Teste para torcida

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Com todas as minhas forças... eu odeio ginástica. Claro que o colégio se "importa" com  a saúde e bem estar dos alunos, mas era mesmo necessário me fazer frequentar uma aula que me obrigava a usar shorts minúsculos porque o meu tamanho estava em falta quando comprei?

Eu acho que não. 

Além é claro de eu, particularmente, considerar inútil uma aula onde me fizessem aprender a subir em cordas e atravessar circuitos que eu obviamente nunca iria atravessar em toda minha futura vida; era tudo uma tremenda perda de tempo. Apenas na porcaria que era a aula de ginástica.

Tá, eu posso ser uma adolescente meio parada que não faz muita coisa assim, mas vivendo do meu jeito me considero uma pessoa com muita "saúde e bem estar", coisa que essa aula conseguia destruir.

Kate passou mais da metade daquela aula conversando com o Sam, um aluno que no começo do ano nos falou que atravessou mais da metade do país por causa do trabalho de seu pai e que não era exatamente "bom" em fazer amizades porque vivia se mudando.

Esse negócio de Kate fazer amigos tem me prejudicado, porque agora ao invés dela aceitar ser minha guarda costas do vestiário para que eu pudesse me livrar do suor dessa aula, ela decidiu que não iria e que passaria mais tempo conversando com Sam.

Ainda culpo ter sido uma criança estranha. Não só por calculo mas isso me atrapalhou em vários sentido diferentes, como não gostar de usar o vestiário do colégio sozinha.

Felizmente consigo tomar uma ducha rápida e trocar de roupas, me livrando daquele short vermelho pequeno e apertado e a blusa branca suada. 

Sinceramente essa escola é cheia de gente tarada. Por que colocar uma blusa de ginástica branca? Nós vamos suar, claro que parte dela vai ficar transparente e isso sempre me incomoda.

Fiquei de frente para o meu armário do vestiário e me encarava no pequeno espelho que tinha ali. Soltei meus cabelos e passei a mão por cima deles para os ajeitar e tive um ótimo resultado, melhor do que eu realmente esperava.

Coloquei meus óculos e quando ia me arrumar para sair de vez dali fiz algo por acidente. Trombei em uma garota poucos centímetros mais alta que eu, olhei para cima e pude ver que de novo... o cabelo vermelho se fazia presente no meu dia.

Só por que me falaram para ficar longe de você, sério?  Pensei comigo mesma quando Natasha se virou para mim com a cara mais fechada que o normal.

Aparentemente meu pequeno tropeço a fez derrubar o celular no chão, o que não a deixou exatamente contente com a situação.

Quando me viu, não sei se percebeu meu semblante de medo ou minha cara vermelha de vergonha, mas seu olhar deixou de carregar "raiva" e ficou "confuso", eu acho. Mas me vi desesperada quando atrás dela surgiu uma garota loira que com certeza deveria ser sua amiga e estava ali para ajudá-la a me dar uma surra.

- Você derrubou meu celular - ouvi Natasha falar e dar um passo na minha direção. Ela não demonstrava que iria me bater, mas lembrei das histórias que Kate me contou e minha única reação foi fechar a mão e acertar um soco desajeitado em seu rosto.

Não sabia que eu conseguia socar alguém, e como não estava afim de descobrir como era levar um soco... apenas olhei para Natasha que tinha uma das mão sobre o nariz e o olhar totalmente surpreso e sai correndo dali o mais rápido que consegui.

Quase pisei no seu celular no chão mas o importante era eu conseguir sair dali.

Algumas poucas horas depois fui liberada para o almoço. E como de costume, encontrei Kate no meio do corredor e eu e ela e, agora, o tal do Sam fomos juntos para a área externa do colégio almoçar nas arquibancadas do campo de futebol americano.

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