O passeio com Savannah
termina depois de uma vista na
piscina olímpica.
Se há uma coisa que ela
aprova, é a minha aparência. O
olhar mal alimentado dela já me é
popular, ela me informa com uma
grosseria, que estou começando a
acreditar, que é apenas a sua
personalidade e não um reflexo
do que ela pensa de mim.
— Você pode pensar que eu
sou uma cadela, mas eu sou
apenas honesta. Astor Park é
totalmente diferente de todos os
tipos de escola. Estou assumindo
que você veio de uma pública?—
Ela aponta na direção dos meus
jeans skinny.
— Sim, mas e daí? Escola é
escola. Entendi. Existem
diferentes facções. As crianças
populares, as crianças ricasEla vira a mão para me
impedir. — Não. Isto não é como
tudo que você já experimentou
antes. O ginásio que vimos antes?
— Eu aceno com a pergunta. —
Isso originalmente deveria ser
para a equipe de futebol, mas a
família de Jordan Carrington, teve
um ataque e foi designado como o
acesso aberto, exceto durante
períodos específicos. Entre cinco
e oito horas da manhã e duas e
oito da tarde, é futebol somente.
O resto do tempo, normais podem
usá-lo. Bom, hmmm?
Eu não tenho certeza se ela
está brincando, porque o acesso
limitado soa ridículo.
— Por que os Carringtons?—
Pergunto, curiosa.
— Astor Park é uma escola
preparatória com um P. —
Savannah continua andando. Não
há nenhum botão para desligar
ela. — Toda família no estado
quer seus filhos aqui, mas é
exclusivo. Você não pode apenas
ter dinheiro para entrar. Todo
mundo que esta aqui, mesmo
bolsistas, está aqui porque eles
têm algo especial para oferecer.
Isto pode ser, que eles são
grandes no campo de futebol ou
pode elevar a equipe de ciência
para ganhar prêmios nacionais, o
que significa imprensa
nacional. No caso de Jordan, ela
é a capitã da equipe de torcida,
que, na minha opinião, é um passo
acima de strip. — Droga, é
melhor não ser por isso que
Callum sugeriu isto nesta manhã.
— Mas eles ganham, e Astor
gosta de ver seu nome no jornal
ao lado do W.
— Então por que estou aqui?
— Murmuro sob a minha
respiração.
Mas Savannah tem audição de
super-herói porque, quando ela
abre a porta da frente, ela diz: —
Você é uma Royal de alguma
forma. Qualquer tipo de Royal
continua a ser visto. Esta escola
vai te comer você se você for
fraca, por isso a minha sugestão é
para aproveitar tudo o que o
nome Royal lhe oferece, mesmo
que isso signifique tomar pela
força.
Uma porta de carro bate e uma
muito fina, loura platinada de
jeans apertados e saltos finos vem
até nós.
— Olá... um... — A estranha
detém uma mão na testa, como se
ela estivesse protegendo os olhos
do sol, que é completamente
desnecessário, uma vez que ela
tem enormes óculos de sol
cobrindo o rosto.
Minha guia murmura baixinho.
— Essa é a namorada de Callum
Royal. Você não tem que ser boa
para ela. Ela é apenas um extra.
E com esse último conselho
sábio, Savannah desaparece,
deixando-me com este tipo
mulher.
— Você deve ser Elaine. Eu
sou Brooke, amiga de Callum.
Estou aqui para levá-la as
compras. — Ela bate as mãos
juntas, como se esta é a coisa
mais excitante que nunca.
— Ella, — eu corrigi.
— Oh, me desculpe! Sou tão
terrível com nomes. — Ela sorri
para mim. — Estamos indo nos
divertir muito hoje!
Eu hesito. — Hum. Não temos
de ir às compras. Eu estou bem
apenas esperando aqui fora até
que o ônibus venha.
— Oh, querida, — ela dá
risinhos. — Não há ônibus. Além
disso, Callum me disse para levála as compras e é isso que vamos
fazer.
Ela agarra meu braço com uma
força surpreendente e me arrasta
para o carro.
E no interior está Durand.
Estou começando a amá-lo.
— Ei, Durand. — Eu aceno,
antes de olhar para trás em
Brooke. — Que tal eu sentar na
frente com Durand e deixá-la
descansar na parte de trás?
Ofereço.
— Não. Eu quero conhecê-la.
— Ela me empurra para o banco
traseiro e senta do meu lado. —
Conte-me tudo.
Eu abafo um suspiro, não
exatamente ansiosa para ter uma
pequena conversa, com a
namorada de Callum. Então eu me
castigo por isso, porque Brooke
não fez nada, além de ser legal
comigo. Eu não sou normalmente
tão cadela, e eu me forço a baixar
a guarda um pouco.
Se alguma coisa, parece que
Brooke é mais meu tipo, do que
os Royals, se aleatórios colegas
dos meninos a chamam de um
‘extra’.
Ela parece jovem, apesar de
tudo. Muito jovem. Callum
poderia ser seu pai.
— Não há muito para dizer, —
eu respondo com um encolher de
ombros. — Sou Ella Harper.
Callum diz que meu pai é Steve
O'Halloran.
Brooke assente. — Sim, ele
me disse esta manhã. Não é
incrível? Ele me disse como ele
encontrou-a, há apenas poucas
horas de distância, e ele estava
tão perturbado ao descobrir que
sua mãe tinha falecido. — Ela
pega a minha mão, seu sorriso
brilhante escurece nos cantos
levemente. — Minha mãe morreu
quando eu tinha treze anos. Um
aneurisma cerebral. Eu fiquei de
coração partido, então eu sei
como você se sente.
Quando ela aperta minha mão,
sinto um nó se desenvolver na
minha garganta. Eu tenho que
engolir duas vezes antes que eu
possa responder. — Sinto muito
pela sua perda.
Suas pálpebras fecham por um
momento, como se ela também
está lutando pelo controle sobre
suas emoções. — Bem, nós duas
estamos em um lugar melhor
agora, não estamos? Callum
salvou-me, você sabe.
— Você estava fazendo strip,
também?— Eu deixo escapar.
Os olhos de Brooke arregalam
e ela solta um risinho, antes que
ela possa cobrir a boca.
— É isso que você estava
fazendo?
— Não foi nudez completa. —
Eu tremo em face de suas risadas,
desejando que eu nunca falasse
em primeiro lugar.
Ela compõe-se e estende a
mão para dar um tapinha na minha
mão novamente. — Me desculpe,
eu estou rindo. Não é de você,
mas do Callum. Ele
provavelmente estava
mortificado. Ele está tentando
tanto ser um bom pai para seus
filhos agora e tenho certeza que
encontrar sua jovem tutelada, em
um clube de strip teve ter sido
chocante.
Corada e envergonhada, eu
olho para fora da janela. Este dia
não poderia ter ido pior. A partir
dos sentimentos estranhos de ódio
agressivo que Reed me trouxe, à
excursão condescendente guiada
por Savannah, à minha confissão
embaraçosa para a namorada de
Callum. Eu odeio me sentir como
se eu não pertenço a um lugar. O
primeiro dia em uma nova escola.
O primeiro passeio em um
ônibus. O primeiro.... Um tapinha
na minha testa interrompe meus
pensamentos. — Ei, não se perde
aí dentro, querida.
Eu olho sobre meu ombro para
Brooke. — Eu não vou, — eu
digo a ela.
— Mentira. — Ela fala a
palavra maldição, mansa e suave.
A mão dela sobe para minha
bochecha. — Eu não tiro a roupa,
mas isso é porque eu escolhi
fazer coisas piores para
sobreviver. Você não terá nenhum
julgamento da minha parte.
Nenhum. O importante é que você
não está lá mais e você nunca terá
que estar novamente. Se você
jogar suas cartas da maneira
certa, você poderá garantir o seu
futuro. — Então ela puxa sua mão
para trás e parece animada. —
Agora, coloque um sorriso
porque nós estamos indo às
compras.
Não vou mentir, isso parece
bom para mim. — Quanto vai
custar?— Eu fui ao shopping
antes. As coisas podem
adicionar-se rapidamente, mas se
eu tenho um uniforme para a
escola, então eu só preciso de um
ou dois itens. Outro par de calças.
Talvez uma camisa ou duas. A
praia fica nas proximidades, ter
um maiô faz sentido. Eu poderia
gastar algumas centenas de
dólares.
O rosto de Brooke se ilumina.
Ela pega um cartão e balança na
frente do meu rosto.
— Você está fazendo a
pergunta errada. Isto é tudo sobre
Callum e ele confia em mim, não
importa o que ele diz sobre o seu
negócio ter dado errado há alguns
anos, que o homem poderia
comprar e vender todas as lojas
no shopping e ainda ter sobra
suficiente, para ter um orgasmo
com a mais cara prostituta.
Eu nem sei como responder a
isso.
Nós entramos em um shopping
ao ar livre, que possui pequenas
lojas com roupas minúsculas e
enormes etiquetas de preços.
Quando eu não consigo
escolher nada para comprar - US
$ 1500 para um par de sapatos?
Eles são feitos de ouro? Brooke
assume e empurra item após item
no balconista.
Há tantos sacos e caixas, estou
com medo que Durand vai ter que
trocar de carro, após a décima
loja, estou exausta, e dou um
suspiro para fora, eu estou
supondo que Brooke não está
muito atrás.
— Eu vou sentar aqui e
desfrutar de algumas bebidas,
enquanto você termina. — Ela
afunda em uma cadeira de veludo
e faz gestos para uma vendedora,
que vem imediatamente.
— O que eu posso fazer por
você, Srta. Davidson?
— A mimosa. — Balança uma
mão para mim, segurando o
cartão de crédito preto que ela
tem usado tanto, que eu estou
surpresa que não tenha derretido
entre os dedos. — Vá em frente e
compre. Callum vai ficar
desapontado se você voltar para
casa com menos que um baú cheio
de bolsas. Ele especificamente
me disse que você precisava de
tudo.
— Mas... eu... — Eu estou
completamente fora do meu
elemento. Deixe-me cair em um
Walmart ou Parreira, mesmo
GAP, e eu acho que eu poderia
fazer muito bem. Mas aqui?
Nenhuma dessas roupas parece
como se devessem mesmo ser
usadas, mas Brooke fala com a
vendedora. Elas estão tendo uma
conversa intensa, sobre se a cor
cinza é uma tendência de moda.
Eu relutantemente levo o
cartão de crédito, que é mais
pesado do que qualquer cartão
que eu já senti. Eu me pergunto,
se há um outro cartão imprensado
a este, e é assim que Brooke
consegue comprar metade da loja
sem ser recusado. Eu saio e
compro algumas coisas, tremendo
e estou francamente aliviada
quando Durand, chega para nos
levar de volta para o Castelo
Royal.
Na volta para casa, Brooke
vibra em minha orelha e oferece
dicas sobre como combinar
algumas das minhas compras,
para criar o designer perfeito —
excitante. — Algumas de suas
sugestões me fazem rir, e eu estou
assustada, ao perceber que eu não
tive um mau tempo com Brooke
hoje. Seu entusiasmo é um pouco
demais, e ela é um pouco
exagerada, mas talvez eu estava
sendo injusta, quando eu
questionei o gosto de Callum por
mulheres.
Se qualquer coisa, Brooke é,
pelo menos divertida.
— Obrigado pelo passeio,
Durand, — eu digo quando
chegamos na porta da frente da
mansão. Ele para o carro aqui, e
em vez de dirigir para o lado
como ele fez ontem, quando
chegamos de Kirkwood. Durand
ajuda a Brooke sair do carro e
subir as escadas. Eu sigo atrás do
referido ‘extra’ que Savannah
chamou Brooke.
— Vou trazer as malas, — ele
diz-me por cima do ombro.
Tudo isso me faz sentir
estranha e inútil. Eu realmente
deveria conseguir um emprego.
Talvez se eu tivesse meu próprio
dinheiro e alguns amigos de
verdade, eu poderia começar a
me sentir normal novamente.
Nada do que eu sonhei para o
meu futuro, incluem lindas
mansões e grifes. O pêndulo da
minha vida oscilou demais.
Callum está esperando no
foyer, enquanto Durand carrega as
minhas malas para dentro, Brooke
e eu seguimos atrás.
— Obrigado por sua ajuda, —
Callum diz ao motorista.
— Querido!— Brooke ganha
vida à voz de Callum e se joga
para ele. — Nós nos divertimos
muito!
Callum acena com a cabeça
em aprovação. — Eu estou
contente. — Ele olha o meu
caminho. — Gideon está em casa.
Eu quero que você o conheça...
sem outras distrações. Depois
disso, por que não pegamos um
almoço tardio?
— Gideon?— Os olhos de
Brooke acendem. — Já faz muito
tempo desde que eu vi o garoto.
— Ela sobe nas pontas dos pés e
bica na bochecha de Callum. —
Seus planos para o almoço soam
deliciosos. Eu mal posso esperar.
A entrega gutural quase me faz
corar. Callum tosse sem jeito.
— Vamos, Ella. Eu quero que
você conheça meu filho mais
velho. — Há um monte de
orgulho em sua voz e eu sigo-o
com curiosidade em volta da
casa, onde lindos azulejos azul e
branco decoram um gramado
muito bem cuidado.
Dentro da piscina há uma seta
humana, cortando a água. Perto de
mim Brooke suspira. Ou talvez
seja um gemido. Tanto faz o som
sentido, porque, mesmo na água,
você pode apreciar os músculos
esculpidos do Royal mais velho.
E se os outros filhos Royal são
qualquer coisa de perto, ele
provavelmente não é difícil olhar,
também.
Eu acho que eu posso ver por
que Brooke estava animada ao
ouvir o seu nome, mas é um
pouco assustador, dado que ela
está namorando o pai. Adultos
são complicados, eu decido. Não
é o meu lugar para julgar seu
relacionamento.
Depois de mais duas voltas,
Gideon para e sai da piscina.
— Pai. — Ele esfrega uma
toalha sobre o rosto molhado e,
em seguida, a coloca em volta do
pescoço. Ele não parece notar ou
se importar que ele está pingando
água em todo o convés.
— Gideon, esta é Ella Harper,
filha de Steve.
Seu filho passa rapidamente os
olhos sobre mim. — Então você a
encontrou.
— Eu fiz.
Eles falam sobre mim como se
eu fosse um cachorrinho perdido.
A mão de Callum encosta no
meu ombro e me impulsiona para
a frente.
— Prazer em conhecê-lo,
Gideon. — Eu limpo a minha mão
no meu jeans e, em seguida,
coloco-a fora.
— Da mesma forma. — Ele
aperta minha mão e, apesar da
frieza em seu tom, eu percebo ele
mais amigável do que os outros
desta casa, além de seu pai. — Eu
tenho algumas chamadas para
fazer. — Ele se vira para seu pai.
— Mas primeiro eu preciso tomar
banho. Eu vou te ver mais tarde.
Ele passa por nós. Quando
voltamos para vê-lo ir embora,
acontece que eu pego um relance
do rosto de Brooke e a fome não
me choca. Seus olhos têm um
ganancioso olhar, como a minha
mãe usava, quando ela via algo
extravagante que queria, mas não
podia ter.
Callum parece alheio. Ele
voltou sua atenção para mim, mas
eu não consigo parar de pensar
sobre a expressão de Brooke. Ela
tem totalmente os olhos quentes
para o filho de Callum. Eu sou a
única que pode ver isso?
Pare com isso, Ella. Não é da
sua conta.
— Que tal almoçar agora?—
Callum sugere. — Há um grande
café a apenas cerca de cinco
minutos daqui. Serve uma comida
incrível de fazenda. Muito
caseira.
— Claro. — Eu estou pronta
para fugir.
— Eu vou, também, — diz
Brooke.
— Na verdade, Brooke. Se
está tudo bem com você, eu quero
ter Ella para mim por agora. —
Seu tom diz que não importa se
ela está bem com o arranjo
porque é assim que vai ser

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Princesa de Papel
RomanceDe clubes de strip a paradas de caminhões nas mansões da costa sul e escolas preparatórias, uma menina tenta se manter fiel a si mesma A REALEZA VAI ARRUINAR VOCÊ... Ela Harper é uma sobrevivente, uma otimista pragmática. Ela passou toda to...