Nat

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Sinceramente, eu esperava ainda que Natasha aparecesse, mesmo que ela estivesse atrasada. Durante trinta minutos eu fiquei esperando que aquela garota aparecesse aqui, mas a cada segundo que se passava eu sentia que era melhor eu subir e colocar meu pijama. E era o que eu estava determinada a fazer, já estava no primeiro degrau da escada quando finalmente escuto a campainha tocar. 

Por favor que seja a Natasha, por favor que seja a Natasha...

Minha cabeça repetia essa frase milhares de vezes, se isso fosse possível, até eu finalmente me dar conta de que tinha que atender a porta. Desço do degrau e quase escorrego quando ando mais rápido do que deveria em direção da porta.

Paro em frente a Porta de madeira e respiro fundo antes de abrir. Valeu a pena não ter colocado o pijama, Natasha estava bem na minha frente. Finalmente.

- Está atrasada. - É tudo que eu digo, ela fica em silêncio o que acho estranho.

Em todas as vezes que nos vimos ela falava, ou sorria ou fazia os dois ao mesmo tempo para mim. Sempre, mas não dessa vez. Seu rosto carregava uma expressão cansada e surpresa, pelo menos era o que eu achava. 

Era muito difícil de ler Natasha.

Mas eu ainda esperava alguma resposta, e nada. Olhei para o seu rosto e percebi a bochecha esquerda cortada e meio vermelha. Como não sou tão idiota para tudo, percebo que só tinha uma resposta para isso. Alguém bateu nela...

- O que aconteceu com seu... - apontei para a minha bochecha para que ela entendesse ao que eu estava me referindo. Mas em vez de me deixar finalizar a minha pergunta, ela se aproxima e me abraça. - rosto? - concluo quando seus braços dão a volta em mim e e ela apoia o queixo no meu ombro.

Natasha não diz nada, só fica parada ali, tentando buscar algum conforto. Eu fico estática - realmente não sou normal, como alguém pode ficar parado quando Natasha Romanoff praticamente se joga em cima de você?

Pietro estava certo em uma coisa na mensagem que havia mandado para ela, eu era mesmo esquisita.

- Será que você pode me abraçar de volta, Maxi? - ela diz , quase não ouço sua voz, mas me apronto em fazer o que ela pediu. 

Envolvo Natasha em meus braços assim como ela fazia comigo. Com seu cabelo muito perto do meu rosto, o cheiro dela me invade por completa, parecendo uma espécie de hipnose. Me fazendo entrar em transe, e não percebendo que ela estava falando comigo.

-... Foi por isso que acabei atrasando, desculpa se fiz você ficar esperando. Não era minha intenção.

- Você ainda está me abraçando. - Eu digo e me afasto, mas não permito que seus braços saiam de mim. Faço isso para poder ver seu rosto, levo minha mão até seu rosto e ela apoia em mim. - O que aconteceu com seu rosto?

- Você está linda, desculpa o atraso, Maxi. - ela diz e meu rosto esquenta, me sinto ficando vermelha e prestes a querer esconder meu rosto ou sorrir descontroladamente, mas me mantenho firme e digo:

- Me fala o que aconteceu.

- Perdi num jogo, é besteira, não precisa se preocupar. 

- E como perder num jogo fez você cortar a bochecha?

- Esquece isso, Maxi. - ela fala meio rude e eu me solto dela, apertando meus próprios braços ao invés dela. - Podemos ir agora?

Mesmo não querendo ir eu percebo uma coisa, ou melhor... algumas. Odeio festas e estou indo só porque Natasha me chamou, me arrumei para ver Natasha, estou indo para uma festa na casa dela esperando que seja que nem da última vez - em que ela passou o tempo todo dela ao meu lado.

Maxi...Onde histórias criam vida. Descubra agora