Família e ressaca

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Meus deus eu cai em cima de uma pessoa! Fico sem saber o que fazer e mexo de mais com o susto que levei, me mexo tanto que acabo caindo da cama e machucando meu braço.

- Maxi? - Ai graças ao bom Senhor eu consegui escutar essa voz de novo. Me sento no chão com as pernas esticadas e segurando meu braço com uma das mãos antes de olhara para Natasha.

A ruiva acende o abajur que tinha ao lado de sua cama e me revela o quarto inteiro dela. Tantos detalhes, tantos livros, discos, posters, fotos de família grudadas em um canto da parede, uma guitarra perto do guarda roupas, nenhuma roupa jogada no chão - bem diferente do meu quarto.

- Nat, finalmente! Estava te procurando há horas! - digo me levantando e quase caindo de novo, mas Natasha me segura a tempo e me leva até sua cama, me fazendo sentar sem riscos de cair dela novamente.

- Você está aqui não tem quarenta minutos se duvidar. - ela fala séria e olha de forma analítica para mim, como se estivesse desconfiada de algo.

- Você fez um curativo. - encosto em sua bochecha, que já estava com o curativo feito mas que ainda deveria estar doendo, o que explicaria ela ter se afastado de mim tão depressa. - Desculpa - começo a rir e deito na cama, jogando os braços para cima.

Fica um silêncio meio estranho e eu tenho certeza que é por conta da bebida, mas eu quero quebrar ele e falar alguma coisa, qualquer coisa.

-Já se perguntou por que temos mãos? - Sento de novo e mostro minhas mãos para Natasha, que sorri para mim e as abaixa, fazendo um curto carinho com o polegar com nas costas da minha mão.

- Nunca fiquei tão sem nada para fazer nesse ponto, mas se eu fosse pensar em uma resposta... - ela faz uma pausa, tanto na fala quanto no carinho que me dava, e sorri para mim - Eu diria que é para conseguirmos fazer as coisas mais fáceis ou poder segurar objetos.

- Tipo assim? - tiro minhas mãos de perto das duas e me aproximo mais dela, fazendo nossos joelhos se encostarem e até eu conseguir colocar seu rosto em minhas duas mãos. Uma de cada lado daquela obra de arte clássica. Segurando ela com todo o cuidado que eu tinha.

Natasha olha bem no fundo dos meus olhos, me fazendo esquecer de respirar por um segundo e ela acaba engolindo em seco. A pele dela é tão macia, me pergunto se só seu rosto é desse jeito ou se todas as outras partes tem a mesma maciez de seu belo rosto. 

- P-pode ser para isso também, mas não necessariamente só para segurar o rosto de outras pessoas.  - ela trava no meio do caminho.

Eu esqueço o quanto o sorriso dela é bonito de vez em quando, mas ai ele aparece para mim, e me lembro. E lembro de como ele me dá vontade de esquecer tudo que se passa pela minha cabeça. E é o que acontece. 

Me vejo numa situação em que nenhum pensamento sequer passa pela minha cabeça além de "e se por um acaso, eu acabar indo muito para frente e, sem querer, acabar beijando ela?".

- Maxi? - ela franze as sobrancelhas, ainda estou com a mão em seu rosto. Me ajeito na cama, ficando apoiada de joelhos e me inclinando para frente.

- Nattt - prolongo seu nome sorrindo.

- O que está fazendo? - ela pergunta tirando as minhas mãos de seu rosto e se afastando. - Você bebeu?

- Eu quero te beijar. Bom, eu acho que quero... - falo de uma vez. - É, eu quero.

- Então você realmente bebeu. Quem te deu bebida? - ela pergunta enquanto se levanta da cama, mas eu puxo ela de volta. Diferente de Pietro, ela eu consigo puxar. - Não dificulta, Wanda.

- Você é tão bonita, Natasha.  Tão bonita... - digo sorrindo e empurrando ela para ela deitar, o que consigo rapidamente, e me coloco por cima dela, sentando em seu quadril - Chega ser absurdo o quanto você é linda. - aproximo meu rosto do seu, mas ela tampa a própria boca, não me deixando fazer o que eu queria.

Maxi...Onde histórias criam vida. Descubra agora