House

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Acordei me sentindo melhor, sentei no sofá e olhei ao redor, não tinha ninguém, quando levantei o Wagner adentrou na sala.

- Está se sentindo melhor? - ele perguntou se aproximando.

- Estou sim, obrigada por se preocupar - sorrio

- Imagina. Vem, eu vou te mostrar a casa - ele disse fazendo gesto com a mão para segui-lo.

Acompanho ele pela casa e ele vai me mostrando todos os cômodos, a casa é realmente muito grande e muito bonita, eu gostei muito.

- E aqui é a biblioteca, onde eu customo trabalhar de vez em quando e gravar vídeos para amigos ou dar recados importantes na Internet.

A biblioteca é bem aconchegante e enorme, tem uma estante cheias de livros de todos os tipos e gêneros, é impossível acertar quantos livros tem, eu chuto 1.200 livros ou mais! O sol entra pelas enormes janelas, onde eu consigo ver o quintal.

- Só não liga pra bagunça - ele falou recolhendo alguns jogos de tabuleiro, livros de poesias infantis e cadernos rabiscados, em cima do sofázinho - meus filhos são totalmente desorganizados.

Eu dei uma pré-risada quando ele disse, só quem tem filhos sabe o que ele passa, ainda bem que eu não tenho e não sei como é isso.

- Eu nem imagino. Caramba eu amei esse lugar! Eu posso ficar aqui quando eu começar trabalhar pra você? - eu fiquei encantada com a beleza e o bem-estar que esse lugar me traz.

- É claro! O importante é você se sentir em casa e a vontade, Alice.

O jeito que ele falou comigo me fez sorrir, eu não consegui disfarçar. Ele também sorriu.

- Quer ficar mais um tempinho aqui ou conhecer a varanda?

- Podemos conhecer a varanda, eu aposto que é lindíssima - falei saindo da biblioteca e esperando ele fechar a porta

- É maravilhosa, você vai adorar!

Andamos um do lado do outro, conversando.

- Traz uma paz gigante pra mim, não tanto quanto é estar na Bahia, aí o negócio é diferente.

- Não tem lugar melhor do que o nosso próprio cantinho da paz né? Eu sei bem como é isso. Eu deixei a minha mãe no Rio e já estou sentindo falta dela.

Só de lembrar, a saudade aumenta e o coração pesa.

- A minha mãe mora em Salvador. Eu chamei ela para vir morar comigo e com a minha família aqui em Los Angeles só que ela não quis, ela disse: meu filho eu não vou conseguir viver longe desse lugar maravilhoso, longe da minha terra, aí eu deixei ela lá mesmo. É difícil até pra mim. Sabe?

Ouvi ele falar atentamente que nem percebi quando chegamos na varanda. O lugar é aconchegante e também traz um pouco de paz. E tem piscina.

- É bem bonito, eu gostei. - caminhei até o sofá e sentei, admirando o jardim.

- Que bom que gostou. - ele sentou na poltrona, ao meu lado, admirando o jardim como quem estivesse pensando em algum assunto.

- Você tem cachorro? - eu vi a casinha no jardim.

- Sim, tenho! O nome dele é Lipe. O meu filho mais velho, o Bem que escolheu.

- Legal. Eu não tenho cachorro porque moro em apartamento, quando eu tiver uma casa pretendo adotar um ou dois. Que raça ele é?

- É bom ter cachorros, eles são o melhor amigo do homem - ele falou com convicção. - Shih-tzu.

- Sério? Eu acho lindos cachorros da raça Shih-tzu!

Eu e ele conversamos bastante na varanda, ri de umas piadas e comentários que ele fez, ele também riu de umas coisas que eu disse.

Depois de uns minutos conversando comecei a sentir dor de cabeça e não consegui disfarçar.

- O que foi? Está tudo bem? - eu pude ver nos olhos dele e na expressão do seu rosto que ele estava preocupado.

- Estou sentindo só um pouco de dor de cabeça - esfreguei suavemente a minha testa.

- Acho que você tomou ar puro demais - ele levantou - Vamos entrar. Eu tenho remédio, aí você toma

Assenti e entrei com ele, fomos até a cozinha.

Wagner pegou o remédio e um copo de água, eu tomei o remédio com a ajuda da água e depois ele falou para eu ir me deitar. Eu não queria me deitar de novo, mas comecei a sentir um pouco de tontura e achei melhor ir.

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