O título tem aspas na palavra Pouco, então ficaria: Um "Pouco" Melhor
Não consigo encontrar palavras para dizer o quanto melhores as coisas estão comparadas com o capítulo anterior. Apesar de ainda doer um pouco, como um membro fantasma querendo se manifestar, era suportável e Nico podia viver sua vida plenamente. Não pensem que ele está desprezando o quanto foi doloroso a morte de sua mãe, porque não está. Apenas tenta conviver com ela da melhor maneira possível.
Quem diria que, em um ano, as coisas poderiam mudar tanto. Will estava com um emprego melhor, Nico estava planejando se mudar, Jason finalmente tinha conseguido reunir a coragem necessária para tomar uma iniciativa com Percy e Bia vinha visitá-lo às vezes, quando tinha tempo sobrando.
Sentia-se feliz por ter dado um rumo em sua rotina destruída pela morte de um parente querido. Bem, tinha vezes em seu dia que sentia falta da mãe, mas lembrava-se de que ela sempre estaria com ele em suas lembranças, respirava fundo e conseguia evitar uma nova crise de pânico por causa da culpa que seu interior insistia em sentir.
O ômega acordava todos os dias pensando em Will, depois na irmã e em Jason. Por último, recordava que precisava trabalhar caso quisesse ter dinheiro pra qualquer coisa que seja. No fim do dia, chegava ao apartamento, passava um tempo com o primo, conversava com Reyna e Bianca online e dormia. Eu sei. Rotina bem cheia.
Era uma das coisas que mais prezava, afinal. Uma rotina. Não gostava de ficar a toa, com cara de tacho, pensando na morte da bezerra e essas coisas. As vezes, era bom. Mas, se fosse pra ficar atoa, preferia que fosse ao lado de Will. Tinha dias que, quando ficavam no apartamento do loiro, ficavam deitados juntos no sofá, apenas trocando carícias e beijos. Nada de preocupações, nada de choradeira, nada de angustia. Apenas eles e mais nada.
Nico nunca sabia do dia de amanhã, e, seguindo essa lógica, queria aproveitar cada dia como se fosse o último. Sem coisas exageradas, é claro. Nada da qual fosse se arrepender se acordasse na manhã seguinte. Mas... Só de poder contemplar o rosto de Will todos os dias, passar os dedos por aquela pele macia e selar aqueles lábios com os seus, já se sentia a pessoa mais sortuda do mundo.
Tê-lo ao seu lado já era mais que o suficiente.
☀ ✲ ☀
O sol entrou pelas frestas da cortina, repousando em cima da tela do celular de Will, refletindo a luz no rosto do menor. Aquele pequeno calor o despertou e o fez abrir os olhos com certa dificuldade. Dois segundo após olhar ao redor, sua visão turvou devido as remelas em seus olhos.
Se sentou enquanto coçava os olhos na tentativa de se livrar da sujeirinha matinal e bocejou longamente antes de finalmente abrir os olhos (Desculpe-me se ficou repetitivo. Não consegui evitar). Ao observar melhor, seu cérebro registrou que havia dormido na cama de Will depois de terem assistido um filme.
Levantou-se depressa ao perceber que o tal já não estava mais lá e seguiu o ruído de fritura, que o guiou até a cozinha. Enfim. Lá estava Andrew, com um avental escrito "Beije o cozinheiro" e uma espatula na mão. O que diabos ele estava fazendo?
一 Oh, Neecks. Bom dia! 一 Agitou a espatula no ar ao notar sua presença.
Nico sentou-se em um dos banquinhos dispostos em frente a bancada e ficou observando Will fazer sabe-se lá o que.
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Nem Tão Longe (Solangelo)
FanfictionO que é um flerte em um Starbucks? Nada demais para alguém comum, mas, para Nico, tinha sido algo completamente impossível acontecendo. Ele é muito antissocial, quase uma fobia de sair de casa, e quando é forçado à ao menos ir comprar um café, se vê...