei você. - ouvi a voz de Natasha de novo e a porta se fechando atrás dela. 

Eu não sabia de onde eu estava e torcia para o quarto ser de Natasha. Não sabia o que fazer quando cheguei aqui então me sentei no chão ao lado da cama e apoiei as costas nela.

- Não tinha te visto lá embaixo e pensei por um momento que você tinha ido embora, mas lembrei que...

- É, é, foi você quem me trouxe pra cá, para de jogar isso na minha cara. - interrompi ela e fiz com que um silêncio surgisse no quarto. Levei minhas mãos ao rosto e me escondi ali. 

Nunca quis tanto estar em casa! Bom... mentira, eu sempre prefiro estar em casa do que em qualquer outro lugar, mas hoje é definitivamente o pior dia para eu não estar embaixo das minhas cobertas e assistindo filmes pelo computador.

Senti a presença de Natasha se juntar a mim no chão e a mão dela tocar delicadamente meu ombro, até falaria que era uma forma de me passar conforto mas não era. Não podia ser e eu não gostei nada que ela já me tocou duas vezes hoje.

- Me leva para casa. - Também achei que ela iria falar alguma coisa então fiz o favor de falar na frente e me mexer para que sua mão saísse de mim.

- Mas ainda tá rolando a festa - tentou argumentar olhando para mim - um povo pulou na piscina, quer ir comigo? A gente pode ficar nadando ou ficar na nossa na borda da piscina - balancei a cabeça negativamente. QUE "NOSSA"? - Maxi, qual é! Vamos vai ser legal. Fica mais um pouco e depois eu te levo.

Maxi...Onde histórias criam vida. Descubra agora